dezembro 28, 2005

A poesia adolescente mais banal do final de ano...

E o silêncio me afoga na angústia
O não saber se transforma na tortura
Amarga, volátil que me carrega em dias.
Supervalorizada você em meu coração
Que não recebe nenhum afeto, nem afeição
Mas chora a ponto de lembrar, dos olhos
Sorrisos, boca e abraços afeituosos.
Viajaria em linhas se fosse te encontrar
Perdida em alguma poesia barata de cantar
Mas não sei onde estás, onde foi parar
E não sorri mais depois de tudo que ouvi
E de tudo que você sentiu por mim também...
Sonho acordado nos dias ensolarados
A noite sou morto por pesadelos
Que me mostram sua ida para sempre
E eu fico sempre com braços a te esperar
Em um canto nosso, que possa te conhecer e mostrar
O quanto amor eu sinto e quanto amor posso te dar.

dezembro 18, 2005

E das bolhas do universo fervido surgiu o caos...

Ficou paralisado ao ver afastar e desejar um final feliz para o estranho passageiro do lado. Quis meditar sobre as possíveis razões das estradas de vida. Gritou e fez chorar todos os que assistiam o espetáculo mudo-preto-branco-dinâmico... Foi por tudo o fim esperado e sacramentou o encontro da raiz real. A poesia ritmizada trilhou os caminhos obscursos com a beleza inevitável. E assim terminou a vida para o lindo casal de desconhecidos que praticavam a telepatia como hobby e busca de felicidade. Foi assim, sem um beijo ou atrito, um olhar ou compreensão, que tudo chegou no seu final... Sem aparência e ciência só para forçar a rima final eles continuaram suas vidas solitárias com o coração apertados e sedentos de felicidade. O telefone tocou e não quis atender pois já tinha se cansado do engano inventado do destino sortido. A carta chegou e sem o envelope foi queimada... Guardou porque tinha o endereço e pensou que algum dia de insônia bateria na porta do andar escolhido, e ali encontraria, talvez a companhia tenra, que sonhava nessas noites. Duplo sentido para tudo e não para qualquer coisa. É isso que fez o motivo da curva fechada.

dezembro 08, 2005

Não aplicável para um nome qualquer...

São os olhos de um poeta louco que contempla a noite. Um daqueles que ficou sozinho no caminho cantando poesias, cantando a vida. Estirado pela vida, sem direção ou destino. Tendo a tristeza, a angústia e as lágrimas como companheiras de viagem. Quis parar e saber dos significados do infinito virado para a mesma palavra. A raiva e a implacável solidão foram apresentadas e soube que estava perdido em uma caminho inexistente e populoso... Foi quando virou e contemplou o céu e passou a amar intensamente o impossível... Foi quando passou a sonhar e viu-se morto no destino da vida inteira.

dezembro 04, 2005

Um dia como há muito não existia em vida...

Um caderno e sons melódicamentes tristes, uma seleção repleta de lágrimas e angústia... Pensamentos regados da melancolia mais profunda, lembranças e momentos... E nada saiu dessa mente pra escrita... Ficou mais um desses buracos no coração onde nada vive mais do que poucos momentos... A frieza natural do ser humano... Simplesmente cravei a espada mais profunda e deixei a dor tomar o controle da situação... Chorei pela falta e muito mais pelo não dizer... E tudo se perdeu...

novembro 14, 2005

Poesia adolescente mesclada com inocência...

A lua brilha ao longe, como você está longe de mim...
Tentando buscar significados pelas paredes do meu quarto,
pelas linhas poéticas e sem transversal.
Significados perdidos, eternas buscas.
Uma cor sem definição, uma viagem sem razão.
Isto é o amor puro e sem culpa.
Sem pretérito e nem imperfeição,
vivendo o presente do infinitivo com toda a sua colocação usual,
mas nunca prática e perfeita.
Nunca uma noção de realidade ou de intensidade,
Sempre o mesmo grau de psicodelismo e imaginativo.
As curvas do caminho ditam um ritmo cadenciado,
Que percorro em cegueira e melodia.
Por você, pelo seu amor e por um momento contigo.
Um sonho, uma viagem e um encontro.
Talvez pela luz da madrugada ou pelo reflexo do espelho,
Te vejo criar o redemoinho de sentimentos
E corro para alcançá-lo.
Sendo que sou mais um adolescente, sem saber de nada.
Cantando para uma folha rabiscada e pela mente alcoolizada.
Algo sem definição e incompleto de saturação.

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Nem revi o texto... É segunda-feira, véspera de feriado e acabei de escrever.
Do jeito que veio está aqui... Pode estar errado mas depois eu vejo e corrigo mentalmente....

É isso... Beijos e Abraços

novembro 02, 2005

Here with my own insignificance...

Mudamos... Nos apagamos de uma vida completa que poderia ser perfeita... Sumimos um do outro... E hoje somos irreconhecíveis... Nada que dure mais de cinco minutos... Não temos nada mais... Não sei se está bem, se está precisando de algo, se tem angústia naquelas noites que não consegue dormir... Não tenho coragem de te pedir ajuda mais... Distantes não se ajudam... Não sabe o que acontece e desconhece os fatores... Dói ver que já vivi por você e de nada adiantou... Nem sabia do seu carro como vou poder ajudar você com algo que te atrapalha na vida presente? As palavras que deveriam ser minhas é de outro alguém, minha função é feita por outros... E eu perdi o que mais prezo nessa vida... O significado... O meu nome... Não sou mais nada... E isso não se aplica só a você e sim a muitos... Mas me machuca o fato todo por você... Espero que esteja bem e que um dia eu possa entender e te ajudar no que for preciso... Até lá fico na lembrança das mensagens, conversas, passeios, momentos, risadas e ajudas... E sonhando algum dia para poder ter a esperança de batalhar para te ter junto denovo... Porque te amo mais do que deveria... E eu sei que não deveria ser assim...

outubro 29, 2005

São os olhos de um poeta louco que contempla a noite...

