agosto 28, 2011

O mundo na frente pode não existir...

Iniciou com um brilho de intensidade distinta. Terminou com o silêncio impossível. Tiveram toques e sorrisos leves, tudo isso preso em uma masmorra de necessidade. Terminou com o silêncio ignorado. Houve sinais de adoração, leves suspiros no rosto e tensa agarração. Terminou com o silêncio incompreendido. Poderia enumerar e descrever inúmeras imagens destas paisagens que ocorreram, poderia adjetivar o mesmo final de diferentes maneiras. Poderia honrar com meu compromisso poético e fazer de tudo isso uma reticência e um pedido de amor, mas falho no simples tato de tentar algo diferente. Falho no simples pensar que aconteceu algo, além de um sonho de cama quente. Com tantas falhas, impossibilidades e sorrisos imaginados, que não consigo compor um retrato, fico a desdenhar da sorte, do momento e da vitória vespertina. Um grito qualquer, tem todo um eco por detrás que muitos não conseguem entender. Meu olhar é um pouco perdido, nos passos feitos na avenida de algodão, porém com palavras me faço querer perdido, para tentar encontrar um sentido. Eu não sei o que aconteceu, mas um gosto indescritível me acordou hoje, me lembrando de algo que nunca existiu.

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