março 28, 2011

De um lugar que nunca para...

O sorriso sincero contagia um substantivo fazendo-o verbo. De ação ou emoção, um verbo transcrito. Se das gotas de vento equaliza um momento, de barulhos sonoramente engraçados são desenhados motivos. Do eterno balanço que proíbe o passeio, poetizam estrofes sem rimas de uma curta e provável biografia. Do solitário monumento preso em liberdade, acordam aqueles tantos da ressaca do exagero. Crianças são reis e rainhas, pois suas risadas abafam sua curiosidade branca demais para um mundo obscuro. E tento, com certa impossibilidade, encaixar um riso lento no momento que desabrocharam pétalas vermelhas. Da cor do pecado ou de simples carência, foi nítida a admiração daqueles passos embriagados rumo ao desconhecido e o cheiro convidativo parece que descarta as opções antes disposta à mesa. Tocam os instrumentos com a melodia lenta e conhecida, os estranhos cantam o refrão enigmático, tentando encaixar-se na história descrita por outrem, mas sabem, mesmo sendo tolos inocentes, que jamais serão as personagens desta dança. Desta doce confusão de cheiros, esbarrões e olhares tímidos, poetizo sem fim na varanda regida pela imensidão azul convidativa.

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