maio 25, 2012

Você é o fim…

Eu sei o fim de tudo. Sei de todos os meus passos, sei das músicas queimadas e das poesias vivas no lixo. Sei dos seus olhos mortos, seu coração que pulsa da forma cadenciada, quase morta, quase sem brilho. Ponto a ponto com minhas angústias, meus receios sempre conturbados. Vou embora novamente. Vou embora de você, mas te trago rosas de sangue antigo, te trago sonhos que já acordaram, te trago versos que são poeira. Eu tentei te reanimar para parecer como antes, até desenhando um cenário com aquele crepúsculo único. Queria ter o mesmo perfume, mas meus medos não me deixaram. Meus medos fizeram viver a redundância de não ter um rosto frágil. Vidro que quebra em passos soltos, passos esquecidos no pó do tempo. Beijos de forma, beijos sem suor, sem amor e o fim. No fim é sempre o fim. No fim você sempre deseja o fim. No fim você sempre chega ao sempre fim. No fim é apenas o fim...

maio 16, 2012

Eu dançaria como você fez...

Eu te amo mais do que letras podem contar. Eu te amarei até o último suspiro existir neste mundo e em meus sonhos básicos... Eu te amo até acordar de um pesadelo que vivo em um mundo sem existir você. Eu sou aquele que acredita em mudanças drásticas ou puras, de tremas e parques. De mudanças sentidas e doces tatuagens que viram feridas nos bancos traseiros de carros queimados. Eu te amo mesmo se este amor não existir no mundo. Com ou sem uma ajuda de sirene e solas brancas. Estas imagens se juntam em um aglomerado de estrelas, dançam em um céu com vento temporal e tudo parece estar bem, pois no ritmo cantado, elas ainda continuam soletrando seu nome e o quanto eu posso te amar nesta vida. Eu te amo, pois a poesia me deixa e o quanto da poesia ainda não se cansou de dizer que meu amor vai continuar, mesmo que essa cidade se desfaça da desgraça de você nunca ter existido em brilho maior que uma andorinha de inverno...

maio 13, 2012

Isto é só a descrição de um pensamento...

Conjunções berram rimas infinitas. Memorandos importantes furam a fila para a alimentação coletiva. Afazeres amontoados aos baldes em cantos. Escuridão que engole de insetos até vontades. Um cenário com movimento, um brinde cego, um aperto sonoro, uma piscada melada e todos os atores de um circo desfeito cantam sem fim. Pupilos dilatados, riscos incompletos, cardíaco novato e uma porção mágica de neve tropical. Um latido ecoa, um verso escorrega da flâmula, um gole rimando com o infinito e um desenho do amor. Uma foto queimada, lágrimas manchando uma carta, lápis quebrado e uma ponta perdida de uma aflição. Um credo, uma oração de simpatia, uma promessa quebrada e um sonho tão perfeito que foi inacabado. Um beijo perdido em uma noite de chuva rápida, semanas de silêncio sem lembrança alguma e o vazio de agora. Fomos embora e o Adeus não acenou pela janela de vento na estrada conhecida...

maio 04, 2012

De uma ideia vespertina...

Essas mãos tremem porque sabem da verdade, sabem da realidade que você acabou forjando para partir do meu mundo. Doce vidência que já me assoprava no início deste frio particular. Não houve nenhum sussurro desta vez, não houve as páginas que tinha me acostumado. Eu mudei a estrada e esqueci os meus muros, quando resolvi abri-lo eu quis tirar a poeira dos meus sonhos. Reescrevi todos meus futuros desejos com nova personagem. Readaptei tudo isto a uma nova realidade e ritmos novos que entravam da clareza do último ano. Começou e terminou comigo perdido na noite, redesenhando tudo o que me fosse possível e tentando rearranjar as letras antigas. Mas você se foi como os detritos comidos pela terra. Você se foi e eu só posso deixá-la seguir para alguém que se abaixe em seu pé e a faça a rainha de um reino que eu nem imagino...

maio 02, 2012

Pouco a pouco você acaba descobrindo…

Um revés na vida é a sombra de uma realidade correta que foi ignorada. Nada mais é que uma correção de curso. Dolorida, complexa, tensa e mágica. Recheada de utopias e congressos amedrontados. É a luz da lua que te acorda no meio de uma manhã, banhando todas as partes e te fazendo enxergar mais do que um par de lentes consegue convergir. O que é uma derrota quando se quando perdemos um amor, temos seus momentos para eternizar em escritas sentidas? O que é uma perda da vida, se o perfume embala sonhos e folhas de calendário afim? O que pode ser considerado um erro se o amor é algo infinito e renovável, algo que não percebemos e fazemos mal uso de seu nome? São aquelas tantas imperfeições enfileiradas perfeitamente para cumprir o papel de te dar uma vida nova. Um novo suspiro de possibilidades que te farão correr para a próxima página de versos...