setembro 26, 2012

Se fosse escolher um número...

Este seria a nossa partemais completa, a soma de tudo e a beleza de ter uma data com significado na nossa vida. Seria a junção do meu, do seu, dos signos e da beleza do mistério da união. Um número apenas que nos simboliza. Um número que constrói e não apenas define. Um número que lembra e desenha e não apenas exemplifica tal coisa. Muitos não possuem tamanho número e outros tentam encontrar essa relação. Mas nós, mesmos antes de um beijo, decidimos nosso número. Mas nós, mesmo com você tão longe e impossível, definimos a nossa eternidade numérica. Se fosse escolher um número, seria 19 e eu sei que você também o escolheria para enfeitar a sua prateleira de vida comigo...

setembro 23, 2012

Te escolhi pela leveza e transparência...

Em meu copo os goles sempre foram construídos de verdade. Sem significados ou apontamentos longínquos. Minhas risadas sempre carregaram a verdade e com a sintonia existente, eu caminhei pelos muros da vida. Se escrevo meus poemas de enigma, saiba que são das dúvidas que pairam em meus sonhos. São das cenas que minha imaginação cria para embalar meu sono, mas me perturbo com a falta de significado durante meus dias. Se a poesia não me responde, como nunca me respondeu, eu pairo em suas cores para alar meus passos e muito mais desta emoção que bebo em meus copos...

setembro 17, 2012

Nunca a convidei para vir deitar comigo...

Oh insônia bendita, tu que trazes junto a ti um copo de desejos e indignações. Tu que contemplas as horas sem descanso, mesmo quando o corpo pede e tu ignoras este que considera relapso. Oh insônia bendita que deixa os sentimentos acessos, a mente confrontando antigas questões e irrisórias responsabilidades por minutos infinitos e doloridos. Oh insônia cruel! Tu que és inimiga dos sonhos e do livre embalo sonífero, tu que inflamas tamanho ódio que fere todo possível relaxamento do mundo. Oh insônia que me embebeda da loucura de ver as horas passando e deixando tudo mais próximo do fim. Insônia, tu nunca foste minha amiga, mas sempre me acompanhas nos momentos que menos preciso de ti...

setembro 14, 2012

Dúvidas de um dia ordinário...

Síndromes atacam os ferozes sentimentos humanos. Cordões tentam guiar almas pelo atlas do mundo. Rabiscos adolescentes transformando-se em verdade logo cedo. Filosofias vendidas por acaso no centro da sociedade. Toques, protocolos e drogas enchendo ingredientes esquecidos pelas sarjetas da avenida. Propagandas paradisíacas sem promessa de realidade. Vida, rotina, falta de inspiração, automático e despertador. Alguns poetizam seus sentimentos por fuga, outros por cansarem do mesmo tom de cinza. Mas fica sempre uma ponta de dúvida, até quando a fantasia pode guiar, sem doenças, a mente de um mundo veloz demais para se olhar para o lado? Até quando dura a redundância em um mundo que as pessoas esqueceram o significado de viver? Até quando isso aqui vai se chamar vida ou algo que valha?

setembro 10, 2012

Ainda não é o fim da certeza...

Talvez eu tenha percorrido as maiores escuridões, tenha fraquejado muitos passos dito certos. Talvez eu tenha recusado os convites de felicidade, de amor e da eternidade. Talvez tenha esquecido um nome aqui, outro ali. Talvez tenha brincado com todos os sentimentos possíveis e, em uma ressaca atônita, todos se foram de mim. Mas agora sei reconhecer a beleza de um céu limpo, sei da importância e não tenho mais medo de retornar aos meus antigos passos. Sei que muitos convites são tolos e desajeitados, merecendo assim o desdém para a passagem e sei dizer que alguns nomes jamais sairão da mente. Sei dizer quem vira poesia e quem nunca vai rimar e que se hoje não tenho com o que brindar, me embebedo da alegria de entender a vida que me pus a dançar...

setembro 03, 2012

Você chegou onde eu queria estar...

Tentei separar minhas sílabas dos caminhos. Tentei esquecer minhas canções vividas. Tentei esquecer como te acordava nas manhãs de nuvens e até como te fazia dormir com vergonha. Eu extrapolei nos meus limites e nos meus bloqueios. Ouvi que já não parecia comigo, mas a verdade é que nunca fui eu. Nunca te expliquei meus medos tortos, meus anseios de verão e nem os meus sonhos distantes. Um deles era você. Um deles era estar onde você está. Mas eu fiquei e segui meus poemas sem fim. Segui para lutar contra esta poesia redundante que bate em razão de nunca acabar. Segui para ter mais do mesmo e não ter um amor completo para escrever, pois disso eu nunca senti o gosto e nem sei como é feito. Você seria meu ponto final, mas eu ainda carrego as vírgulas que preciso terminar...