fevereiro 23, 2006

Já não consigo ver as coisas que passaram...

A vida chuta cada hora para que possamos vencer os obstáculos e sempre continuar a seguir, coletando os pedaços que caem para irmos montando o quebra-cabeça do sempre incompleto. As manhãs, tardes sempre trazem algo especial que deve ser lembrado.. Um fantasma qualquer saberia disso e nunca deixaria um susto bom de lado... Não para a perfeita vítima, nunca para o hipocondríaco de plantão... Ou talvez seja carregado naquele gesto ofensivo, defensivo, solitário e mobral. Sempre damos o braço a torcer pela pior fatia e nunca nos deixamos levar pela leve brisa do mar eterno. Como o sal na água... A tristeza da vida existe, como também a beleza de sentir algo íntimo e ao mesmo tempo jovial. Monstros penetram o pesadelo adolescente, a mente inexperiente viaja a qualquer substância... E somente as olheiras carregadas pela noite que saberiam distinguir o bom do ruim e saber o nível exato a se entorpecer... Sem isso tudo é colocado na caixa de brinquedos esquecidos que só serão lembrados pelas lágrimas da recordação... Com as lamentações todas de desejos de se voltar no tempo.

fevereiro 13, 2006

Imprevissível podendo ser real...

Pétalas ao vento de almaço. Ferro ardente polar. Simplificando o complexo de mitos transcendentais. Forçando o coração a abraçar o impalpável. Percorrendo uma corrida pela camisa xadrez. A rotina sem fim se instaura na rede negra do lazer. Cores misturam-se formando algo neutro e binário. Tudo se desfaz quando não é o essencial da liga frutífera. Acordes molhados em uma chuva de notas e marcações. Sim, simples. Não, objetos. Talvez, figuras embaralhadas. Um perfume marcante no carro mesmo após um atrito. É o semblante do sorriso puro. O brilho maestrino do olhar. A diferença da divisão sem resto definido. Um fluxograma para entender o amor e seus méritos. Tudo, nada, pouco e muito. Placares modificados pelo urro interno dado com a intensidade necessária de se mover para o nada. Dobradiças de sono com a ignição momentânea da partida do não-saber. Os olhos se encontraram, juntaram a energia, interligaram o coração e aí se fez a junção do singular conjunto, do unido múltiplo. E era só mais um telefonema em um dia escuro de primavera. Pássaros cantando a fúnebre marcha da vida. Felizes, porém, carregados na sádica jornada da rotina e da obrigatoriedade.

fevereiro 08, 2006

E foi assim que redescobri minha tristeza...

Sentindo a dor no peito, acuado com o vento frio das manhãs, caminhando pela escuridão e tentando ser igual a tudo. Foi assim que comecei a redescobrir a angústia, a provar o amargo gosto da tristeza, sentir-se novamente sem vontade de vida. Depressão. O sorriso pesa, os braços não se mexem, o querer se esvazia, o ar falta. Eu sinto falta, sinto saudades. Quero mais, quero tudo. A inconsistência gera a dúvida e involuntariamente me atiro no abismo do não. Queria saber do olhar fraternal, das mãos trêmulas e suadas, do balançar involuntário. Queria ter, Queria ser. Sou o antônimo da vida mesclando-se como fantasmas no invisível do mundo. Sem cor nem vida. Sem vida nem amor. Sem amor nem riso. Sem riso nem afeto. Morro na vontade, nos lindos 1:23 minutos que falamos. No tudo bem, nas novidades antigas. Morro na simplicidade da vida, em ver que se lembra, em ver que os olhos pesam e tentam reviver burlando a distância. É por isso que eu me calo, porque eu não consigo viver assim, não sem sentir e muito menos sem desejar. Eu desejo, eu quero, eu espero... Mas os dias nunca me deixaram assim... Preciso de um olhar seu, aquele que me paralisou, que mostrou a perfeição da beleza... Preciso de um só olhar. Todo dia, toda hora que precisar. Preciso e talvez por isso que eu esteja assim, perdido e inerte. Carente e sedento. Tudo isso porque gostei de você e comecei a gostar...

fevereiro 01, 2006

E mais uma despedida de amor...

Eu sempre quis saber o porque das coisas serem assim... Sempre quis saber o significado de um sorriso seu... Sempre busquei a felicidade para ambos... Encontrei na simplicidade da vida, o tudo. O amor, o respeito, a amizade, o gozo. Todas as sensações desde a angústia até o prazer pleno em estar próximo. E eu nunca iria deixar de te dar um abraço, um último adeus, algo que simbolizasse, que fizesse lembrar... As vezes pensamos nas coisas complexas de um relacionamento e não vemos que um simples beijo, em uma tarde qualquer, preparando um almoço fosse simbolizar um novo início. Uma nova descoberta, com um gosto já experimentado, porém com mudanças. Se eu fiquei tanto tempo matutando ao escrever tudo isso saiba que nada me fazia perder você do meu pensamento... Nada faria sentido se fosse escrito sem um aperto do coração. Passagens de músicas as vezes dizem, sem querer, uma infinidade de coisas a nosso respeito... Você tem o significado da minha vida e eu só não queria te dizer Adeus. Não queria deixar-te livre para o mundo, não após tudo. Seis anos nunca foram seis meses... Quantas coisas passamos, quantos caminhos e quantas mudanças sofremos... Eu queria poder passar mais tempo contigo, pagar todas as promessas que agente fez na nossa adolescência inocente, ouvir mais histórias e contar os rumos que minha vida tomou para hoje eu ser assim... Apesar de ser sempre o mesmo contigo e você também para comigo... Crescemos mas nunca deixamos de lado tudo que construímos... E eu não consigo mais escrever sobre nós... Eu não queria ser só mais um amigo... Mas alguém a quem você lembrasse sempre e que fosse incomparável... Lutei por isso, construí nossa relação para esse propósito... Como você é para mim... Única e especial... Perfeita nos detalhes e em tudo que compõe seu nome... Posso falar que nunca vou esquecer o perfeito vinte e oito de janeiro de dois mil e seis e nunca conseguiria esquecer a hora... Um sorriso me foge do rosto mas lembrar sempre é bom, porém a solidão de agora é fria... Mas uma doce lembrança foi marcada e te agradeço por poder ter tido você para mim... Se hoje me despeço o meu coração aperta e a emoção é inevitável... Te adoro muito... E espero que agente ainda possa se abraçar, beijar e nos divertir neste mundo... Com saudades, com emoção, com amor... Do seu eterno...