novembro 06, 2010

Pelo menos teremos nossas histórias...

Ao ouvir a frase acima, entendi que todas as lembranças se encaixavam em uma gigantesca espiral... Nós crescemos em ruas conhecidas, em marchas solitárias e altas... Crescemos com cervejas baratas e trocos fantásticos... Construímos nossa identidade em letras e ritmos parecidos e tão distantes em alguns casos que formaram um grande círculo. Crescemos nas risadas de aprendizado e nas culturas aderentes. Crescemos com números e combinações prontas... Crescemos e fortalecemos as palavras "para sempre"... Prometemos nessa jornada tantas coisas que nem lembramos mais... Planejamos tanto que vimos os ventos levarem tudo para o nunca... Mas algo que nem imaginamos conquistar, se tornou parte da nossa essência. Essa essência tão única se faz presente nas lágrimas que escrevem essas linhas, essa essência traz as lembranças de dias tão comuns que se tornaram nosso conto épico. Nossa identidade maior e que carregamos sem querer, nos sorrisos e abraços estendidos. Se hoje o círculo aumenta e distancia as vidas pelas escritas de cada um, temos a certeza que carregamos na bagagem vital tudo que pode ajudar, tudo que acalma e que traz a certeza que estaremos no eterno laço do infinito.

novembro 02, 2010

As confusões de vozes que não se encaixam...

Um vento me puxa para o lado escuro e que precisa de angústia para descrição. Outro vem quente, ameno e reconfortante. Soprando poesia rimada, em um ambiente claro e totalmente único. Um suspira o cansaço da jornada, carregado em lembranças e apologias perversas de anteontem na vida passada... Um vem como brisa do mar, aquela que ao fechar os olhos as idéias se refrescam e tudo ganha a leveza correta, o certo no momento. Outro vem com aflição e causa um desconforto que necessita de ajuda, necessita de atenção e necessita de exposição para aliviar o coração pesado. Poetizo o lugar calmo, as vozes de alegria e o ar completamente suspenso na leveza de um paraíso. Descrevo com orgulho a solidão, a escuridão que se faz tão presente em dias e meses... Sinto os cacos jogados na trilha, rostos alegres manchados de passado, de algo tão antigo que não se faz mais presente. De um enxergo o sol e toda a paz que buscamos em vida. De um enxergo os vales percorridos e melodias introspectivas que dizem tanto sobre mim... O som que saí pelo quarto, dita os caminhos e aumentam as vozes de onde prosseguir este caminho sem conexão de algo. Percorrendo estas transições não consigo escolher, não consigo catalogar todas as idéias e desenhar este quadro de traços, este quadro de retalhos... Perdido em expectativas, travado nas equações... A brisa reconforta em paz os momentos passados e tudo o que foi vivido... Espalho ao meu redor todos os momentos de risos que confortaram meu coração outrora. Não carrego mais a angústia em mim, pois sei o que construí em romantismo concreto. Vejo certos pontos brilhantes nesta escuridão... Personifiquei a felicidade e hoje completo minha totalidade. Só com a abstração me sinto perto de ti. Nossas mãos uniram-se em infinito com o Sol dourando nossa união. E sem um fim, me despeço sabendo que fracassei hoje...