Vivendo pelos pertences jogados na estrada do viver, as migalhas de sentimentos são os alimentos. E já foram um banquete de pássaros e humanos, regados com a pura lira e o concerto bonito de números aleatórios. Identidades queimadas, vidas arrancadas, desespero anatômico. Talvez se o amor não fosse o regente-mor existiria a alegria como parceira. E mesmo assim o caminho continuou, intenso e uniforme, com todas as características aquém universo. Medidas, paradigmas, fotos e vinil. Do acervo romântico não tinha espaço para mais nada, completo e saturado. Todos amavam demais, eram românticos demais, poesias demais... Mas faltava um pingo de realidade, um pingo da pinga mais artesanal. Faltava o choro do não correspondido, o choro da despedida quando se estava só, o platonismo imperial... Faltava um pouco de vida no mundo. As cores eram alegres, mas existem as cores tristes. E foi ali que começou a angústia... A saudade de sofrer, de viver e não saber se está certo ou errado... Começou ali a desmoronar a, até então chamada, linda perfeição. Nem deram atenção... Somente pelo fato da embriaguez acentuada, da cegueira nos olhos e de nunca ter entendido realmente o que fosse amar. E mais um canto enterrado com vida digna, no mundo de imagens alegres onde a tristeza é vista como demônio e repudiada da existência alheia. E o poeta ficou no caminho alimentando-se da sobra do mundo cartesiano.
Melancholy Sickness

outubro 24, 2005

Defino o tudo em pequenas palavras inexistentes...

Folheio as páginas despedaçadas pelas lágrimas, pelos gritos e da tristeza de um coração, que tentava mostrar vida. Revivi o mesmo sentimento, no mesmo lugar, da intensidade mãe seletiva, pude examinar a angústia. Novamente senti a mesma dor que brotava do peito, arrependido e sedento, que corroia como veneno as entranhas do corpo. Estranhei a mudança de tempo, os fatos no jornal, a música do rádio, o livro da cabeceira... Tudo era tão igual, familiar, e aconchegante. Exatamente o mesmo espelho puro da vida real. Indaguei, acordando do transe, e percebi as folhas poetizadas influenciadas pela música cadenciadamente linda e as lembranças, vivas na memória, espalhadas pelo quarto e novamente tentei buscar a vida perdida antes de amar tanto assim como amei... Em vida, sonho e luar...
Melancholy Sickness

outubro 16, 2005

Abençoado pelo copo o sentimento inerte...

E pelas noites quentes o amor rodou e vagou pelos trilhos do mundo e do sentimento. Trouxe para a mente os brinquedos predileto. O platonismo invadiu-me de maneira que só pude sonhar e reviver denovo toda a tristeza dos dias que passava escrevendo as poesias da vida. Não mudei simplesmente esfriei rente a morte, as músicas ganham o significado e agora choro ao invés de cantar. Mas lembro de cada linha e sei que tudo isso tem seu nome, tem sua marca e tem sua eterna presença. Acústica e terna a vida vai continuando, dedilhando sempre o momento e as marcas. Lembrando das ruas, da lua, das estrelas... Elas que sempre foram confidentes e testemunhas da escuridão e quando toca o som o meu semblante se abate e traz algumas marcas de tudo isso... Vivo meu presente e agora nada está comigo, tudo é um embalde nostálgico e redundante. E por incrível que pareça... Estou feliz neste caminho e nem vou sair... Tomara que tudo continue certo.

outubro 06, 2005

E é completamente sem sentido...

O que pode-se contar de uma história não conhecida? De um conto sem final? De uma música sem notas? De um amor sem ser correspondido? É a mesma coisa que querer o dia na noite, o claro no escuro, o líquido no gasoso, o lido no não lido... Abstrações frutais de um mundo qualquer, ditado ou poetizado, crônico ou antológico... Tanto faz pois não se tem a certeza de nada... É o que querer fazer de triste no belo, no magnifício da derrota... É o adeus sem um sorriso, nem lágrima, nem um agradecimento... É um até breve sem data, sem dia, sem local... É um oi sem sentimento algum, um sorriso sem graça, um beijo sem paixão... Mundo infrutífero e sagaz, voraz e tolerante... Mas que continuamos regando os desejos de uma triste praia, repleta de sol quente e vento fresco... Regando um jardim de sonhos, magos e elfos... Delirando ao sabor das drogas um mundo impossível de se existir...

outubro 01, 2005

Tentando rimar a incerteza...

A noite calou pela última vez da janela mundial. Ruídos foram ouvidos do outro lado mas foi o rangido da tristeza que tomou conta de todo o ambiente. Foi crescendo e personificando, marcas apareceram nas paredes, lembranças viveram na mente pertubarda e o choro veio completar a cena. A noite teve tudo de novo mas nada foi inédito. Há tempos não se recolhia ao pesadelo do viver, há tempos não escrevia a lira incerta do sentir, há tempos não sentia a dor do coração batendo pelo platônico. Tudo foi crescendo e intensificada foi a boreal que surgiu no esplêndor. As mãos tremeram enquanto secava o sangue que percorria o corpo. A depressão estampada nos momentos só era quebrada pela força que a tristeza gerenciava a vida. Nada de mudanças, nada de evolução. A dor implacada era a mesma de todos os dias, as forças não existiam mais nas veias do corpo. Corpo este que suplicava pelo fim de tantas coisas ruins e tentava lembrar como era bom sonhar e viver...

setembro 22, 2005

E tudo ficou perdido em um olhar...

