junho 27, 2005

Se a minha vida fosse uma resenha de CD...

Começaria falando das influências que me fazem gente: amigos, bebidas, músicas além, poesia, romantismo, felicidade, saudades, sonhos e por aí conta-se mais de 1000 coisinhas. Contaria do enredo, da temática do CD: o que estava pensando, qual caminho segui, o que pretendo e qual minha mensagem. Falaria do ritmo como é desenvolvido, cadenciado mas em alguns momentos nervoso, agitado sempre mas com toques de calmaria plena. Comentaria uma união, como se fosse uma peça teatral, da primeira a última música os fatos se encontram, como o passado caminhando no presente e construindo juntos o futuro: nunca deixando nada para trás, e sim, evoluindo com erros e acertos da vida. Indicaria a opinião do melhor momento: aquele que nunca consegui esquecer e que marca a vida certinha: algum dia que choro e risos pintam e bordam a amizade e assim criamos a felicidade. E por último, e nem por isso menos importante, falaria da arte gráfica: se é feio ou bonito, se chama atenção ou não, se é de amar ou se é de odiar, uma opinião pessoal e irrelevante mas que fecha com classe tudo. Mas tudo isso se a minha vida fosse resenhada... Como não ainda busco nas entrelinhas do viver as soluçÕes das minhas equaçÕes.

junho 24, 2005

E o jornal que ficou na rua...

Contou as novidades antigas, as novidades aquém-mundo, o que todos já sabiam e não se realizaram. Os olhares talvez julgaram algo que poderia acontecer como não... As mãos não se tocariam jamais por vergonha ou por simples equação matemática. Nandando contra uma tormenta de dúvidas ou simplesmente triste pelo acontecido. Despertado ou sonolento... Vivido ou Existindo... Partícipio passado ou gerundiando a vida ambos parecem mostrar o mesmo significado sem cor. Eu nem lembro de esquecer o que passou e muito menos o que talvez deveria ter feito... Mais lembranças do frio. Quatro horas foi o nosso primeiro tempo. Quando será o segundo? E será que alguma coisa terá mudado nos olhares, nas risadas e na silenciosa troca de gestos com atrito? Continuo com a mesma música na cabeça que não tive coragem de cantar...

junho 21, 2005

Em um bela dia de sono e decisões...

Devia eu estar dormindo e sonhei com Deus numa conversa franca, somente eu e ele como amigos mesmo. A época devia ser bem complicada para pedir algo disso... Mas Deus é quase um Gênio e concede desejos para seus fiéis... Quando ele perguntou qual era meu problema, minha angústia e meu sonho eu devo ter respondido "Deus! Favor me deixar sentimental e apaixonado... Quero desfrutar da beleza do amor, dos prazeres da amizade intensificando a cada momento para poder depois ficar anos e anos lembrando do que vivi..." E ele com alguma espécie de olhar me concedeu este desejo... Deve ter, e muito mesmo, me dito que aquilo era doloroso também, que não era assim que eu iria encontrar minha felicidade e tudo mais... Mas eu tonto não devo ter dado ouvido. E assim fui abençoado. Sou romântico, solitário por medo, amigo em todas as horas, companheiro além vida e nostálgico além morte... Sofro lembrando dos amigos que deixei nos caminhos da vida, sofro pensando nos erros dos amores errados, sofro revivendo minhas angústias no quarto escuro e fico realmente perdido com tudo isso. Mas fui eu quem pedi e recebi este dom... Agora minha missão é carregá-lo, porque devolver presentes é sem educação e muito feio... Já dizia a minha mãe quando eu ganhava presentinhos nas minhas festas infantis... Na mesma época em que assistia Jaspion e ChangeMan na falida Manchete... E sofro demais por ver quanto da minha vida eu já caminhei e realizei... Bons tempos nunca voltam...

junho 16, 2005

Eu esperei e tentei entender...

Queria que fosse diferente... Que você confiasse em mim... Que você soubesse o valor de um olhar sincero que eu sempre te dei... Queria que você entendesse o valor do sentimento... Apesar de não oficial é respeitado e muito vivido... Queria que você sentisse o que sinto com seu ciúmes doentio que me faz doente... Queria que você me beijasse eternamente... Mas não sei o que é você e se nem te entendo como posso assim te querer?? Há erros cometidos pelo pecado mortal... Não foi só sexo... Sinceramente...

junho 11, 2005

E a infância me fez lembrar de como era...

Considero minha infância até 1997, por tanto 13 anos e assim sendo há 8 anos atrás, e o único ícone da minha vida nessa época era meu vizinho Bruno. Engraçado que éramos unha e carne, queijo e goiabada ou como queiram chamar... Vivíamos juntos, crescemos juntos, aprendemos juntos e claro que nos divertíamos juntos. Incontáveis os esconde-esconde, os jogos de futebol na garagem, de hockey, os álbuns de figurinhas, o video-game, as festas de aniversário, as coleções mais estranhas do mundo, as novidades da vida e tudo mais. Ele era 2 anos mais novo que eu, mas existe uma época que 2 anos não é diferença e sim igualdade. E era essa época que revivo. Existiam muitos amigos de escola, alias os meus primeiros amigos existiam na minha vida nessa época... Mas nada comparado ao Bruno. Lembro das manhãs de sábado ou domingo que acordávamos 8h da manhã e íamos andar de bicicleta pelo quarteirão com um pedaço de papelão dobrado pegando no pneu para fazer um barulho como se fosse de motor... Um dos melhores goleiros que vi naquela época... Mas acima de tudo companheiro e amigo. Teve a época do Mario Kart que fizemos campeonatos na minha escola e na dele... E sempre vencíamos... Nós éramos muito bons... Eram tardes, tardes e mais tardes que gastamos em frente a TV passando em quadrados com "?" que ganhava premios para ferrar os adversários... Tudo maravilhoso... Não tenho nenhuma recordação que falo assim: "Deveria ter feito diferente..." não... Diferente de tudo... O Bruno e eu fomos perfeitos... Até chegar o ano de 1997... Em que ele se mudou para o Chile, junto com a família toda... Recebi um cartão de natal do mesmo ano, enviei um também no ano seguinte e foi só... Lembro o dia que ele foi embora... Eu não vi pois não iria aguentar a despedida da minha única metade naquela época... Fugi Sim... Chorei sozinho no quarto escuro da casa da minha vó... E chorei novamente quando minha mãe falou "Eu vi eles saindo... o Bruno soluçava de choro e me mandou te dizer que ele vai voltar!" como crianças acreditávamos em tudo... Tínhamos uma esperança doce e pura... Infelizmente o mundo nos transforma de uma maneira que todos são temporários e perdem seu sentido depois de um tempo...e depois de 4 anos, em 2001, ele veio passar férias no Brasil... Fomos ver um filme, ficamos em casa conversando sobre nossas vida e percebi que aquilo que era perfeito tinha terminado... Eu encontrei novos amigos, ele viveu uma outa vida em um outro país... E uma das coisas que conversamos que ele mesmo disse foi "Matheus.. vc fez falta! Cada vez que vivia uma coisa eu queria que vc estivesse comigo..." e a única coisa que consegui responder nessa altura foi "E vc não sabe o quanto eu pedi para aquela volta..." Hoje eu não tenho notícias, não sei como ele está e nada... Infelizmente perdi uma metade que foi completada por outras mas que mesmo assim ainda existe no meu coração e chora algumas vezes que vejo nossa foto com a frase do Ataris "Being Grown Up isnt half as fun as growing up... These are the best days of our lives"