junho 28, 2004

E o olhar congelava o momento...

Passatempo rima com a palavra sentimento de uma maneira ímpar e surreal. Como tudo na vida, obscura e fria, é parte de um caminho sinuoso e imperfeito, negro e desconhecido, desnivelado e sozinho. Dúvidas andam com as decisões tomadas e perguntas jorram dos olhos lagrimejados em um horizonte finito de um entardecer qualquer. Sangue de feridas pisadas pela dor de um coração que bate em razão de amar as soluções nunca experimentadas por lábios virgens e secos. Molhada é a nunca que voltada para cima nunca deixa os olhos verem o caminho a frente. Sentimentos brandos e doces são meras lembranças desenhadas por alguém na parede pré-histórica de novidade e a realidade se transforma na depressão transfigurada. O frio é intenso e os desejos de ver o fim é algo ineplicavelmente perdido, nas curvas chuvosas deste caminho que nada de ímpeto habita-o. Noite, dia, tarde são percebidas pelo olfato que busca entender muitas coisas além de sua função. E buscando ainda, respostas concretas, temos todo o conjunto de órgãos guiados pela tristeza da vida e as desilusões amorosas de uma depressão que tomou conta de um ser que, simplesmente, existe no tempo.
Melancholy Sickness

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