dezembro 26, 2004

E a nostalgia veio-me beijar a face pálida...

Com amor senti em minhas veias fluírem lembranças. Com saudades vi meus olhos lagrimejarem com cenas antigas. Com felicidade construí, novamente, em minha mente um filme antigo. Com triste vi queria fantasia e nada daquilo foi aproveitado realmente. O frio sela o ambiente estranho e tudo fica confuso com o ar polar. As ruas que já fizeram sonhar tinham o mesmo ar sombrio e convidativo de antes, porém apresentavam um gosto diferente. Mudanças... Era isso que me estava faltando e era por isso que a angústia crescia dentro de mim. Lembrei de músicas, lembrei de beijos, lembrei de olhares, lembrei de vozes, lembrei do platonismo e das noites que cantei de peito aberto um amor novo que enchia meu coração de vida. Com receito vi tudo desmoronar pelo ar gélido em meio a lágrimas e gritos ocultos de desespero. Com dores em minha alma cantei para algum amor antigo, mas nada voltaria ao mesmo. A solidão era mais fria do que a noite e mais fina que a chuva, mas mesmo assim nada mudaria minha sentença. Com amor vi meus amores indo como vento, que passam e beijam o rosto com saudações e adeus, sumindo no infinito e deixam na sorte da morte do próprio coração.
Melancholy Sickness

dezembro 20, 2004

E seu cabelo nunca ficaria do mesmo jeito...

É como um verso popular que não tem fim. É algo que fica na mente sem pensar em sentidos e direções. Uma substância que ganha vida com o ar e toma seu espaço sem permissão. Toda matéria orgânica revestida com o poder transcedental do universo. E quantos dias no ano acordamos com a esperança da mudança e o que recebemos são derrotas escuras e úmidas? Você nunca está tão triste, com olhar de fotografias amareladas de tempo, se você não se sentir como uma peça fundamental do tabuleiro infinito. E eu amo ver você sorrindo... Eu amo sonhar com sua felicidade esbravejante e amo ainda mais a solidão...

dezembro 17, 2004

E a contagem no rascunho era maestrina...

E o menino contava seus dias ensolarados e quentes. Alegres e claros. Dificíes e estressantes. O menino contava seus dias chuvosos e tristes. Medonhos e escuros. Esperançosos e energéticos. O menino passeava nos dias contados como viramos a folha de um livro de suspense. Sem saber onde irá encontrar as pistas, respostas, crimes e assassinos. O menino deixava o vento guiar seus passos durante a subida e descida da vida como fazemos nas nossas caminhadas infinitas que nunca sabemos onde, muito menos quando, vamos ganhar. O menino amava a vida inteira como amamos a pessoa que nos completa e que nos faz rir pelo simples fato de existir. E o menino com tudo mais puro, belo, correto e concreto bebia a mesma água da menina ao seu lado com olhar triste e pesado, olhar de incertezas e dúvidas, olhar vazio e escuro. E os dois sorriram pelas curvas da vida. Ela triste e ele contente. Ele incompleto e ela completando a folga. Ela e ele, ele e ela... Tomando um mesmo copo de suco no calor de verão tropical.

dezembro 15, 2004

E as coisas fluem como a rima interna...

E a curiosidade matou o rato que procurava auxílio, procurava asilo, procurava exílio. As tardes desciam quentes e ensolaradas, desciam flevorosas e asfaltas, desciam glamurosas e afloradas. Tudo que se queria era um pouco de atenção, pouco de emoção, queria um pouco de visão. O medo constrangia os passos dado no silêncio do quarto, no silêncio da sala, no silêncio do choro. E as surpresas da vida iam aparecendo como as estrelas, apareciam como o infinito, apareciam abstratas. E não sei realmente se devia ter falado, ter sentido, ter sonhado, ter visto. Queria simplesmente algo mais do que simples gestos de preocupação.

dezembro 01, 2004

E desacreditando no final das contas...

Agora eu não sei que caminho percorrer... Não sei que voz devo ouvir e muito menos com que ouvido... Meus olhos buscam algo para se admirar, mas tem medo de cada figura que me aparece familiar... Tudo é difuso como a névoa branca do jardim de manhã, com frio e serena aos ombros resfriados... Todo o nicho ecológicamente organizado se põe em prontidão para a batalha de idéias jorradas no papel branco e o atrito do seu lápis... Sonificando o infinito do vácuo escuro cheio de cores do universo. Somos partículas, somos reféns, somos estranhos em um ninho que nada se desdém. Os caminhos são cruzantes e mostram as opções. Só que simplesmente caminhamos desconhecidos sob nossas frustrações. E agora tudo é tão tarde e longe que nem sei se devo ouvir a voz da liberdade. Que canta e chora dentro de mim. A felicidade e a tristeza são iguais... Como aquela joaninha que me trouxe a sorte e depois me picou para a morte da abelha solitária no jardim. E assim, naquele simples dia sortido, todos me perguntaram... Como é que foi que eu me enganei?

novembro 26, 2004

Me sinto como a noite consumida no desejo matricial...

Passos dados caóticamente calculados e armazenados. O vento é a resposta inconsciente da mente em busca do alimento, o seu devaneio maior. Os olhos escurecem por medo, medo das mentiras que colam no corpo e se fazem de uniforme rústico. A guerra é travada! Real e tenebrosa, fria e incontrolável, razão e fome... Tudo mescladamente correto e posto para brincar em um mesmo tabuleiro redondo. O mesmo vento que derruba, refresca a fria brisa final. Dias contados e dias morridos. Dias sonhados e dias vividos. Tudo é a mesma coisa homogênea e derivada, tudo é difuso e indiscreto. Tudo tem início e final. Passos estudados, calejados e gesticulogenas apresentações. Para variar tudo é estritamente profissional no porque da inocência e criação. Tudo que faz sofrer no ínicio tem seu gosto aumentado, em ínumeras vezes, depois da curva final e antes da reta oposta dos nossos sentidos. Tudo que sempre desejamos se transforma em realidade na pureza dos nossos sonhos de meio-dia. E ilusão é não enxergar toda a maravilha das palavras obscuras no copo do doce líquido alcoólico amarelo, acompanhante das noites bohemias regadas do amor interminável.

novembro 24, 2004

Certa vez sonhei durante seis dias seguidos...

