julho 26, 2011

Sentindo saudades de algo que não dá para explicar...

Em meus braços rouxinol com melodia de fim de tarde. Longe um silêncio canalizado de passos apressados. Em meus olhos um menear de cabeça afirmando o propósito. No horizonte a incerteza pintada com nuvens e crepúsculos de outono. Perto a certeza de algo indescritível, mas forte. Para lá a comunicação de teclas que, de pouca intensidade, endurecem pela falta. Um jogo de opostos com ingredientes conhecidos. Parece aquela música que fala do verão perfeito. Parece aquela risada de início. Até mesmo aquele ritmo que mistura todas as influências, sobre uma letra que nunca se repete. Você é uma aquarela de experimentação, uma cruz e uma espada, um sacolejo que endireita, uma pétala apenas de espinhos. Você me conhece pelo olhar. Em uma olhada, disfarça meus sentimentos e me faz crer que tudo é possível. Teu ar me falta em combustão espontânea e nada disso fica viável. Você fala que pensa em mim e meu mundo desmorona por completo. É complexo, mas é simples assim...

julho 17, 2011

Poderia ser algo agressivo…

Cores distintas de um painel mutante. Passos rolante de um dia nublado. Acordes frouxos, vozes redondas como rodas emperradas. Tento dormir, mas o tudo provoca pensamentos que não deveriam importar. E todas as distâncias de fusos sonhados me deixam largado sem me ensinar a fazer. Poderia ser o feno enrolado, os moinhos de história, o papel de bala arremessado ou o xadrez que faz olhar. O caixão passa por mim, proclamando que é um mundo infinito. O idioma odiado pode falar algo que ignoro, mas é importante pela ignorância. Todo mundo passa me oferecendo uma esmola, mas ainda procuro um sapato que possa me descrever e sonhos que possam realizar minhas imagens... Eu ainda busco aquele sorriso que não existiu de alguém que já não lembro o nome.

julho 05, 2011

Carregando baterias, revivendo memórias...

É difícil achar metáforas. Elas esgotam facilmente e as que sobram não são suficientes para descrever tudo o que acontece. Ah se eu pudesse te levar até onde meus olhos enxergam. Se eu pudesse te acompanhar em um ritmo que você desconhece. Talvez, se conseguisse, por uma questão de minuto, te explicar sobre todos os gostos que nos permitem. As horas correm, mas ainda sinto-me naquela dependência absurda de contá-las de forma decrescente. Uma vida em branco e preto me ajudaria a entender seu sorriso. O improvável já aconteceu, o rotineiro ficou para depois e as três cores já pintaram o oceano... Os óculos deixados de lado, a laranja que pinta o presente é leve, roupas jogadas ao além de um finito... Posso me desacreditar, mas você estará aqui, estará aqui sempre. E para todo o sempre possível, estará sorrindo e se fazendo tão perfeita, como uma obra de arte. Sem ano, sem data, você é e simples. Me deixou um chocolate e eu viciei em seus beijos... "Como fazer?" é o que me mantém acordado.

julho 04, 2011

Confusões e desencontros extremos...

É outro idioma, uma nova regra com um sotaque confundível. É a necessidade bebendo da sua melhor fonte. É um riso solto por um brilho de palco. Podiam ser coleções inteiras, refrões assediados dos anos futuros e aquela pétala de orvalho veterano. Poderia ser um simples pedido de fechar os olhos. Sem surpresas, sem partidas e atrasos. Um trato para alguém sem comunicação. A vida segue, esperando o anuncio do televisor, que muda e muda, mas sem alterar os valores. Os barulhos iguais de diferentes lugares. A surpresa do beijo, a fala carregada, a vida como um rock nunca feito. Sim, são imagens, estrofes, acordes, traduções livres e versos destilados por um grande saguão. Tudo me lembra você. Do sotaque, ao refrão. Do cheiro da alegria, ao barulho da corrida. De usar bermuda no frio, ao humor de acidez chata. Sempre desejei enxergar as cores e agora já sei como me mover para fora desta confusão. Sim, eu já sei e agora só falta você.