agosto 25, 2004

Em lembrar que há um ano atrás...

Faz um ano que eu perdi um das pessoas que eu mais amo na minha vida... Há um ano morria minha linda vó. Falar tudo que ela representa na minha vida é algo impossível, pois a cada novo dia eu descubro algo novo... Era uma segunda-feira ensolarada... Eu fazia aula de manhã e portanto era dispensado do trabalho na parte da manhã para estudar... A aula transcorreu normal, como foi o semestre todo, depois cheguei em casa e como de costume comecei a me arrumar para ir trabalhar depois do almoço... E foi aí que recebi a notícia... Nunca, eu acho, que vou esquecer a cara do meu pai me falando "É Matheus! Vamos ter que ir pra Santos"... Eu não acreditava naquilo... "Como Porra!!?!?!", eu pensava comigo, No domingo a tarde eu a beijei no hospital e falei "Vó! Sabadão eu volto e ve se vc não me esquece das almondegas hein meu!! pooo minha mãe não sabe fazer.. Uma vergonha!!!!" E ela sorriu e se desculpou em me deixar sem as almondegas pelo estado de saúde dela.. Dei um leve sorriso e falei "Relaxa vó.. vc ainda vai fazer mtas pra mim..." Eu simplesmente não conseguia assimilar... Eu sabia que tinha terminado seu sofrimento mas ao mesmo tempo não acreditava em "nunca mais" ver minha vó... Fomos pra Santos, eu e meu pai acolhendo minha irmã que chorava... Chegando lá.. O Normal... Família.. Rostos tristes e palavras de consolo... Só fui me derramar em lágrimas quando minha mãe veio e conversou com nós 3 (Eu, meu pai e minha irmã) como tinha sido os últimos minutos... A última prece que minha mãe fez, os agradecimentos... É algo que não consigo escrever para contar... Imporante é salientar... que ela está cuidando de mim ainda... Vendo meus passos, me aconselhando, sendo a voizinha que ecoa na minha cabeça e todas as outras coisas que ela puder fazer para mim... Tenho absoluta certeza disso!!! Ainda vou encontrá-la... Linda como sempre... E peço, sempre, para que ela esteja presente para me apresentar o outro mundo... Que seja minha "guia" na próxima fase dessa nossa vida...
E de normal... não poderia de deixar de agradecer todas as pessoas que naquela segunda-feira, 25/08, me ligaram, estiveram comigo, me deram força ou até mesmo fazendo uma excursão, literalmente, para o enterro e dar risadas comigo lá... Inesquecível mesmo! Obrigado do fundo do meu coração... E podem ter certeza que estão sendo agradecidos pela minha vó também!!!! Beijo Vó! Onde quer que a Senhora esteja... Sei que está em paz, forte e linda como sempre foi!!!!! TE AMO SEMPRE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


agosto 23, 2004

E sem fim escrevo o ponto final...

Por que pensamos em trevas se nos é mostrado um novo nascer do dia, com sol e energias renovadas? Por que, realmente, remoemos tanto uma coisa passada quando devemos tentar melhorar nosso futuro que é tão incerto? Por que queremos e sonhamos com a perfeição se uma vida perfeita seria o fim, rídiculo, de toda magia existente? Algumas das dúvidas que o sono me traz, que o cansaço me traz... Mas minha alma está limpa... Meus desejos renovados e mesmo ter me desententido pode ter me mostrado que certas coisas tem de ser mudadas e vividas de maneiras diferentes... Eu ainda acho que o fim está perto, mas esse perto pode estar tão longe que eu não consigo ver onde ele está... Tá redundante mas os meus olhos cismam em fechar e tentar melhorar uma situação imposta... Nem sei se isso realmente é necessário... Mas olhos claros sempre me cativaram... E talvez, somente talvez, esteja em um caminho completamente errado... E aquela doce voz, que me animava nas minhas tardes e que escrevi poucas vezes, mas foram intensas, sejam lembradas hoje... Só me resta sonhar... E como diria o Skid Row "Through the sleepless nights, through every endless day / I'd wanna hear you say - I remember you"

agosto 16, 2004

E eu muito sempre nunca tive...

Eu sempre estive ali, remoendo-se entre passado e presente
Sentindo o acre gosto de perguntas intermináveis e doloridas
Dores essas causadas por lembranças falsas de talvez
Lembranças mortas questionadas pelo seus atos
O frio, o escuro, o sozinho, o vazio... Palavras mais pesadas
Personificavam-se em minha forma durante muitos dias
Tentava me agarrar em qualquer vão oco nesta queda sem fim
E quando tentava me apoiar para me estabelecer e subir
Sentia a avalanche de perguntas e de sentimentos
Puxando-me novamente para a queda livre suicída.
Os dias perderam a noção de existência e o tempo foi abandonado de início
Por vezes sentia a esperança pingar suas gotas em meu coração
Dando-me motivos para sorrir enquanto voava para o fim
E agora, sinceramente, não sei se estou parado, tentando me estabelecer
Ou se tenho esse vento em minha face por causa da queda
Mas desisto de tentar entender essa minha pessoa
É impossível definir a criatura que dorme nas sombras e se alimenta da tristeza
Melancholy Sickness

agosto 07, 2004

Meras palavras irrelevantes...

E o sangue acabou mostrando tudo em abundância. Seus fatos transcritos em formas de dores jamais sentidas. Olhos abertos com falsa atenção, falsa compreensão, falso coração que bate sem razão no caminho de sentimentos eternos sem sentidos. Redundância, amiga nova, traz sempre uma nova forma de pensar, de ver o que foi feito, de entender um pouco mais a nebulosa vida marcada. Seus olhos transpoem algo surreal e impalpável aparecendo sempre em noites escuras e misteriosas. Duas cores... Duas vidas... Dores infinitas, em um leito frio e deserto. Tendo medo dos seus sonhos que me pertencem temporariamente. Tenho medo de ver que essa realidade sonhada nunca será a nossa vida. Seus olhos... Seus desejos... Minhas dores... Minha tristeza... Minha morte...