Cabelos pretos levemente cacheados, pele branca mas almejava um brilho fosco bonito, olhos azuis mas tão claros que pareciam brancos, seios normais e cintura quase divina. Foi assim que eu sonhei no primeiro dia. Seu nome? Não sei, nunca fiz questão de perguntar mas sabia que tinha um... E também nem precisava de nome. No primeiro dia nos encontramos e conversamos assuntos pessoais de cada um, muito mais de mim. Ela era meu espelho, sabia das minhas dores e das minhas angústias, sabia das minhas escolhas e consequências... Ela sabia da minha vida inteira! No segundo dia foi o beijo, o primeiro... Sentindo o gosto mais mágico do indescritível. Depois fomos virando mais confidentes e amigos do que se possa imaginar... Durante o terceiro e o quarto dia passeávamos pelo mundo inteiro juntos... Apartir do quarto eu vivia meus dias pensando nela. Na escola, nos estudos, em tudo... Eu me intrigava porque ela existia daquela maneira, naquela intensidade... Ficava andando nas ruas a procura de alguém parecido com ela... Fisicamente falando é claro... Meus olhos buscavam o infinito...E nada! No quarto dia lembro que ela me falou que nunca iria encontrar alguém como ela... Pois era perda de tempo. Eu fiquei triste mas como tudo em sonho de amor não é pesadelo eu me esqueci disso... No quinto dia era notória minha tristeza e intriga mas nos sonhos eu me entregava a felicidade... No sexto foi o dia mais intenso, lembro como se fosse hoje. E terminou depois sem um Adeus ou Obrigado. Acordei... Quando íamos fazer uma semana de sonhos ... Ela me abandonou a própria sorte. Me abandonou sem uma explicação... E se foi... Isso aconteceu de uma segunda até um sábado... Na terça-feira, em uma brincadeira telefonica qualquer boba, eu conheci a Natália... Loira, alta, olhos castanhos escuros. E com ela passei algum tempo especial também.

E isso é datado de 2001. Nem sei porque eu lembrei disso agora... Estava revirando lembranças... Revirando meu caderno de textos e achei uma folha com idéias... Na época quis fazer um belo texto e devo ter acabado esquecendo... E ontem lembrei de tudo com uma intensidade maravilhosa... As vezes lembranças são boas... E to sentindo estranho, triste, vazio, longe, pesado e ofuscado por coisas que ainda estão acontecendo... Só preciso conversar... Acho que só...

novembro 21, 2004

Quem foi que disse que eu iria superar...

E colorindo a escuridão com traços escuros de tonalidades diferentes eu vou-me indo. Gerundiando a cada novo segundo. O preto no escuro. O branco no claro. O eu em você. Talvez a lua tenha seu brilho realmente refletido em uma frequência única e similar. As lembranças transcritas no papel amassado na calça, o objeto de roubo, elas passeiam como a brisa noturna da maré alta. A arrumação de idéias é tão dolorosa quanto a inocência do choro de medo da criança na fila da vacinação. Talvez minhas idéias estejam realmente espaçadas, mas sempre foram... E caminhando com uma perna manca, um olhar crítico operado e com o coração pulsando uma alegria triste eu vou-me indo... Colorindo traços estranhos, redesenhando minha rota, resonhando todos os meus desejos. Lembrando do gosto acre do choro de despedida e da sua voz ecoando no telefone... E mesmo assim eu não consigo reescrever nossa história. Com toda a intensidade, com todo os sentimentos aflorados. Somos como óleo e vinho e o que faz eu continuar sonhando é a melodia agressiva de um piano, violino e violão dedilhando a pureza do pensamento. E procuro a força para dobrar o destino que eu não consigo me esquecer. As horas batem iguais e de certa forma eu já teria que ter ido.

novembro 11, 2004

E poeta desvairado queria ser...

E fui, completamente apaixonado pelo amor e pela sua intensidade. Apaixonado pelo perfume do mundo, do platonismo, dos sonhos que fazia. Sonhava todas as horas que meus olhos piscavam e a cada nova imagem o mundo se transformava com seu doce perfume e harmonia. Iludido e sonhador, platônico e chorador, romântico e cantor... Tudo eu quis e tudo eu fui! Anos e anos, de pura lira interna livre. Anos e anos de felicidade brotando de leves odores do meu corpo... Que hipnotizavam minha mente, me guiando por vales perigosos mas alegres! E fui... Com tudo isso... Preferia não ter conhecido, não ter escrito, não ter cantado, não ter sonhado, não ter ouvido, não ter visto, não ter tocado, não ter beijado, não ter abraçado, não ter acariciado, não ter ajudado, não ter tido... Como tive, como ajudei, como acariciei, como abracei, como beijei, como toquei, como vi, como ouvi, como sonhei, como cantei, como escrevi, como conheci... Com tudo isso ganhei de brinde a dor, o rancor, o ódio, a tristeza, a angústia, a culpa, o pesadelo, o sono, a depressão, a ilusão, a traição e o engano da vida... E assim caminhei por entre tudo. Quando só queria escutar doces canções, acabei escutando meu soluços de choro pesado. Quando desejei ter a felicidade, confortei o frio implacável em meus braços sedentos. Quando só queria um único momento, ganhei a solidão dura ao meu lado. Quando eu queria apenas algo para lembrar, ganhei a perda da minha vida, da minha alegria, do meu porque de existência. Quando eu só queria uma única pessoa, ganhei dezenas de textos pesados, tristes, escuros e, realmente, sem um pingo de vida. E é isso que fui... Um pobre poeta, desvairado e iludido... Tudo que eu nunca quis ser.

novembro 10, 2004

E caminhava com sono pelas pedras do caminho...

E eu busquei o tema, busquei o sentimento, a vontade. Busquei o amor. Busquei em tudo, e para tudo, escrever o texto mais completo. Completo de idéias. Complexo no entendimento. Cansei do simples e busquei o perdido. Meus olhos viajavam por folhas e a mente correu por todas as lembranças para recordar e reviver algo. Minutos ou horas... Perdeu-se a noção do tempo porque eu corria, eu buscava. Redistingui o certo do errado, incompleto do completo e o preto do branco. Vice-versamente eu recolocava, excluia e pintava pelas bordas. Desenhava caminhos, passeios, casas, pássaros e fotos. Arrumava, ligava, desligava, arrumava objetos... Tudo porque eu buscava. Ouvia, lia, sonhava e tocava, buscando o enredo principal, as personagens, o fecho e o desfecho. O certo e o errado. Jogava, atendia, contava e resolvia. Esperando o estalo da não-razão. O belisco da insanidade. O gosto acre do abstrato. Para contar que buscava e meus olhos lacrimejavam a cada ponto sem nó. A ansiedade tentava se estabelecer mas era algo impossível. E tudo que eu busquei: o enredo, as personagens, o sentimento e o desfecho, nada eu encontrei perdido ou achado no caminho que trilhei.

novembro 06, 2004

E o vento cresce como a formiga anda...

E se tudo fosse me levando para o erro talvez no final viria uma curva do acerto. E como eu nunca ganho nada em troca pelos serviços prestados muitos acham que isso é um defeito enorme. Mas o que eu poderia fazer se não fosse apaixonado por olhos? Caminharia em uma escuridão completa e turva, sem precendentes e ancestrais, e daria a risada alta e satisfeita no final do mesmo filme de comédia. Vozes ecoam em meu ouvido e são familiares, me levando tudo para o verão chuvoso e deserto quente. A noite faz a frio em lugares descampados por causa do vento, então é melhor esquecer o moleton se você for ficar em casa. A cafeína presente na coca, no próprio café e em outros diversos produtos me faz dormir bem tranquilo. Efeitos colaterais são extremos... Ou funcionam, ou não funcionam ou não. Aprendi também que Meca tá virada para o lado esquerdo da sala. O mesmo lado que há três anos eu sento para assistir aulas. Mas também Meca, Moleton, Deserto, Erros, Acertos, Risadas, Vozes... Não se conectavam nunca na minha mente até eu escrever isso aqui... E talvez, com tudo isso, veja que existe ligação em várias coisas distintas de significados e uma correlação universal sobre objetos, pessoas, sentimentos, ações e vontades. E isso tudo pode não surtir efeito nenhum.

novembro 03, 2004

Forgetting You... But not the Time...