Os olhos cintilaram mais uma vez para acostumar a solidão fria. A boca, seca pela angústia, buscava o ardor refrescante nos pingos de saliva que ainda eram produzidos. A tristeza era implacada nas pontadas de dor que sentia a cada novo minuto. E tudo, tudo mesmo, começou a deslocar para um mundo novo e triste. As coisas novas ganharam significados sem sentimentos, as antigas foram, gradativamente, perdendo o seu em meio a revolução. Um novo vôo, um novo começar. Essa era a idéia inicial. Matutava com os pés no chão e racionalmente, mas sua mente viajava e trazia o sabor lindo e convidativo do novo. Demorou até dizer sim. Como um casamento a união era até que a morte o separassem. Foram em destino ao nada, ao vazio e ao redor. Visto o vale repleto de tristeza e arrependimento que vivia, só teve a alternativa de lembrar, de sonhar denovo, do velho, do antigo, do minucioso passado. Escreveu, gritou, chorou e cantou. Livre, preso, acorrentado a uma vida boa e agarrado pelas garras da depressão. Esse sempre foi o seu cenário, esse sempre foi seu sentimento com o todo. Criou seu mundo, mas nunca esqueceu do que ele vivia. Tentava em alternativas extremas melhorar, nunca o conseguiu. Só poderia terminar ali, no seu leito, no seu sempre companheiro. O seu fim, não foi gravado e muito menos escrito. Foi simples e sentido. Foi perdido e assistido pela mesma solidão que casou anos atrás.

agosto 28, 2005

E isso tudo é o mesmo de você

E tá tudo bem. Estou certo no meu caminho, nao irei desviar jamais... Continuo seguindo as rotas estranhas, os caminhos tortos e sinuosos do mundo que me impõe a exercer minhas energias na caminhada e ver se existirá alguma compensação depois... A vida é algo surreal e deve-se ser levada ao seu mais perfeito significado... No ritmo que te faça urrar, te faça ser um feitiço da maneira pura e correta... Sobre mim tudo cai e perde-se no signifcado que acho para as coisas que eu faço e continuo indo... Os dedos correm nas teclas e tudo perde seu sentido inicial por tudo ser feito de unicelularidade... Estou embriagado... Gostaria de dizer que sonhei com você... Que gosto de você... E que um dia agente ainda vai se entender.... E isso que espero com toda certeza do mundo...

agosto 25, 2005

E hoje completa aniversário...

Fazem dois anos que eu to sem uma ligação para ver se está tudo bem... Fazem dois anos que ninguém me faz o melhor brigadeiro do mundo... Fazem dois anos que eu não como a única almondega que me deixava delirando... Fazem dois anos que eu não beijo o rosto mais companheiro que eu tive em vida... Fazem dois anos que eu não ganho bombinhas de chocolate... Fazem dois anos que eu não mais a vejo, a abraço, a acompanho... Minha vó se foi... Há longos dois anos... Era uma segunda-feira, chuvosa e fria de Santos... Eu vi seus olhos fechados, sem o brilho, sem o verde básico que os coloria... Vi seu corpo deitado, esticado na posição que ela detestava dormir por causa da perna... Ali eu tive a certeza que ela não iria mais levantar... Hoje sobram as lembranças, hoje sobram as histórias, hoje sobram os momentos... Momentos que eu tive, que eu presenciei... E me emociona lembrar que no domingo eu a beijei e pedi um brigadeiro e ela se desculpou por estar naquele estado... Eu sorri e disse "Vó... Pelo amor de deus... Eu não vou morrer por isso... Você ainda vai me fazer muitos e muitos..." ela riu encabulada... Talvez ela sentisse que o fim estava próximo... Talvez eu soubesse... Mas sempre preferi o otimismo... E mesmo assim não me arrependo de não ter feito algo com ela... E a sinto todos os dias... Ao rezar, ao pedir proteção, na angústia, no nervosismo... Eu sinto uma força comigo que só pode ser dela... E vó linda!!!!!! Saudades de você! Te amo... E conto os dias para podermos nos reencontrar... Em outro plano, em outros aspectos... Mas sempre presentes... Linda... Continue sempre rogando por nós... Pois sentimos sua falta... E como eu cantei para você na semana retrasada... "Você é a única, que me entende, que me protege com todas as mãos.. E mesmo que aconteça tudo eu continuarei a idolatrar... a idolatra você que é meu sol... Você é a única" Eu te amo linda... Saudades...

agosto 21, 2005

Frutos caindo de uma tarde dominical...

A vida é um jogo, onde somos peças fundamentadas na vitória e no, tão famoso, ganha x perde. Somos artistas dedicados e corretos, pois a arte não passa de sinais perceptivos, constituindo assim uma definição melhor para nós. Sobrevivemos pois temos a criatividade do viver a cada segundo, a cada passo, a cada escolha, a cada vitória e a cada derrota, somos criativos pois percebemos as mudanças do mundo, percebemos os sinais da arte. Cidade não é somente um conjunto de prédios e pessoas... Cidade é o completo, luzes, pessoas, barulhos, muros, andares, cheiros... Tudo é uma cidade, tudo tem vida, tudo tem sua definição... Personalidade é a máscara que criamos para os outros pensarem que somos sinceros e fortes... Persona é como era chamada a máscara no teatro grego que dá origem a palavra. Conforme moldamos nossa personalidade acabamos pensando. Conforme pensamos acabamos existindo. Conforme existimos acabamos vivendo. Conforme vivemos acabamos criativos. Conforme criativos acabamos artistas. Conforme artistas acabamos perceptivos. Conforme perceptivos somos peças. E conforme peças acabamos modelando nossa personalidade para a vitória... Fechando assim o ciclo explicativo da filosofia humana, da filosofia do ser e dos diversos contos e histórias que definem o mundo que conhecemos...

agosto 16, 2005

Sem uma racionalidade continuamos...

Quem nunca chorou por amor... Quem nunca sonhou com as curvas do destino... Quem nunca sonhou acordado o momento... Quem nunca tentou achar a solução nas equações impossíveis do sentimento... Andei, vivi, sonhei, chorei, busquei, fiquei... Na solidão buscava o afeto, na companhia o prazer, nos sonhos a perfeição, na vida a solução... Caminhei por muitos e muitos caminhos, muitos e muitos anos, muitas e muitas tentativas em vão, talvez não, foram proclamadas do meu peito. E depois de tantos anos, de tantas derrotas e poucas vitórias... Ainda clamo do mesmo peito, sonho no mesmo quarto, vivo a mesma vida e tenho a mesma mente... O platonismo arcaico rege a vida sentimental e não existe mudança prazerosa neste plano transversal... O caminho ainda está para ser trilhado e o final longe de ser alcançado... Ainda hão de cair lágrimas, hão de existir sonhos, hão de existir momentos... E isso que faz a vida valer a pena...

agosto 15, 2005

O cheiro fez com que perdesse o espetáculo...

