novembro 06, 2012

Começo a ser o que nunca deveria…

Piloto um carro de fuga, um gigante sem salto à distância. Uma estrada sem linhas de limite, um acervo sem as obras completas e ditadas. Percorro um trilho solto, uma alegoria passada e sem vida, uma viga que não sustenta os tremores do vento. Corro com o suor nas palpebras, sufoco em uma subida em disparada. Traço planos de vento, dos sonhos infantis e que o espaço levou com o desenho animado. Revivo momentos que nunca aconteceram, dobro o mesmo convite de algo que nunca existiu e deixo um recado para eu mesmo não retornar. O livro antigo de poesia traz seu nome, traz seu cheiro e nossas aventuras dos finais noturnos. A letra é doída por algo puro, novo e que jurava ser eterno. Só que de eterno apenas foi o inseto que sugou a vida de um canto solitário e foi morrer longe com o significado do todo  que sempre me perdi...

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