"E essas árvores que pairam o caminho, cobrem a trilha que tento apagar com os pés para que esqueça que trilhei, chorei e implorei para você trilhá-la junto a mim" Melancholy Sickness

" Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade, e traz a morte, e parece como o outro, mas o tempo subsiste." Machado de Assis - Memórias Póstumas Brás Cubas

"Me traz mais uma dose que eu prometo te beijar. Deixei para trás o que ia dizer, deixei você. Sem você tão fácil fazer... E se eu pedisse para você ficar? E agora? Não sei quantas vezes mais vou ter que fingir... Não sei quanto tempo!" Noção de Nada - Bem Estar 2

"Tudo parece normal mas normal mesmo
é ver a vida do ângulo oposto do vértice comum
A vida parece transcrita
na parede pintada de Porque sem razão
Tudo parece deserto
mas na realidade é surreal
Trazendo a vida sonhos e lembranças infantis
Caminhando entre espaços ocupados
Do véu da culpa e destino intransitivo.
Outro caminho deixando a loucura
E talvez eu seja mesmo intragável para a pia mundial
Veja que o erro sou eu por tudo
E sim eu vou continuar dessa maneira até breve"
Melancholy Sickness - Different Song

E tudo de mais bonito em frases curtas e explicativas... Eu não to estranho! Só to esquecendo de coisas, coisas podem ser pessoas sim, que não fazem mais compatibilidade com minha vida... É só isso!
E sim! Obrigado por perguntarem... Meu feriado foi inusitado... Conheci uma mina que me simpatizou completamente e vejo uma nuvem de amizade perfeita se formando em cima da minha cabeça... Sim, vi pessoas importantes para minha vida... Sim, teve churrasco... Sim, fui no cinema... Sim, joguei sinuca... Sim, bebi muita cerveja... Sim e sim! É só isso!

Beijos e Abraços

outubro 25, 2004

Como ratos comemos o nosso fim...

São verdes distintos mas cooperam em um mesmo espaço real, como soldadinhos de chumbo marchando na noite de núpcias de solteiros. O copo traz o combustível necessário e depois que o efeito do alívio toma conta do lugar, são selados acordos de amizade, de amor e de respeito. Tanto quanto tudo muda-se a forma de ver a humanidade por entre as cobertas de sonos pesados e medrosos. E o rato, mesmo sabendo do seu fim, devora o queijo da ratoeira que lhe esmaga a cabeça e te tira a vida cruel. Caminhamos em meio de provas e acusações e choramos nossos sentimentos em meio de ombros confortáveis ou passagens já trilhadas por nossas pernas. Somos fascinados pelo unicórnio mágico e poderoso, mas nos satisfazemos com o pobre jegue em extinção. Os papéis amontoam-se e nossos olhos correm pelo ambiente vendo qual é a melhor fuga dessa jornada.Tem-se completo conhecimento do caminho, dois efeitos, do resultado, das razões e das dificuldades mas, por completo efeito irracional, devoramos o alimento ligado diretamente a arma que será acionada no fim e terminará como sempre fez. E esperto e coerente é o rato que vence a vontade e continua sua trilha.

outubro 23, 2004

Acordando no chão inspirado nas estrelas...

O caminho flui como a borracha no papel branco. A cachorra late pelo medo e o pássaro canta a felicidade que ele não conhece. Mesmo com frio liga-se o refrigerador por mania e termina vendo o quadro no fim do corredor. As estrelas são pintadas embaixo dos pés e isso que dá a idéia de infinito. Diferentes tons de madeira perfumam o quarto borrado de umidade desfrutável. O acorde dedilhado do violão trasnporta a mente para um lugar brando e sem emoções. A lira interna esbraveja pela liberdade enquanto lá fora a escuridão corre solta pelas ruas. Na mesa do lado, os livros obrigatórios e o pó implacável dividem um espaço que não existe. Enquanto isso as roupas tentam se auto-completarem na falta de uma almofada que vive na solidão fria e escura, bem embaixo da cama. E a cama já se cansou de ser psicóloga e hoje se calou para sempre! Prometendo para si mesma que nunca mais deixaria a televisão ser ligada, sem antes ter a confirmação dos deuses para tal fato. O som aplaudiu a idéia e tudo ficou disconforme.

outubro 20, 2004

Uma história pura de ficção real...

E tinha ela apaixonada por ele. Ele apaixonado pela outra. Ela chorou. Os tempos passaram, ele se apaixonou por ela e se esqueceu da outra. Ela, dizia não esquecer do ele, mas se apaixonou por outro. Ele escreveu e chorou. Ele e ela conversavam muito. Se amam, dizem. São o casal mais perfeito, outros falam. Mas ele e ela nunca se juntaram depois disso. Ela leu algo sobre a outra e fez questão de lembrar da época de choro. E ele, sentou calmo e lembrou de tudo que chorou também, das dores, angústias e tudo que ele passou. Quis ligar, discutir, colocar todas as cartas na mesa... Não o fez... E mais uma vez, ele escreveu e se calou.

outubro 19, 2004

E em um pouco temos um pouco de tudo...

Um céu. Um céu azul. Um céu azul de verão. Um céu azul de verão quente. Um céu azul de verão quente e nuvens. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes que vão passar. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes que vão passar como passam as chuvas de verão. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes que vão passar como passam as chuvas de verão no céu sem nuvens. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes que vão passar como passam as chuvas de verão no céu sem nuvens no céu de verão. Um céu azul de verão quente e nuvens de chuva de verão rápida torrenciais parecendo gritos de raiva desabafantes que vão passar como passam as chuvas de verão no céu sem nuvens no céu de verão azul.

outubro 14, 2004

Uma Brahma de Agudos, Por favor...

