abril 29, 2006

As alcoviteiras que sopram minha vida...

Sopram boas, sopram más... Sopram nortes, suis, lestes e oestes... Nunca concreto e sempre abstrato. Nunca completo e sempre misterioso. São imagens desconexas mas que fazem sentido final, são sinais bizarros e completamente inteligível. Falam do cuidado, da bobagem, do perigo e da inocência. Do amor, do ódio, da alegria e da tristeza. Sempre obscuras porém com resultante clara e branda. Talvez sempre tenham dito a mesma coisa porém de intonações diferentes que transformaram sempre seu significado. Dizem, as vezes, coisas futuras que devem ser guardadas... E são simples alcoviteiras, mulheres da vida que percorreram os caminhos e guardaram suas lições e experiências, mulheres essas que entenderam do sofrimento da falsidade, da usabilidade, do prazer não correspondido e da solidão... Mulheres da vida bandida... Que perdem um pouco do seu tempo eterno, ensinando um pobre coitado a não seguir o mesmo caminho que tantas sofreram...

abril 16, 2006

E qual o preço você pagaria...

Para uma noite ao redor de amigos, cervejas, risadas, zueras e anos e anos de confiança. A pura, perfeita e longa amizade. Amigos brindando o impalpável, uma ajuda mútua... Um sentimento compartilhado e sabíamos que seria intenso. Foi assim meu último final-de-semana em Santos... Foi isso que senti ao olhar pro rosto de cada um... Cada zuera, risada, conversa... Somos únicos e imortais... Todos por um e um por todos. Nunca nos abandonamos e nunca iremos, talvez um pouco distante por causa da vida cotidiana mas nunca esquecidos... Sem falsidade, sem preço, sem porque... Simplesmente amigos! E foi isso que senti também em Serra Negra, na sexta-feira, onde fomos passar o dia e ficamos embriagados por tudo, conversamos, nos entendemos e continuamos trilhando a perfeição da amizade longa... Como comecei em Santos continuo construindo com novas pessoas e mesmo sendo novas, intensas e leais... E eu necessito disso, sempre foi assim e vai continuar sendo...