Eu me sinto arrependido, acuado, insignificante e indiferente. Triste, amedrontado, envergonhado e prisioneiro. Fraco, embriagado, enojado e doente. Enjoado, Tubérculo, Gripado e Apaixonado. Com junções de sentimento eu não sei porque fui, não sei porque fiz, não sei porque usei, Não sei porque olhei... Senti o gosto sabor do arrependimento e não mudei-o com o álcool e nem com a liberdade. Não interferi no caminhar da sociedade e do mundo, não demonstrei meu descontentamento, não disse... Vivi na intensidade necessária, remexi com o gosto necessário, em berço esplêndido cheguei ao finalmente... Mas não disse tudo que queria... E talvez deveria ter dito... E talvez esse seja o fim bordado em um pano qualquer do fundo do mundo...

agosto 04, 2005

O atrito entre desconhecidos podem ser diversas coisas...

Abençoado por um pesadelo acordado vaguei por entre ruas e ladeiras, ladrilhos e azuleijos. Salvei o meu coração da doença, mas nunca da angústia, muito menos da saudade que sinto. Saudades essa que vivo e atormenta a cada minuto que passo, deitado ao relento das estrelas, tentando achar o caminho entre seus brilhos e curvas. Coragem só tem quando alguém ao seu lado te conforta e te traz a luz da felicidade, o cheiro de completo, a razão do viver. Sinto muito as vezes que possa andar confuso pelos amores, seguindo algumas direções fantasiadas pelos olhos e bocas. No final eu já sei que encontrarei a mesma parede de lágrimas lamentáveis, de sufoco e depressão. Relevar a vida é assim mesmo... Sentir o amor e não tocá-lo, tê-lo e nunca possuí-lo... Talvez pelos quilômetros e muito provavelmente por causa do vento que traz as impurezas para a vida. Cabe a impossível maneira de aceitar...

julho 28, 2005

De Adeus em Adeus Terminou o Jogo...

Os olhos já não conversam, os pés não se tocam, as mãos não se beijam. O brilho da noite foi extinto fazendo chorar as margaridas azuis. Do início ao fim, lembranças amontoam-se para o filme sem nexo. Constituindo assim, nenhuma explicação convincente. As provas foram feitas na média arrendondada e a vassoura varreu para o coração as lágrimas de areia. Os sapatos fizeram o caminho em meio ao gelo e sal e as mãos refugavam para apagá-los. A dor era intestinal e as roupas criaram um tapete por onde os astros estrelares passavam. Um após três e sucessivamente, mostravam a futilidade do amor. Ensinaram a redundância, explicaram as cores, mostraram a dieta. A flora cantou singularidade e a fauna urrou sua especialidade. Os cães ladraram e tudo ganhou o ritmo sereno. Menos o abraço carinhoso, o beijo multifocal, o atrito especial... Esses tiveram a toalha jogada do canto do ringue... Poetizando o fim sem-graça pois não aguentariam a avalanche que estaria por vir...

julho 24, 2005

E eu pensei tanto em você...

Era uma floresta ou algo do genero romanticamente repleto. Era aquilo e nada ao redor, nada ao relento, nada costumeiro e voraz. Tempo inflável como bonecos de cera, segundos repletos de angústia marcavam os passos cronometrados. As luzes se alternavam como as águas dançantes do parque. E foi nesse meio tempo, neste palco que surgiu a normalidade dos dias, a sensação do dever cumprido, o coroar dos portões. Todos os objetos curvos e pardos aplaudiram com sono e o tédio alegre. Os papéis relincharam e os quadros pararam para sempre o seu foco. Foi aí que eu peguei meu estojo mágico e poetisei essa aurora boreal do espetáculo de um sonho, de uma vida cotidiana e sem espetáculo. Como a fuga para a liberdade, o beijo marcado, o encontro no escuro, a viagem dos sonhos, o amor perfeito. Nada, sem sombra de dúvida. Foi assim que comecei a amar...

julho 13, 2005

E eu fiz de tudo para você notar o brilho...

Eu te dei um sorriso pintado no céu noturno, te dei o carinho acolhedor mais puro, te arranjei a flor mais bela e rara para demonstrar meu sentimento. Balõezinhos mágicos presentearam-te, bombons secretamente recheados de amor e meu sorriso nunca lhe faltou... Agora me vingo nesta cadeira, escrevendo para algo que não é promessa, que não é vivido, que nunca foi mais do mesmo e sempre faltou... Começo a te venerar e esquecer das outras simplicidades da vida, pois tudo ganha beleza quando entra seu pensamento... Mas o estranho é escrever de amor sem saber se ele é correspondido ou não, se o seu olhar vago é parte de um início ou é o sacramentado fim... E eu precisava de tudo isso...

julho 07, 2005

E seu perfume permanece no quarto que você saiu...

Através das palavras não acho significados, corro em círculos através dos adjetivos que embelezam a cena toda. Busco os verbos certos mas nada dá a ação necessária e muitos substantivos aparecem mas viram abstração quando me ponho na organização. Descrever algo é complicado demais para beira a perfeição da escrita... Necessita um olhar, um toque, um beijo, um perfume, um carinho, um sorisso, um abraço, uma passada de mãos, um aperto, uma risada, a voz, a pele, o andar, o jeito e tudo isso é vivido e nunca escrito. Nada mais me faz escrever só sinto um doce perfume e tento abstrar tudo isso e relembrar o que vivi... E sei que isto está realmente confuso... Você foi agora e eu aqui fazendo meu papel de romântico poeta, tentando modelar algo que chegue um pouco de tudo que sinto... E talvez este seja o início de muitas tentativas...

julho 02, 2005

E tinha os que me chamavam...