E foi assim. Sentei sozinho na cadeira e fiquei relaxando sobre todos os novos acontecimentos que estavam me passando pela mente. Vendo os motivos, as prováveis consequências e as principais divergencias. Isso foi ao longo de uns, longos sim, três minutos. Enquanto depreciei meu primeiro copo. Logo depois disso meus olhos começaram a viajar pelo local... Quatro carros parados, 2 casais e eu... Mas calma! Um casal de namorados, eu e mais um cara e uma mulher... Fato curioso... Quando cheguei vi ele, aparentando uns trinta e oito bem vividos, chamando ela, aparentando uns quarenta e seis acabados, para sentar e se conhecer melhor. Ele trabalhava em construção e ela não sei dizer. E foi assim, logo me saiu da atenção eles pois pensamentos sobre minha nova conduta me tomavam a cabeça. Lembranças? Essas eu tratei logo de esquecê-las com exercícios aprendidos em livros. Liguei para brindar em meio de meu segundo copo. Ligação rápida, poucos segundos. Continuei ditando o nível saúdavel. Para um carro, desce uma menina. Morena, 1,90m aparentava, peitos grandes mas um pouco gorda sim. Passa e olha para o casal de conhecidos e depois para mim. Entra no local, compra uma coca-light e sai. Esbarra em mim, pede desculpa com a voz delicadamente falsa e eu simplesmente aceito com um sorriso mais montado que pude conseguir. Entra um cachorro em busca, talvez, de algo para comer mas fica pouco tempo e depois chegam duas meninas, uma gorda cheia e outra ajeitada. Ela fica me olhando repetidamente, talvez pelo fato de eu estar sozinho em plena quinta-feira e bebendo cerveja, complementando minha profunda solidão... Ou talvez não. Compram alguma coisa que eu não consegui acompanhar e saem. Volto, depois de algum tempo, a ouvir a conversa do casal de novos conhecidos ao lado. Ele fala sobre sua saída do último emprego e de seu, eterno, desgosto por cigarro. Ela fuma. Ri sozinho bem leve, pela incoerencia assistida e tentei prestar mais atenção, mas era tarde pois concordavam em pontos já comuns que eu não sabia do que se tratava. Depois ela, que acendeu um novo cigarro, conta das suas aventuras em viagens feitas em algum passado ou distante, ou recente. Conversas sobre misturas alcoolicas e como elas se transformam. A cerveja chega em seu último copo. Quando bebo me forçando para lembrar todas as cenas montadas em minha frente como um filme. A garçonete, conhecida e simpática, me convida a tomar mais uma. Mas eu recuso, o cúmulo da solidão já tinha terminado seu objetivo e eu iria embora. Mas não sem antes ela sentar comigo e me contar de suas aventuras perigosas, em suas viagens para o litoral. Rimos um pouco. E ela sempre séria, contava detalhes... Ela de Maranhão. Terminou a conversa dizendo que eram três dias de ônibus, convencional, para o Maranhão. Mas se fosse o clandestino seriam cinco. Eu ri e voltei ao meu carro.

outubro 13, 2004

Um longo diálogo comigo mesmo...

- Pasmém Mente! Pare um minuto! Não aguento mais lembranças!!!!
- Lembranças são boas menino! Te fazem corrigir os erros e lembrar dos acertos.
- Sim... Sim! Isso eu faço. Mas as músicas me levam para um mundo que não consigo assimilar meus sentimentos, vontades ou desejos. Me tiram o completo amor único e me divide em vários tons de sentimentos diferntes em cada música que toca e...
- Mas é para isso que você guiou sua vida não foi? Você sempre sentiu-se mais completo escrevendo sobre suas dores e escrevia a lira que ecoava dentro de você, estou errada?
- Não... Mas...
- Então é por isso que você cada vez que escrevia, você pensava em uma música e escrevia sempre para alguém. Eu simplesmente fiz o favor de guardar o texto, a música e a pessoa. Então cada vez que você ler o texto, ouvir a música ou pensar em uma pessoa eu te mostrarei tudo que aquela pessoa significa para você.
- Mas isso é doloroso! Por favor... Queime isso!
- Não é tão fácil quanto parece Matheus... Preciso de tempo para assimilar que você não precisa mais dessas coisas e você já parou para pensar que isso pode te transformar totalmente? Pode transformar você em uma pessoa fria, sem lembranças, sem sentimentos e, pior do que tudo que você sempre sonhou, ficar sem amor no coração?
- Sim! Mas é uma coisa que está me machucando... Isso há tempos acontece. Você sabe. Eu não durmo por causa disso, eu não consigo viver os momentos da minha vida por causa disso... Entre muitas outras coisas! E mudar... Todos mudaram ao meu redor... Eu que nunca fiz uma mudança drástica de verdade!
- Sim. Mas você mudou Matheus. Mudou muito por sinal! Só ler seus textos antigos e os de agora. Você amadureceu menino. De uma maneira diferente mas mudou. Seu olhar para o mundo mudou muito. Você está maduro, mas a coisa que você mais quer enxergar que é a sua vida sem dores sentimentais é uma coisa difícil de se mudar... Você levou tempo até chegar a este estágio que está. Vai levar mais tempo ainda para você esfriar tudo que sente por alguém.
- Eu vou tentar! Prometo! Mas até lá o que farei?
- Cante livre e alto esta dor! Escreva retratando cada parte que está. Seja viajante e abstrato que tocarás no coração de sua amada. Se for necessário, esqueça sua existência. Queime cartas, Rasge presentes, Mande embora objetos que faça você lembrar dela. Quando tocar sua música... Chore por tê-la perdido, e você sabe que, na realidade, você já a perdeu. Mas chore pela sua morte eterna!
- E você, nesta minha nova caminhada, apagará as lembranças todas?
- Prometo! Mas para isso você tem de dar o primeiro passo. Nada é tão fácil de mudar sem o seu total envolvimento! Não posso apagar lembranças que você faz necessárias para seu coração pulsar. Entende?
- Sim! E pode ter certeza que vou lutar com minhas maiores forças...
- E eu tenho certeza que você...

E interrompido fui... Pela mesma música... Pelas mesmas lembranças... Me deixando perdido no caminho todo... Mas ela me disse! E ela está certa... Acabou tudo entre tudo... Nada faz voltar ao tempo passado... E isso tudo já me machucou muito...

outubro 06, 2004

Sem Sentido é o Complexo...

A estrada e o vale abrem como um leque que dá ampla visão.
Tudo corrói com o tempo implacável.
E lembranças dançam como sombras ao vento.
Tudo é degustado na solidão clara e contente.
Como uma poesia escrita por mãos trêmulas.
Modulado tudo é pela sua paixão extraordinária.
E acabando de começar de um fim finito.
Diversão postada nas paredes de enlace.
Ritmado, agitado e rápido embala o fundo.
E nada é rejeitado pelos sentidos em transe.
A missão concreta disso é perdida no monte.
Queimando eternamente todas as ruindades terrenas.
E nada termina se não for tarde demais.
E pode-se contar os tempos que cantei a lira.
Noturna, inexorável e redundante vida.
Desenhada pela mente e colorida pelo coração.
Sempre foi o passado ditado que fez chorar.
E o adesivo vai me recordar os momentos.
Que vivi, sem alma boa, por diversos caminhos.
E me acorde quando tudo terminar.
E já tiver encontrado o sentido final dos dias ensolarados.
E toda essa próxima estação trouxer de novo.

outubro 01, 2004

O atrito gera substâncias indolores finais...

Os dados são lançados pela garra afiada e batem um número primo, ao mesmo tempo que o velho rapaz viajante perde seu último suspiro de aposta na mesa. O aparelho televisiona alguma abobrinha política barulhenta e a mochila é aberta em busca da esperança final. As figuras no álbum adesivo se mechem ao sabor do movimento, criando em si uma novela única e inédita aos olhares pesquisadores. Ouvidos escutam algum murmúrio baixo e etoneante, propício de comemoração particular. A vodka tem seu gosto mais suave por causa do gelo que derrete no duro verão fora de época. Passos, corridas, cenários montados, liras cantadas, uma estrofe. Sem saber do final, o poster coroa o momento e é esticado de forma a sempre ser lembrado. O lençol branco, confidente do travesseriom ouve as lamentações expelidas pela boca triste. Dando o toque final a essa obra prima erudita. E isso tudo só termina quando a lótus abrir inteira, mostrando seu interior puro e discreto. Todo o poder nela concentrado vai premiar o último cavaleiro que cantar, em verso livre e branco, a redondilha menor mais perfeita já realizada. E os trovadores, depois disso, desataram em coro o choro da derrota.

setembro 29, 2004

E ouvi calado o coração...

Chorar! Chorou seus últimos suspiros, seu último fito, sua última gota branca de esperança, seu último pulo em busca da solução...E ouvi! Ouvi como paciente, ouvi como observador, ouvi como ferramenta. Soluçou para continuar, contava suas tentativas, gritava suas escolhas, chorava suas respostas... Meu olhar alterava em cada momento inusitado de angústia. Mudava como o vento, mas mantinha-se sereno e calmo. E ele continuava... Secando-se ainda mais, retesiando para a saída, implorando para a solução vir e mostrar a felicidade que existe depois do sinal de igual. E assim foi, durante tempos, ele contando e eu escutando... Concordava, fechava meus olhos e tentava ajudar em solução... Mas não importava! Era sua ira, seus problemas... Que estavam dentro de mim e eu, abalado como um todo, não podia me mover sem pensar que aquilo me aflingia, me tirava o sono, era a causa das minhas dores, dos meus medos... Aquilo era real e eu não conseguia ver outra explicação... Eu fiquei sem ação... E por isso, durante todo esse tempo, eu não expeli das minhas cordas vocais um "a" e muito menos um suspiro de alívio, pois aliviado fiquei quando ele se calou e me deixou livre das avalanches verdadeiras de todo o sentimento interno...

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E mudando de assunto novamente...

Pasmem Senhores! Neste blog tente não levar tudo em consideração... Não busque significados palavras por palavras... O significado é único e está presente em todo o conteúdo e não só em uma frase solta, e muito menos, numa palavra única! Poxa... Por favor! Eu tenho certeza que vocês são inteligentes o suficiente para entender o que escrevo aqui... Não é caso isolado e muito menos em alguma língua que vocês não tem conhecimento... Deixe a mente viajar quando quiser entender o blog... Se não quiser entender nem se atreva! Isso aqui está milhas distantes da sanidade... Anos-luz do concreto... Isso aqui, como já disse milhares de vezes, é meu sentimento mais puro, interno e viajante... Logo puro não quer dizer que não tenha mistura, interno não quer dizer que esteja do lado do meu rim só porque o meu rim está na parte interna do meu corpo e viajante não significa que eu esteja VIAJANDO MUITO DE ONIBUS OU PARA LUGARES DISTANTES!!! POR FAVOR né?!?!?
Sem mais...
Beijos e Abraços

setembro 21, 2004

Saber que tudo é ditado pelo fim...

É horrível uma fantasia que se torne tão importante na vida e impossível de ser esquecida. Por que digo isso? Simplesmente pelos dias que passam, pelas horas que temos de ver algo que não gostamos e pelos inúmeros pedidos de liberdade! Ter nossos olhos com sentimentos de amor, com pingos de falsidade e ao mesmo tempo brancos de ternura e paz. Como balancear tal expressão e não se tornar vazio e fechado? Cadenciadamente caminhamos para a escuridão sem volta, a escuridão final de nossos rumos! Sonhamos sempre com o branco livre e belo, mas no final teremos as trevas como destino, com seu gosto acre e implacável. E só nos é proibido sonhar com felicidades terrenas e materias... Como eu estou sonhando... A multa para isso é a dor infinita, o sentimento de culpa, as lágrimas ácidas que caem e ferem meu corpo ainda mais... Fitar a escuridão e tentar achar uma saída de um local sem buracos. Sentir o corpo dilatar da tal maneira que nunca voltará a ser como antes... E por isso os olhos passam por você e não reconhecem tal forma. Sempre sonhei, sempre morri por isso... E ainda mais eu que arquitetei planos eternos de amor, de paz e alegrias... Receber o vazio como premio final é ter espinhos cravados no coração que pulsou com gotas da esperança mais pura e inocente... Eu tenho saudades! Dos braços, da noite juntos, das brincadeiras, do sorriso... Tenho saudades do ser completo! E isso talvez que me machuque ainda mais! Dormir e lembrar é o pior dos pesadelos que poderia estar tendo...

setembro 17, 2004

E os olhos digitam o que os dedos enxergam...

Sombras e trevas mesclando, com perfeição, um verão intenso. Bom, ruim, certo e errado em perfeita conjuntura com Júpiter transformando tudo em estrelas e luas. A sanidade brinca com ilusões criadas no quarto sem cama, logo a frente da cozinha. Cintilam as árvores, aqui dentro, buscando o último restingue da flora bruta do meu coração. Talvez aquele ser ao lado da porta seja o bobo da corte, e ele chora lágrimas de verdade que fazem outros rirem e pensarem nos erros de suas vidas. O tamanduá-bandeira entra em busca das formigas que trabalham para reconstruir sua casa que o nenezinho de três meses pisou e começou a calcular o número de seres ali da casa. Terrorismo!! Todos gritam enquanto personagens de desenhos jogam ludo-ludo no saguão deste hotel. A velha recita algum verso para dois ou cinco meninos que parecem dormir com ursos belgas nas mãos. E se for parar e notar nessa cena tudo tem significado, concordância verbal e nominal, regência e muito sangue-frio. Celulares, rádios e porta-retratos completam com perfeição o cenário antes imaginado repleto de gente e vazio de idéias. O despertador canta suas horas e as folhas se agitam, o colírio cura a ardez dos olhos e os clipes fecham o envelope.

setembro 14, 2004

E nada mais me importava...

A noite vinha e trazia consigo trevas e sombras. O balançar da minha cadeira remetia-me a pontos excassos de lembranças e lá fora o vento mudava a paisagem com ardor rude. Nada, nem na mente e muito menos no coração me tiraria aquela vontade de vê-la. Fora mágico! Lembro do brilho do seu olhar quando me avistou naquele início de manhã. Corria, ao mesmo tempo que sorria, ao mesmo tempo que sonhava e ao mesmo tempo que sentia-se completamente realizada. Encontro, em meus braços, o calor que buscava e o beijo... Ahh o beijo! Selado tão rapidamente com seus dedos acariciando minha face... Que sentido! Nossas peles atritando a um doce movimento que terminou com olhares e sorrisos afeituosos! Perfeição...

setembro 12, 2004

Qualquer semelhança sempre é real...

