junho 21, 2004

E meu céu com duas luas...

Estranho é pensar nos diversos caminhos que percorremos e nas diversas escolhas feitas durante nossas vidas. Eu acordei durante a madrugada fria e limpa. Os olhos demoraram para acostumar com a claridade que vinha da janela. O corpo machucado e cansado estava mais pesado do que o normal. Ao me debruçar pela janela e olhar o céu... Vi toda sua profundidade, vi todos seus segredos. O ar melancólico, que respiro todo minuto, fazia eu entender coisas máximas da minha mente. Estrelas não são pontos mortos no espaço, como sempre imaginei.. São muito mais que isso, significam vida e eternidade... A eternidade da falta que sempre vai estar na vida das pessoas... Mesmo a solidão sendo minha eterna companhia... Mesmo sem alegrias no meu coração... Sempre estarei presente... E isso que simbolizam todas as estrelas... A morte presente, sempre vigiando sonhos e desejos ocultos... E daí que vi duas luas... Duas massas... Duas vidas... Vi o quão errado posso ter sido... E vi também o quão certo preciso ser... Duas luas... Duas incognitas.. Dois desejos... A vida é um par que nem sempre precisa ser compartilhada... E, no meu caso, vou viver sempre só no canto escuro e misterioso... Tendo dois caminhos, dois desejos e dessa duplicidade íntegra vai restar somente um ser, uma vida, uma solução, um caminho... O plural que torna tudo singular... A paridade transfigurada em um único porque, em um único fim...
Melancholy Sickness

Nenhum comentário: