agosto 16, 2004

E eu muito sempre nunca tive...

Eu sempre estive ali, remoendo-se entre passado e presente
Sentindo o acre gosto de perguntas intermináveis e doloridas
Dores essas causadas por lembranças falsas de talvez
Lembranças mortas questionadas pelo seus atos
O frio, o escuro, o sozinho, o vazio... Palavras mais pesadas
Personificavam-se em minha forma durante muitos dias
Tentava me agarrar em qualquer vão oco nesta queda sem fim
E quando tentava me apoiar para me estabelecer e subir
Sentia a avalanche de perguntas e de sentimentos
Puxando-me novamente para a queda livre suicída.
Os dias perderam a noção de existência e o tempo foi abandonado de início
Por vezes sentia a esperança pingar suas gotas em meu coração
Dando-me motivos para sorrir enquanto voava para o fim
E agora, sinceramente, não sei se estou parado, tentando me estabelecer
Ou se tenho esse vento em minha face por causa da queda
Mas desisto de tentar entender essa minha pessoa
É impossível definir a criatura que dorme nas sombras e se alimenta da tristeza
Melancholy Sickness

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