Eu amo ela. Ela ama Ele. Ele talvez ame Ela mas tem seus sentimentos pela Outra. A Outra sabe disso, gosta do Ele e sabe o quão machucado Ele fica mas, por alguma razão ama o Outro. O Outro ama Aquela que costuma sair sem compromisso com Aquele, para afogar a frustração do seu amor por esse Aquele. Aquele é um ser estranho! Ama muito a Outra mas também sonha muito com Ela. Enquanto todos choram pelos seu sentimentos que não se encaixam em nenhum lugar, perdemos todos o nosso tempo conhecendo novas pessoas mas nunca esquecendo o nosso verdadeiro amor... Mesmo que esse nunca se realize. Perfeito mesmo só João e Maria que se conheceram no parque, em uma tarde qualquer, apaixonaram-se e morreram triste por ter encontrado a perfeição na vida deles... Talvez Eu mesmo nem ame mais Ela. como Ela não ame mais Ele. Só depois de muito tempo Ele passe a amar Ela e a Outra ame Ele e esqueça de vez o Outro que vai ser procurado por Aquela loucamente e que brigou e matou, internamente é claro, o Aquele do seu coração. E o Aquele, que era o ser mais estranho da história toda, tenha morrido em um acidente de carro numa viagem que fez para encontrar Ela em um final-de-semana desses que seriam perfeitos mas nunca se realizou... E no final da história, que é até difícil contar, os casais se misturaram em um mix perfeito e ninguém nunca terminou com a pessoa que sonhou, chorou e idealizou a vida inteira.
O que falar com palavras...

Que nos trazem lembranças boas, mas ao mesmo tempo remetem ao passado distante e intransitável? Estranha sensação de poder e não poder... Sonhos idealizados, Vida castigada por tomar caminhos estranhos e sinuosos... Sempre a mesma ladainha infantil! Por quê? Se o vinho, o alcóol, a dormência causada por ele que nos transforma em criaturas leves e opacas e nos leva a um lugar estranho e sem escolhas. Sem saber mais significado de nada, de preto ou branco, de claro ou escuro... Certo e errado! Errado é pensar sem consistência no presente, causando isso tudo uma avalanche dolorosa de incerteza! O efeito agora sentido é de enjoo sobre tudo, mas uma leve leveza redundante mesmo que me faz sorrir levemente... Espasmódico, no seu segundo significado, eu diria até que é essa sensação! E os dedos não conseguem seguir uma linha de raciocínio lógica. Desculpem! Minha mente dói e meu enjoo aumenta. O canto do meu coração é algo, as vezes, inatingível para um todo! Nesse único momento gostaria de ser uma criatura espraiada.

setembro 09, 2004

E o feriado se foi...

A estrada é longa, o trânsito é intenso e fluente e as idéias que passam pelas linhas imáginarias do meu cérebro misturam o real do imaginário em meio de nuvens, ar e velocímetro. Tente entender o coração pulsando mais alegre possível, ao mesmo tempo que o peito grita a falta que sente e os olhos molham de lembranças. A noite parece clara e o descanso é escasso nos dias. O peso de um fardo criado traz de volta questionamentos binários. Talvez tudo não tenha saída conhecida. Talvez o necessário é abundante de vácuo e o infaltável nunca esteve presente mesmo... Talvez tudo tenha sido realmente fácil de entender mas que era difícil de aceitar e talvez, só e somente talvez, isso aqui seja mais um grito silencioso que nada mudará e que ninguém acreditará nas lágrimas que molham minha face e que ninguém ache que eu estou realmente sentido falta de um abraço quente e tenro... mas isso é só um talvez... Porque nunca mesmo acreditaram nos meus olhos reais que sempre se alimentaram de sonhos.

setembro 01, 2004

Um canto de desespero...

Ó Lua Impontente e Branca, Por Que foges de mim? Por que não controlas mais minhas mãos sedentas de amor? Por que não fazer de mim instrumento para transcrever sua beleza? Lembro de noite onte tu me guiavas, Por sabores de alcóol e magias transcedentais. Onde meus olhos gotejavam lágrimas de amor, lágrimas essas que caíam por sentir seu peso dentro de mim, fazendo meu peito cantar em verso limpo todas as noites que aparecia você em meu tão obscuro céu. Por que abandonaste ao gosto acre da vista desnorteada? Ao gosto gélido do peito vazio e perdido... Enquanto meus olhos buscam aproximar-te no céu límpido de calor. Por que Deusa Lua? Não amas mais esse pobre iludido e carente de apegos? Esse pobre perdido que não sabes o caminho em tem toque divino? Ó Lua! Escuta esse teu servo gritar com sangue quente... Para tua volta! Para tua beleza! Para a minha vida! Complete-me ! Dá gosto a essa esquadra órfã. Dê corda ao menino trovador romântico. Carvão para a locomotiva de meu peito, que anseia pulsar livremente e contente. Venha Lua Dourada! Devolva a vida que só tu tens o controle! E que abandonaste a própria sorte, o garoto inocente de olhos brilhantes que só vive em razão de cantar e de amar!
Melancholy Sickness

agosto 25, 2004

Em lembrar que há um ano atrás...

Faz um ano que eu perdi um das pessoas que eu mais amo na minha vida... Há um ano morria minha linda vó. Falar tudo que ela representa na minha vida é algo impossível, pois a cada novo dia eu descubro algo novo... Era uma segunda-feira ensolarada... Eu fazia aula de manhã e portanto era dispensado do trabalho na parte da manhã para estudar... A aula transcorreu normal, como foi o semestre todo, depois cheguei em casa e como de costume comecei a me arrumar para ir trabalhar depois do almoço... E foi aí que recebi a notícia... Nunca, eu acho, que vou esquecer a cara do meu pai me falando "É Matheus! Vamos ter que ir pra Santos"... Eu não acreditava naquilo... "Como Porra!!?!?!", eu pensava comigo, No domingo a tarde eu a beijei no hospital e falei "Vó! Sabadão eu volto e ve se vc não me esquece das almondegas hein meu!! pooo minha mãe não sabe fazer.. Uma vergonha!!!!" E ela sorriu e se desculpou em me deixar sem as almondegas pelo estado de saúde dela.. Dei um leve sorriso e falei "Relaxa vó.. vc ainda vai fazer mtas pra mim..." Eu simplesmente não conseguia assimilar... Eu sabia que tinha terminado seu sofrimento mas ao mesmo tempo não acreditava em "nunca mais" ver minha vó... Fomos pra Santos, eu e meu pai acolhendo minha irmã que chorava... Chegando lá.. O Normal... Família.. Rostos tristes e palavras de consolo... Só fui me derramar em lágrimas quando minha mãe veio e conversou com nós 3 (Eu, meu pai e minha irmã) como tinha sido os últimos minutos... A última prece que minha mãe fez, os agradecimentos... É algo que não consigo escrever para contar... Imporante é salientar... que ela está cuidando de mim ainda... Vendo meus passos, me aconselhando, sendo a voizinha que ecoa na minha cabeça e todas as outras coisas que ela puder fazer para mim... Tenho absoluta certeza disso!!! Ainda vou encontrá-la... Linda como sempre... E peço, sempre, para que ela esteja presente para me apresentar o outro mundo... Que seja minha "guia" na próxima fase dessa nossa vida...
E de normal... não poderia de deixar de agradecer todas as pessoas que naquela segunda-feira, 25/08, me ligaram, estiveram comigo, me deram força ou até mesmo fazendo uma excursão, literalmente, para o enterro e dar risadas comigo lá... Inesquecível mesmo! Obrigado do fundo do meu coração... E podem ter certeza que estão sendo agradecidos pela minha vó também!!!! Beijo Vó! Onde quer que a Senhora esteja... Sei que está em paz, forte e linda como sempre foi!!!!! TE AMO SEMPRE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


agosto 23, 2004

E sem fim escrevo o ponto final...