De poeta, esses falavam que eu cantava palavras, rimava a vida, transcrevia os sentimentos com a intensidade bela e rendia o fruto de um mundo mágico para os que a liam. Outros me chamavam de louco, inconsequente, voraz, engraçado e completamente dinâmico. Repreendido fui as vezes que chorava para lua e estrelas, bebia para o amor não correspondido, embriagava-me na tristeza alcoólica. Outros de sonhador, idealizando a mulher perfeita no mundo, as características brandas e sinuosas. Das noites em perdido que sonhava para ela, vivia por ela e morria na angústia de não poder tocá-la, talvez por não existir ou, até mesmo quem sabe, ela já não estar mais comigo... Não os julgo errados porém incompletos. Sou louco, pois bebo a minha vida triste de amores e embriago-me no sabor acre do álcool, para tentar viver este intenso sentimento, pois sou um sonhador que vive sonhando em personificar este amor na donzela mais bela e perfeita que há de existir neste mundo, por causa do alcóol e do sonho, canto em peito aberto a lira interna disso tudo, transformando assim esta procura e este sentimento em poesia não transcrita mas sim vivida. Sendo tudo isso um pouco mais de mim mesmo.

junho 27, 2005

Se a minha vida fosse uma resenha de CD...

Começaria falando das influências que me fazem gente: amigos, bebidas, músicas além, poesia, romantismo, felicidade, saudades, sonhos e por aí conta-se mais de 1000 coisinhas. Contaria do enredo, da temática do CD: o que estava pensando, qual caminho segui, o que pretendo e qual minha mensagem. Falaria do ritmo como é desenvolvido, cadenciado mas em alguns momentos nervoso, agitado sempre mas com toques de calmaria plena. Comentaria uma união, como se fosse uma peça teatral, da primeira a última música os fatos se encontram, como o passado caminhando no presente e construindo juntos o futuro: nunca deixando nada para trás, e sim, evoluindo com erros e acertos da vida. Indicaria a opinião do melhor momento: aquele que nunca consegui esquecer e que marca a vida certinha: algum dia que choro e risos pintam e bordam a amizade e assim criamos a felicidade. E por último, e nem por isso menos importante, falaria da arte gráfica: se é feio ou bonito, se chama atenção ou não, se é de amar ou se é de odiar, uma opinião pessoal e irrelevante mas que fecha com classe tudo. Mas tudo isso se a minha vida fosse resenhada... Como não ainda busco nas entrelinhas do viver as soluçÕes das minhas equaçÕes.

junho 24, 2005

E o jornal que ficou na rua...

Contou as novidades antigas, as novidades aquém-mundo, o que todos já sabiam e não se realizaram. Os olhares talvez julgaram algo que poderia acontecer como não... As mãos não se tocariam jamais por vergonha ou por simples equação matemática. Nandando contra uma tormenta de dúvidas ou simplesmente triste pelo acontecido. Despertado ou sonolento... Vivido ou Existindo... Partícipio passado ou gerundiando a vida ambos parecem mostrar o mesmo significado sem cor. Eu nem lembro de esquecer o que passou e muito menos o que talvez deveria ter feito... Mais lembranças do frio. Quatro horas foi o nosso primeiro tempo. Quando será o segundo? E será que alguma coisa terá mudado nos olhares, nas risadas e na silenciosa troca de gestos com atrito? Continuo com a mesma música na cabeça que não tive coragem de cantar...

junho 21, 2005

Em um bela dia de sono e decisões...

Devia eu estar dormindo e sonhei com Deus numa conversa franca, somente eu e ele como amigos mesmo. A época devia ser bem complicada para pedir algo disso... Mas Deus é quase um Gênio e concede desejos para seus fiéis... Quando ele perguntou qual era meu problema, minha angústia e meu sonho eu devo ter respondido "Deus! Favor me deixar sentimental e apaixonado... Quero desfrutar da beleza do amor, dos prazeres da amizade intensificando a cada momento para poder depois ficar anos e anos lembrando do que vivi..." E ele com alguma espécie de olhar me concedeu este desejo... Deve ter, e muito mesmo, me dito que aquilo era doloroso também, que não era assim que eu iria encontrar minha felicidade e tudo mais... Mas eu tonto não devo ter dado ouvido. E assim fui abençoado. Sou romântico, solitário por medo, amigo em todas as horas, companheiro além vida e nostálgico além morte... Sofro lembrando dos amigos que deixei nos caminhos da vida, sofro pensando nos erros dos amores errados, sofro revivendo minhas angústias no quarto escuro e fico realmente perdido com tudo isso. Mas fui eu quem pedi e recebi este dom... Agora minha missão é carregá-lo, porque devolver presentes é sem educação e muito feio... Já dizia a minha mãe quando eu ganhava presentinhos nas minhas festas infantis... Na mesma época em que assistia Jaspion e ChangeMan na falida Manchete... E sofro demais por ver quanto da minha vida eu já caminhei e realizei... Bons tempos nunca voltam...

junho 16, 2005

Eu esperei e tentei entender...

Queria que fosse diferente... Que você confiasse em mim... Que você soubesse o valor de um olhar sincero que eu sempre te dei... Queria que você entendesse o valor do sentimento... Apesar de não oficial é respeitado e muito vivido... Queria que você sentisse o que sinto com seu ciúmes doentio que me faz doente... Queria que você me beijasse eternamente... Mas não sei o que é você e se nem te entendo como posso assim te querer?? Há erros cometidos pelo pecado mortal... Não foi só sexo... Sinceramente...

junho 11, 2005

E a infância me fez lembrar de como era...

