julho 20, 2006

A little bit about my friends...

Foi assim que comecei a trilhar estradas. Traças metas, buscar objetivos e significados. Talvez nem tenha me importado em demasia sobre as consequências sobre meu passado... E as pessoas que nele estavam... Porém sempre fui cuidadoso sobre isto. Nunca dei um passo sem antes me garantir que tudo estava como antes, sem mudanças drásticas e rebeldes... Não sei me esquecer das vozes, dos momentos e de tudo que passamos juntos. Com estas mudanças, que todos passamos, vi pessoas desaparecer, não comparecer, viver outros mundos e em outra sintonia... Alçei meus braços para tentar a conciliação dos mundos, cansei nas tentativas. Cansei nos momentos que mais precisei e não existia a conexão mágica... Fui deixado para trás... Por muitos... Como muitos outros me estenderam os braços, as mãos, me cederam momentos novos... Mostraram caminhos... Compartilharam experiências. Por estes continuei, por estes vivi e ainda agradeço por isso. Tanto quanto posso. O resultado é estranho, porém prazeroso. Um remédio que tem um gosto ruim porém dá alívio imediato. Esta é a vida sobre amigos... Uns continuam perto, companheiros e insistentes... Outros buscam novos, falsamente sem esquecer dos velhos, companheiros de jornada e regam a amizade como um jardim gigante. Esquecem que só existe uma pessoa para regar este imenso jardim plantado e, aos poucos, algumas dessas sementes, que brotaram e criaram um fruto bonito e intenso, vão perdendo o brilho inicial e deixam o jardim para buscar a beleza em outros... Já perdi a conta em quantos já passei, porém nunca me arrependi de ter vivido um pouco... E tenho certeza, que os mais especiais, continuam ainda no meu coração e destes eu nunca vou sair.

julho 12, 2006

Foi dado o desespero pagão descritivo...

A descrição falhou nos minutos finais. Trazendo a tona algo desconexo, uma criatura bizarra, sem molde e perpétua. Alimenta-se do longínquo, dos momentos espúrios, da maleável lábia humana. Cresce desordenado, noite a dia, finito a infinito, ingestão a digestão... Percorre mundos, vilas, bairros e casas. Todos precisam dele e não enxergam a dor que lhes causa. Divindade posta a coroa ganha... É clamado. Criou-se então uma legião de adoradores... Como se fossem titãs correndo para a vitória certa. E Ele gosta, cresce mais... Parece criar diversas micro-diferenças de um tipo para outro... Porém são todos frutos de um só... Quase uma alma habitando o coração e a vida de muitos normais... Que ainda cantam de peito sóbrio, outros embriagados, que sem Ele a vida seria injusta, imoral e sem significado. E Ele nada faz, pois não tem consciência... Nada faz pois o sofrimento ou a alegria é o alimento predileto... Ele mata milhões e também devolve a esperança pra outros... E quem há de achar ele injusto ou initeligível? Ninguém os entende... Nem seus criadores... Uma experiência fracassada no minuto final... Transformando algo perfeito em desordenado. Algo perfeito em incontrolável... O que poderia só causar risos hoje cria lágrimas, tristezas, perdição... Mas Ele cresce e continua habitando os corações alheios... E de todos os nomes, o que Ele mais gosta é Amor...

julho 07, 2006

E assim foi aquecido o momento mágico...

No início era algo desconhecido, buscando simplesmente o conhecimento... O saber... Buscando sinais de entendimento, algo que pudesse fazer uma aproximação... E assim aconteceu, não lembro quando e nem como... AS mãos foram dadas e um destino, indescritível e inexistente, traçado. Foi-se um tempo aproveitando o momento... Simples não saber se estava gostando... Não existia o conhecimento... Pode ter sido lento e horrível, pode ter sido rápido e fatal... Nunca irei saber... O beijo veio selando a felicidade. Veio simbolizando algo que parecia fazer sentido. E rimos, como crianças, como anjos, como espíritos soltos... Do momento, do lugar, das pessoas, das histórias, do sabor... Rimos! Veio o fim... Incertezas, pensamentos, felicidade... Isso sim, felicidade. O próximo veio mais concreto... Veio mais vivo... Pouco conhecíamos, porém fizemos valer disso para sempre... Início, meio e o fim... Tudo com a mesma intensidade, nada triste, de algo novo e inexplicável... Se está certo, errado, bom, ruim... Só sei dizer por mim, nunca por ela... Causa talvez um estranhamento, unilateral, do sentido... Sentimento? Quem sabe... Eu ainda procuro entender para compreender... Porém as mãos e o perfume mágico ficaram em mim para lembrar...

julho 03, 2006

Separados pelo vento incostante da natureza cruel...

Éramos tudo, completos por amor e eternizados por razão.
Conhecíamos intimidades com olhares serenos.
E agora tudo é vazio... Nem nos falamos mais...
E por tudo isso que o inverno chegou.
Acolheu mais um em seus braços frios.
Emplacou, para sempre, as verdades não ditas.
O beijo faltante, o carinho a menos.
As lindas histórias e as risadas sutis...
As novidades brandas, o calor do nosso atrito.
Tudo é lembrança não lembrada...
Pois nunca mais foi vivida.