Por que pensamos em trevas se nos é mostrado um novo nascer do dia, com sol e energias renovadas? Por que, realmente, remoemos tanto uma coisa passada quando devemos tentar melhorar nosso futuro que é tão incerto? Por que queremos e sonhamos com a perfeição se uma vida perfeita seria o fim, rídiculo, de toda magia existente? Algumas das dúvidas que o sono me traz, que o cansaço me traz... Mas minha alma está limpa... Meus desejos renovados e mesmo ter me desententido pode ter me mostrado que certas coisas tem de ser mudadas e vividas de maneiras diferentes... Eu ainda acho que o fim está perto, mas esse perto pode estar tão longe que eu não consigo ver onde ele está... Tá redundante mas os meus olhos cismam em fechar e tentar melhorar uma situação imposta... Nem sei se isso realmente é necessário... Mas olhos claros sempre me cativaram... E talvez, somente talvez, esteja em um caminho completamente errado... E aquela doce voz, que me animava nas minhas tardes e que escrevi poucas vezes, mas foram intensas, sejam lembradas hoje... Só me resta sonhar... E como diria o Skid Row "Through the sleepless nights, through every endless day / I'd wanna hear you say - I remember you"

agosto 16, 2004

E eu muito sempre nunca tive...

Eu sempre estive ali, remoendo-se entre passado e presente
Sentindo o acre gosto de perguntas intermináveis e doloridas
Dores essas causadas por lembranças falsas de talvez
Lembranças mortas questionadas pelo seus atos
O frio, o escuro, o sozinho, o vazio... Palavras mais pesadas
Personificavam-se em minha forma durante muitos dias
Tentava me agarrar em qualquer vão oco nesta queda sem fim
E quando tentava me apoiar para me estabelecer e subir
Sentia a avalanche de perguntas e de sentimentos
Puxando-me novamente para a queda livre suicída.
Os dias perderam a noção de existência e o tempo foi abandonado de início
Por vezes sentia a esperança pingar suas gotas em meu coração
Dando-me motivos para sorrir enquanto voava para o fim
E agora, sinceramente, não sei se estou parado, tentando me estabelecer
Ou se tenho esse vento em minha face por causa da queda
Mas desisto de tentar entender essa minha pessoa
É impossível definir a criatura que dorme nas sombras e se alimenta da tristeza
Melancholy Sickness

agosto 07, 2004

Meras palavras irrelevantes...

E o sangue acabou mostrando tudo em abundância. Seus fatos transcritos em formas de dores jamais sentidas. Olhos abertos com falsa atenção, falsa compreensão, falso coração que bate sem razão no caminho de sentimentos eternos sem sentidos. Redundância, amiga nova, traz sempre uma nova forma de pensar, de ver o que foi feito, de entender um pouco mais a nebulosa vida marcada. Seus olhos transpoem algo surreal e impalpável aparecendo sempre em noites escuras e misteriosas. Duas cores... Duas vidas... Dores infinitas, em um leito frio e deserto. Tendo medo dos seus sonhos que me pertencem temporariamente. Tenho medo de ver que essa realidade sonhada nunca será a nossa vida. Seus olhos... Seus desejos... Minhas dores... Minha tristeza... Minha morte...

julho 27, 2004

E por isso os ouvidos não escutam a mente...

E por que todos os caminhos são confusos e sombrios? O ar gélido congela a face fechada de alegria e agoniza na falta de lembranças uma melhora. Um suspiro depressivo ganha o lugar e o peso do ambiente cai sobre os ombros latejantes da forte pancada real. Substâncias movem-se ao sabor de um vento que vive de ilusão, que vive em um recinto abandonado de janelas e qualquer saída. De tão seco que o chão se apresenta, chovem lágrimas de chuva de um céu ensolarado de verão quente. Verde, sim, é a água que brota de um velho vaso raso. Os olhos? Atortoados com tamanho poder alucinógeno nunca se acostumam com essa fuga da realidade sombria. As mãos ditam o caminho mágico a ser trilhado e a mente, sempre vilã da história, tenta fazer os ouvidos escutarem que quando o efeito passar sobrará novamente o velho quarto escuro, frio, triste e sem saída...
Melancholy Sickness

julho 13, 2004

Só uma linda manhã...

E era ali uma linda manhã de inverno. Fria e clara mas nebulosa em alguns pontos. Uma doce brisa comprimentava a face ainda amassada do sono. As mãos escondiam-se como podiam nos bolsos do casaco volumoso. Os passos rápido procuravam um ponto mais quente em meio a um vendaval forte e congelante. Qualquer descrição pararia em objetos e cenas e não descobririam o que realmente aquilo simbolizava. A noite foi longa e cada minuto do sono perdido foi culpa de drogas alucinógenas e calmantes sendo engolidas pelo doce gosto do álcool eternamente forte. A tristeza sempre presente em altas doses também foi a culpada pela insônia que aflingia a mente desordenada pelas dúvidas. Aflito era todo um conjunto vendo que as soluções, sonhadas de uma vida comum, eram cada vez mais afastadas com todas as forças. O amor fazia doer um pedaço do peito que parecia não possuir preenchimento, um eterno vacúo ocupado pela falta do sentimento. Agonizava pensar que todo seu amor era platônico na sua vida e que seus sonhos também caminhavam em uma direção completamente oposta a que brigava para seguir. Tudo isso completando um cansaço, sono, tristeza, ilusões e muitos outros detalhes que estavam além daquele cena despercebida de toda sua razão. As imagens mais comuns de nossas vidas podem esconder verdades obscuras e assutadoras que pertencem a realidade tão misteriosa quanto fatal. E eu ainda não descobri como tirar essa visão da minha vida...

julho 05, 2004

Frases soltas no vento fraco...

Poderia ser só mais uma brisa de um entardecer quente do inverno. Poderia ser só mais um devaneio inusitado da mente atrapalhada. Poderia ser só mais uma lágrima quente de sangue que escorre pelo peito apaixonado. Poderia ser uma carta escrita por mãos trêmulas da tristeza que habita um corpo solitário. Poderia ser o último caminho daquela que anda em círculos escaldantes ao faro de respostas. Poderia ser o último suspiro de vida daquela que luta há meses por uma melhora. Poderia ter sido tudo... Mais era só mais um desabafo do vento, da mente, do coração, das mãos, da esperança e da vida... Singularmente melancólicas no pranto deste mundo. Gritos silenciosos de ajuda que passam despercebidos em cada órgão mecanicamente ativado do nosso corpo, deste nosso mundo... Pode ter sido o fim.
Melancholy Sickness

junho 28, 2004

E o olhar congelava o momento...