Considero minha infância até 1997, por tanto 13 anos e assim sendo há 8 anos atrás, e o único ícone da minha vida nessa época era meu vizinho Bruno. Engraçado que éramos unha e carne, queijo e goiabada ou como queiram chamar... Vivíamos juntos, crescemos juntos, aprendemos juntos e claro que nos divertíamos juntos. Incontáveis os esconde-esconde, os jogos de futebol na garagem, de hockey, os álbuns de figurinhas, o video-game, as festas de aniversário, as coleções mais estranhas do mundo, as novidades da vida e tudo mais. Ele era 2 anos mais novo que eu, mas existe uma época que 2 anos não é diferença e sim igualdade. E era essa época que revivo. Existiam muitos amigos de escola, alias os meus primeiros amigos existiam na minha vida nessa época... Mas nada comparado ao Bruno. Lembro das manhãs de sábado ou domingo que acordávamos 8h da manhã e íamos andar de bicicleta pelo quarteirão com um pedaço de papelão dobrado pegando no pneu para fazer um barulho como se fosse de motor... Um dos melhores goleiros que vi naquela época... Mas acima de tudo companheiro e amigo. Teve a época do Mario Kart que fizemos campeonatos na minha escola e na dele... E sempre vencíamos... Nós éramos muito bons... Eram tardes, tardes e mais tardes que gastamos em frente a TV passando em quadrados com "?" que ganhava premios para ferrar os adversários... Tudo maravilhoso... Não tenho nenhuma recordação que falo assim: "Deveria ter feito diferente..." não... Diferente de tudo... O Bruno e eu fomos perfeitos... Até chegar o ano de 1997... Em que ele se mudou para o Chile, junto com a família toda... Recebi um cartão de natal do mesmo ano, enviei um também no ano seguinte e foi só... Lembro o dia que ele foi embora... Eu não vi pois não iria aguentar a despedida da minha única metade naquela época... Fugi Sim... Chorei sozinho no quarto escuro da casa da minha vó... E chorei novamente quando minha mãe falou "Eu vi eles saindo... o Bruno soluçava de choro e me mandou te dizer que ele vai voltar!" como crianças acreditávamos em tudo... Tínhamos uma esperança doce e pura... Infelizmente o mundo nos transforma de uma maneira que todos são temporários e perdem seu sentido depois de um tempo...e depois de 4 anos, em 2001, ele veio passar férias no Brasil... Fomos ver um filme, ficamos em casa conversando sobre nossas vida e percebi que aquilo que era perfeito tinha terminado... Eu encontrei novos amigos, ele viveu uma outa vida em um outro país... E uma das coisas que conversamos que ele mesmo disse foi "Matheus.. vc fez falta! Cada vez que vivia uma coisa eu queria que vc estivesse comigo..." e a única coisa que consegui responder nessa altura foi "E vc não sabe o quanto eu pedi para aquela volta..." Hoje eu não tenho notícias, não sei como ele está e nada... Infelizmente perdi uma metade que foi completada por outras mas que mesmo assim ainda existe no meu coração e chora algumas vezes que vejo nossa foto com a frase do Ataris "Being Grown Up isnt half as fun as growing up... These are the best days of our lives"

maio 25, 2005

Sem saber porque...

Adentrou o recinto. Ditando regras, trazendo sofrimento, gritos e angústia. Adentrou como mandante da situação, não disse nada e nem mostrou gestos. Cara fechada, tapa na mesa e soco no estomâgo. Adentrou e ditou. Apartir disso lágrimas, escuridão e solidão. Seus passos corriam o ambiente, eram ouvidos por quarteirões. E também nem sei porque disse isso. Nem sei porque comecei a contar algo que não tem sentido. Quem sabe um dia eu termine o meu pensamento, pois inspiração inudou algum lugar distante, como a chuva fez o estrago no país todo agora, menos o meu coração e minha vida.

maio 20, 2005

Corro os olhos por tudo e corro tudo por tudo...

Corro os olhos pela rua em busca de companhia. Corro os olhos pela música de algo tocável em peito morno. Corro os olhos pelos livros em busca da minha história. Corro os dedos pelo dicionário em busca de significado. Corro em direção ao infinito. Sem sentido, escuro e solitário. Em busca sempre de algo que não se pode definir e sem saber realmente sem tem sentido. Sentimentos a flor da pele, relutando em algo difícil de imaginar e difícil de tocar. Suportavelmente indiscreto e misterioso. Sem futuro no leito dos mortos e sem chance para viver ao lado dos de vida. Autor de uma autobiografia inexistente mas explicavelmente vazia. Esvaziada pelo amor... Esvaziada pela solidão e solitária em companhia de muitos.
Melancholy Sickness

maio 17, 2005

A dura realidade do viver começa a render frutos...

Flores de outono juntas em um mesmo tonel ligado sem explosão. Páginas despedaçadas e contadas de um livro qualquer em uma estante suja de conhecer. Tinta desbotada e canetas que tentam gritar os últimos suspiros. Um amor calado de um romance picante e sem sal. Luzes, muitos olhos e nada de ação na aventura jurástica do viver. Torcidas, veias e sangue embalsamando um corpo que não morreu porque sempre irá ser visitado. Filmes e dialetos completam o cenário rústico e barroco, com perfeição e faltas. Tudo em um sonho lindo de verão com frio, chuvas e frutas. Tudo por aquela menina, aquela donzela do vilarejo. Engraçado percebê-la caminhando e suando por um mesmo caminho ondulado de morros. Triste perceber a solidão estampada em suas mãos tremulas e braços acolhedores. Caminhando por perto sente-se o cheiro do amor solitário... Caminhando por perto é quase possível tocar o desejo... Mas é de longe que conhece a verdadeira face desenhada. E mudei de assunto sem conclusão. A bebida pregou a peça e meus olhos começaram a chorar mais uma vez...

maio 14, 2005

A volta da despedida sempre foi...

E o peso voltou. A tristeza pesa em meu peito e me deixa aqui com o ar gélido da solidão e da frieza de olhares incrédulos sobre mim. Minhas mãos trêmulas tentam seguir um raciocínio mas o que conseguem é desenhar a paixão plena de uma vida solitária. Os olhos são embranquiçados por lágrimas que escorrem na face suja e arranhada pela angústia interna. Tentei tirar a vida deste corpo, tentei esfolar para ver se a minha externidade fosse o problema. Tentei gritar e o sangue das veias estouradas veio me lembrar do gosto. E sem os pecados capitais cumpridos e bem longe da realização, fiquei sem nada na escuridão eterna do vale perdido das sombras.

maio 04, 2005

Algo sobre despedidas...

