março 13, 2011

Você desenhou demais o que não precisava...

E não temos uma foto para recordar momentos. Não passamos de nomes em uma lista qualquer que, de tão temporária e impessoal, queimou com os primeiros raios da manhã. Tentei traduzir em pétalas e rimas, conquistar alguma razão e até um pouco de texto marcado. Não consegui. Simples. Se fosse brilhante, viraria a estrela morta do céu. Se fosse especial, levaria aquela coroação mágica e que não faz barulho. Mas o que sobraram foram os sorrisos vagos, a proibição latente do limite imposto e a certeza que podia ter sido, pelo menos, algo a mais. Desisti pelas negações, desisti pela vida desenhada demais. Desisti por você e nem sei porque gasto meus dedos sobre o papel. Talvez por me policiar demais, talvez porque precisava desta fuga racional. É isso, foi por isso...

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