junho 27, 2012

Eu parti sem choro de volta...

Ressuscite-me caso seja capaz. Parti despedaçado por estilingues infantis, parti por números desconhecidos e rabiscos de término. Tive promessas assassinadas, naveguei para naufragar e sem retorno possível. Nós todos tentamos, nós todos tivemos os sentimentos por provas carnais e aplausos programados de agradecimento, mas nunca de parabéns. Parti para um acaso desconexo, parti por conta da distorção de ideias... Sem flores ou adereços capazes de tremer paredes brancas, eu parti e agora seu parafuso cego de razão falta para retomar um caminho. Faz tempo que o inverno vive em suas vestimentas e o sol jamais vai te reinar como eu pintei em você. Meu suor, meu desejo e meu beijo, partiram porque sempre fui um ímpar em um brinde vespertino de arrependimento...

junho 24, 2012

Retornando ao primeiro verso...

"Você pode ter ido embora, mas sempre ficará uma lembrança sua comigo e que jamais esquecerei. Podem coisas acontecer, o tempo passar, mas eu jamais desistirei de você... Tudo isso porque eu te amo!" Foi no calor do meu primeiro amor que escrevi essas palavras. Foi com este início que comecei a trilhar um caminho diferente. Foi neste passo que descobri as teorias do platonismo, a prática de um romantismo esquecido e que, mesmo adolescente, foi responsável pelos meus passos até hoje. Ainda guardo sua lembrança de verão, ainda me pego associando as mesmas coisas e não considero que estacionei por ter um punhado único de momentos. Foram poucos, mas foi todo o início. Se não trilhamos mais nada, a culpa é a de um destino divino que me mostrou a loura poesia adolescente para me transformar no devaneio que sou hoje. Não posso falar que te amo, mas te amei com toda a pureza e sinceridade que até hoje me são características. Não posso falar que não desisti de você, pois o tempo tratou de mostrar que era só o aprendizado necessário. Mas posso dizer que nunca te esquecerei, pois seu sorriso e sua beleza única foram os responsáveis pelas primeiras cores do meu mundo e você sabe que sempre te agradeci por isso.

junho 11, 2012

Você disse que não tem medo...

Seus olhos brilham como se fossem um abismo. Seu sorriso preenche o ar que me aquece, que faz transpirar, que me faz viver. Teu jeito, tua simpatia parecem se completar tão perfeitamente aos meus moldes derretidos e gastos com o tempo. Sonho com seu beijo, com sua pureza tão forte e radiante que me leve para outro patamar de desejo, de uma adoração ardente. Gostaria de sentir a suavidade de suas mãos, de seus entornos corados e de um suspiro de sufoco, mas só tenho a sonhar. Só tenho a criar um novo sonho, uma nova estrada e um novo começo... Com novos olhos, sorrisos e um novo você, porque já que não tem nome, te reinvento a cada passo que te busco na perfeição do talvez.

junho 07, 2012

Eu aprendi tudo a você…

Eu aprendi a olhar, a andar e a sonhar. Aprendi a correr, a viver, a crer. Aprendi a sorrir, me divertir e a dormir. Aprendi a amar, aprendi a querer e aprendi a partir. Aprendi a chorar, aprendi a poetizar, aprendi a caminhar. Aprendi a escrever, aprendi a ver e aprendi a sofrer. Aprendi a construir, aprendi a desistir, aprendi a ruir. Todos os verbos que aprendi, todos os caminhos que percorri, todos os momentos que presenciei tiveram você como personagem maior. Não presente, muitas vezes muda e transparente, mas você estava ali como meu objetivo. Meu objetivo sempre foi viver para você, atravessar pontes e obstáculos para saber que não sei de nada e que, se estivesse ao seu lado, começaria a aprender o verdadeiro sentido de tantos verbos na vida. Mas ainda não tenho as rimas necessárias para transformar este dicionário em vida de amor...

junho 05, 2012

Criptografando os destinos...

Os tempos estão mudando, com o sol se escondendo na vergonha, a lua com uma timidez acentuada, os ventos gelados no verão, os pássaros de uma nota só. Uma foto rasgada de escrivaninha, uma benção esquecida, três capítulos de um sonho, oitavas relações perdidas. Seus braços encolhidos, um sorriso perdido para outrem, uma névoa condensada de beijos e o troco da confeitaria. São marcos singulares, são anúncios de desconto, são rebolados estrangeiros e orçamento encolhido. Os tempos mudam, meus olhos se acostumam, minhas poesias fluem, mas cada vez escolho o longe como destino. Cada vez mais escolho a falta de sorrisos, do que um beijo matinal. Cada vez mais escolho o solitário mundo da realidade, para desistir de vez de criar meus sonhos. Cada vez mais eu esqueço tudo que passei, para nunca mais te encontrar...