Passatempo rima com a palavra sentimento de uma maneira ímpar e surreal. Como tudo na vida, obscura e fria, é parte de um caminho sinuoso e imperfeito, negro e desconhecido, desnivelado e sozinho. Dúvidas andam com as decisões tomadas e perguntas jorram dos olhos lagrimejados em um horizonte finito de um entardecer qualquer. Sangue de feridas pisadas pela dor de um coração que bate em razão de amar as soluções nunca experimentadas por lábios virgens e secos. Molhada é a nunca que voltada para cima nunca deixa os olhos verem o caminho a frente. Sentimentos brandos e doces são meras lembranças desenhadas por alguém na parede pré-histórica de novidade e a realidade se transforma na depressão transfigurada. O frio é intenso e os desejos de ver o fim é algo ineplicavelmente perdido, nas curvas chuvosas deste caminho que nada de ímpeto habita-o. Noite, dia, tarde são percebidas pelo olfato que busca entender muitas coisas além de sua função. E buscando ainda, respostas concretas, temos todo o conjunto de órgãos guiados pela tristeza da vida e as desilusões amorosas de uma depressão que tomou conta de um ser que, simplesmente, existe no tempo.
Melancholy Sickness

junho 21, 2004

E meu céu com duas luas...

Estranho é pensar nos diversos caminhos que percorremos e nas diversas escolhas feitas durante nossas vidas. Eu acordei durante a madrugada fria e limpa. Os olhos demoraram para acostumar com a claridade que vinha da janela. O corpo machucado e cansado estava mais pesado do que o normal. Ao me debruçar pela janela e olhar o céu... Vi toda sua profundidade, vi todos seus segredos. O ar melancólico, que respiro todo minuto, fazia eu entender coisas máximas da minha mente. Estrelas não são pontos mortos no espaço, como sempre imaginei.. São muito mais que isso, significam vida e eternidade... A eternidade da falta que sempre vai estar na vida das pessoas... Mesmo a solidão sendo minha eterna companhia... Mesmo sem alegrias no meu coração... Sempre estarei presente... E isso que simbolizam todas as estrelas... A morte presente, sempre vigiando sonhos e desejos ocultos... E daí que vi duas luas... Duas massas... Duas vidas... Vi o quão errado posso ter sido... E vi também o quão certo preciso ser... Duas luas... Duas incognitas.. Dois desejos... A vida é um par que nem sempre precisa ser compartilhada... E, no meu caso, vou viver sempre só no canto escuro e misterioso... Tendo dois caminhos, dois desejos e dessa duplicidade íntegra vai restar somente um ser, uma vida, uma solução, um caminho... O plural que torna tudo singular... A paridade transfigurada em um único porque, em um único fim...
Melancholy Sickness

junho 13, 2004

Parece mágica o relógio marcando...

Foi um verão estranho mas, sempre, um verão. As lamentações transcritas do fracasso de sonhos que não se realizariam, de todo um verão pela frente, de sentimentos diversos... Isso tomava conta da minha mente. O telefone era o instrumento perfeito, sempre tocava e planos para desfrutarmos alegrias eram selados por ele. E o relógio ali, sempre presente, fazendo a sua função de aviso de tepo... Sempre andava rápido demais mas nada importavapor o tempo estava sempre ao meu lado.
Mas algum dia que não me lembro... Não sei se fazia sol ou chuva, se estava alegre ou triste ou se por ventura do destino qualquer... Ele parou! As horas, e o tempo também, tinham de ser visto em outro lugar, de outro relógio pois aquele tinha terminado a sua função. De início não me importei mas sempre que entr no quarto eu o olho, por pura mania, e ele marca com muita dificuldade e tristeza a mesma hora... Como se uma força tivesse feito ele de castigo em um mesmo momento... Como se algo tivesse feito ele parar no mesmo instante de vida e dali nunca mais ter saído...
Demorei sete meses para isso, para perceber a mágica trascrita da morte... Demorei sete meses para ver o quão especial foi esse momento e esse lugar para mim... Demorei sete meses para me ligar que o relógio marca sempre: 4:44.44s...

maio 25, 2004

Um sonho transcrito...

E ele estava na varanda do hotel, fumava um cigarro de forma pesada e pensativa, os olhos apontavam para baixo mas era perceptível que estavam milhas distantes dali. O ar era de extrema tristeza e carregado com um tom de saudade. Saudade do que? Se todos estavamos ali ao seu redor e passando um, único, final de semana perfeito?
Éramos em seis. Três casais... Mas nao perfeitamente casais... 3 homens e 3 mulheres. Nos conhecemos pelo acaso, em meio de provas e nervosismos de possível aprovações... Como jovens e sonhadores, sonhavamos passar anos juntos e vivendo momentos perfeitos e inesquecíveis. Eu e junto com duas meninas, éramos os mais distantes dali, mas isso não importava nada para nós. Lembro da primeira vez que o vi, pensei que era uma pessoa completamente desprovida de emoções. Sempre fumava, falava ao celular com amigos da cidade natal, ouvia discman o dia inteiro... Grande companheiro de cerveja. Dividimos seis ao todo de dois dias... E que cervejas! Éramos completos desconhecidos mas parecíamos amigos antigos... Brincadeiras, risadas, piadas... Tudo que uma amizade duradora tinha. Nós seis éramos assim, completos desconhecidos mas eternos íntimos intermináveis. Era algo surreal...
Logo que cheguei para saber o que o aflingia, veio comigo todos as outras quatro pessoas e na varanda do hotel passamos a sentir a mesma tristeza que ele sentia, sentir a mesma dor que o aflingia. O silêncio era algo mortal. Ela me abraçou e eu retribui com um leve beijo... Ela que passou um dos momentos mais mágicos da minha vida... As duas outras, que são irmãs, se abraçaram e o terceiro homem sentou ao lado delas com a cabeça encostada no ombro de uma. Foram algumas dezenas de minutos no completo silêncio. Os olhos captavam o bonito amanhacer daquela cidade que poderia ter sido nossa.
Minutos após o silêncio é cortado, por ele que deixou o cigarro cair ao chão para chorar em completo desespero. Assiti a cena, pois senti a dor bater dentro de mim, mas como um gesto de completa amizade e solidariedade levantei-o e abraçei-o, depois ouvi com a voz mais tremula que se pode imaginar: "Por que tem de ser assim? Por que isso não dura para sempre?" e depois dali tudo perdeu-se do completo sentido e a dor da volta era evidente em todos nós... Promessas....

maio 23, 2004

E sem pensar nas consequencias enganadas dessa vida...
... Cometemos nossos piores crimes... VIVER...


Inimaginável a sensação de entorpecentes no sangue... Trazem encanto, relaxamentos, sonhos... Trazem visões, compreensão, ilusões. O lápis escrevendo no papel é mais uma fantasia que toma conta da mente fraca e repleto. Ilusões ganha vida, os olhos não acreditam em quase nada concreto e o abstrato personifica-se como tristeza. Realidade e fantasias caminham, por entre a grama verde, de mãos dadas... E verde torna-se o mundo deste aspecto. O sangue corrente aumenta a sua velocidade, a mente viaja em pequenos detalhes. Os olhos giram de uma tal maneira que tudo é lento. O amor se torna ódio e o ódio corre para longe desta confusão. Apalpo o infinito com todos meus dedos e chuto para longe a sanidade... Dúvidas tornam-se remédios e figuras dançam conforme o vento sonoro. O céu desmorona em forma de tempestade de verão e de um vulcão saem estrelas e a lua, corretamente cortada no meio e brilhante. Brilham também meus olhos que escrevem essas sensações de um plano bizarramente real. O medo é engraçado e conta piadas para me fazer rir... Tudo é distante mesmo não sabendo qual o significado da palavra sentimento.