Soube depois de muito andar que as escolhas são provas de nosso caminho, que talvez sejamos influenciados pelo sentimento a chorar, rir e gritar nos dias conformes. Olhando o céu percebi a singularidade das estrelas, todas iluminadas mas nunca iguais e cada uma em uma constelação, cada uma com um desejo mistíco diferente e nunca redundante. E triste mesmo foi ver amigos, que se tornaram além de paredes trabalhistas, entrarem na sua vida de uma forma que não existe plural e irem além vida em pluraridades distintas. Sinto e sofro por isso. Apesar das curvas no caminho de pedras a água corrente refresca alguma coisa e me faz chorar sem forças no penhasco sentimental que criei em minha mente. Criado para fugir das dores, vivido para tornar dores reais e tentado o fim de algo que se tornou mais forte do que eu. Sinto falta... Não negarei... E se tudo isso fosse parte da vida, a vida que se vá se trouxer eles de volta.

abril 27, 2005

A razão brinca com a emoção de mãos dadas...

Em um paraíso singular e metódico. Solto ao vento e preso em grades. Branco no azul, preto no amarelo. Iredundância mesclada com o agito de uma maré bravas de curtas ondas. O papel maroto amarrotado de uma bermuda jeans de verão, cantando canções de inverno, calçado com botas lunares e indecisas de destino. A arquitetura faraônica, moderna e barroca de um coração partido por facas que não machucam e sim moldam um passado. Caminhos trilhados que foram apagados e nunca lembrados, seguem o cheiro do coração chorando e implorando por uma nunca querida solução. Talvez antes quisesse ter feito diferença e lembranças, mas hoje vejo que o medo manda em uma vida assim e sempre será acompanhada pela sombra clara do desespero e das dúvidas. Por isso a razão nunca encontra a emoção, mesmo uma sentindo a outra. Mesmo as duas sendo amigas. Mesmo as duas sendo iguais.

abril 25, 2005

E ao mesmo tempo do tempo que o mesmo mostrou...

Gosto de vc... mto mesmo... ao mesmo tempo que não consigo te fazer feliz... e ao mesmo tempo que quero te ver feliz... e ao mesmo tempo queria fazer parte da felicidade... e ao mesmo tempo que receio não conseguir viver isso... e ao mesmo tempo que eu tento mascarar alguns desejos... ao mesmo tempo que tento me enganar... e ao mesmo tempo que não consigo viver uma ilusão... ao mesmo tempo que te quero perto... ao mesmo tempo sei que perto de mim você pode não se sentir muito feliz... e ao mesmo tempo que tudo isso ocorre, eu gostaria de poder ter certeza de alguma coisa nessa vida... Não adiantou dias e noites ao relento, vendo estrelas e lua... comigo e meus pensamentos... álcool, risadas e conversas... Introspectivo vivi e dali não tirei nada a não ser mais dúvidas e mais sentimentos aflorados... Ao mesmo tempo que pensava em você... ao mesmo tempo tentava te esquecer... ao mesmo tempo que queria seu beijo... ao mesmo tempo queria um adeus... Não posso dizer o que sinto... não posso dizer o que quero... A única certeza é que você é importante... Tanto pra mim como para meu sentimento... E ao mesmo tempo choro e rio do mundo... ao mesmo tempo que vejo explodindo algo construído com, antes pensadas, bases sólidas...

abril 20, 2005

Lembra da formiguinha viajante...

Um dia ela continuava na mesma sala que resolveu viver sua vida. Era noite, tinha acabado de levar o alimento para ser digerido pela rainha e transformado em comida para ela. Ia ver a sua filhona formigona que buscava outras coisas do outro lado. Estava feliz, estava quente, estava bonito. Suas antenas moveram-se e avisaram do perigo. Bem que ela tentou mas o sapato de salto alto foi mais rápido e esmagou-a da vida. Em seus últimos segundos pensou no amor, pensou nos pais, pensou na família... Mas muito mais no amor. Lembrou das suas aventuras, lembrou dos desafios e das alegrias que vivera. Tentou ser forte mas era inevitável. Esmagada foi e morreu ali mesmo no chão. Os sapatos nem sentiram nada, continuaram a passeando pelo chão movendo-se em direção do bar da gandaia. A formiguinha terminou sua vida sem luta, sem força pois simplesmente seu destino fora esmagado de vida.

abril 17, 2005

Espero um dia encontrar...

Frases em um coração maroto e funcional. Sem luz, com sombra, diético e saboroso. Engordado por sentimentos diversos e regado a muito álcool etilíco douradamente azul. Pedaços de papel com idéias mentalizadas pela tristeza e solidão. Foi assim que nasci literalmente em linhas de poesia desconcreta e sem sentido. E dessa confusão foi varrido de mim o melhor dos sentimentos, o meu combustível dos dias, a coragem perante os medos do diverso. E fotos falam mais do que ações, mostram almas pedrificadas em um único momento. Lágrimas de terra jorrando da fonte da juventude eterna. E construída pela ressaca da noite anterior. Caminhos trilhados que não se cruzam mas se encontram, em mesmas circunstâncias reais. Depois de muito insistir com a vontade de dormir, acordar é a melhor parte do sonho. Sonho este que não terminou. E me disse uma vez o professor "Tudo dá certo no final. Se não deu certo é porque não chegou no final."

abril 07, 2005

Eu sempre quis perto de mim um amor...

E agora eu sei que este foi meu mal... O amor levou-me para o vale e empurrou minha vida lá de cima e viu, com as risadas diabólicas, a minha vida inteira debatendo por vida no chão. E eu que sempre amei... Foi duro ver isso terminar... Foi duro ver um olhar diferente... Foi impossível minha angústia e tristeza... A dor é grande, imensa e infinita... Mas o que eu posso fazer, sentir e viver? Se não posso ter a vida que quis porque sonhar com um dia que ninguém sabe se irá chegar? Depois que acordei tudo ficou mais claro.

abril 05, 2005

Like a little lonely ant...

A formiguinha normal queria aventurar-se para além do seu mundo e formigueiro. Seu pai, o formingão, e sua mãe, a rainha, descordavam pois sabiam dos perigos longes da frequência de suas antenas, alertaram o máximo que podiam mas não conseguiram fazer a pequena formiguinha desistir de seu sonho. Um belo dia acordou e se preparou para o seu trabalho, após isso despediu-se de todos seus companheiros formigas e foi abraçar o mundo. Correu, subiu e desceu paredes, carregava, andava e até se perdeu. Não sentia presença de ninguém conhecido nas suas anteninhas e foi aí que olhou o mundo ao seu redor. Era belo, era feliz, era encantador mas era solitário, era triste, era perigoso. EM poucos dias já tinha perdido a conta das escapadas dos pisões, petelecos e banhos que iria tomar. Viu a lua, as estrelas e fez uma das coisas que nem sabia que existia na sua vida formiga que foi chorar. Chorou mas não de desistir dos sonhos, chorou de saudades, chorou de amor, chorou de falta. Andou mais com energia de vitória e dever cumprido. Chegou a uma sala, nela decidiu que seria ali seu lar. Ali teria sua família e vida. O único problema foi que viu que estava sozinha, existiam outras formigas mas com hábitos diferentes, nem pareciam formigas. Ela, mais uma vez chorou e na angústia da completa solidão que passava seus meses, começou a mudar. Mudou seu jeito, sua vontade, sua rotina. Se tornou uma não-formiga. Com isso vieram amigos, amantes, festas e banquetes. Com isso teve com quem conversar, com quem chorar e com quem sorrir. Contava seu passado e ironizava a sua antiga vida e espécie. Um dia, uma não-formiga mais antiga vendo o jeito desta nova não-formiga contou sua vida em um simples olhar. A formiguinha então sentiu-se angustiada, poi-se a pensar e tentar arrumar uma solução para a falsa vida de não-formiga que ela tinha... Dormiu a pensar e viu que solução era a realidade. A solidão mascarava seus sentimentos e assim teve que se adaptar para não sentir mais alguma angústia. Podia ser falsa, mas era feliz e fazia as outras não-formigas feliz. E sendo assim, construiria sua vida sendo uma não-formiga mas com um jeito de formiga. E foi assim que seguiu seus dias e meses.

março 22, 2005

Canção de ninar para os ninhos dos órfãos...

Grampear o sentimento em um envelope incolor que não se desfaz com a chuva ou mesmo com a névoa de um verão chuvoso. É isso que eu senti quando passei pela passarela e embaixo vi um mundo de seres minusculos e sem formas definidas. Foi isso que o telefone branco cantou em meados das onze horas da manhã de um dia incomum de domingo. E a caneta em plena valsa de papel pintou e brandou, em seu lindo e brando momento único, a liberdade que é feita através da prisão única dos famigerados platônicos. E ao acordar não sabia mais destinguir cansaço de fantasia, sonhos de um frio banho e a garganta inflamada da febre alcoólica gripada.
Melancholy Sickness

março 21, 2005

Seu anel transcreveu em momentos os meus sentimentos...

E queria poder realizar sua vontade e seu desejo e cantar de peito aberto o nosso momento. Queria poder rimar em doces palavras o que senti nesses dias. Queria poder desenhar o quanto de beleza a noite representou. Queria fazer o impossível para você. Poderia escrever um mundo de amor mas não consigo. A alegria é grande em meu peito e não consigo trancrevê-la em ações ditadas. Ainda lembro seu sorriso, ainda sinto sua pele, ainda beijo sua mão e aperto perto de mim. Sinto seu beijo como se nada mais importasse e ainda escuto sua voz dentro de mim. Por isso não consigo te escrever nada além. Talvez um dia que a lua esteja tão linda como estava, não tenha nenhum vinho em meus pés e eu fiquei sozinho em algum lugar, eu possa transcrever tudo o que senti naquelas noites. Até lá me desculpo com maior sinceridade por isso, mas saiba que tudo foi especial para mim. Não te quero pois aprendi que não conseguiria viver com você, mesmo assim te amo cada vez mais por tudo que você representa em minha vida. E como diz aquela música que você tanto gosta... "Um céu sem estrelas, uma praia sem mar"

março 17, 2005

Pela última vez queria ouvir...

Ouvir o chamado de uma paixão ardente. Ouvir o estalo de um beijo roubado naquela tarde normal. Ouvir o sussuro de uma voz doce e delicada, quente e terna, branda e macia. Ouvir um telefone tocar e ser a pessoa que espero. Gostaria de uma última chance para fazer tudo que achei certo, para demonstrar até onde poderia chegar e ser feliz. Uma última tentativa para ver se daria realmente certo, para ver se nossas promessas seriam realmente cumpridas, se nossos sonhos fossem virar a realidade de nossas vidas. Mas agora é tarde, a solidão me conforta pelo mesmo motivo de sempre e a nostalgia me beija com o prazer de uma dor que se prolonga através do tempo... Através de tudo.
Melancholy Sickness

março 15, 2005

As diferenças fizeram as escolhas dos caminhos...

E ele era simples, curtia rock, cerveja, amigos verdadeiros, rir da vida, viajava para reencontrar pessoas e conhecer lugares novos, vivia sem dinheiro por causa desses mas nem se importava com a vida. Sempre sorria mesmo. Ela, a típica menina-certinha-safada-mascarada, baladas, zueirinhas infantis, alcool vexaminoso, roupas da moda, consumista, presa no mundo por causa desses prazeres. Ria com as amigas iguais a ela. E foi no trânsito infernal, ele no carro velho dele e ela no novissimo dela, que se olharam e atraídos pelo desconhecido se aventuraram nas curvas desse rio que é o amor e anos seguidos de anos, acabaram vivendo um amor diferente, novo, surreal e apaixonante. Grudento, infantil e inocente. Amor este que guiou ambos para um mundo impalpável de prazer. Foi assim até a morte chegar e arrancar um do outro. Foram enterrados em tumbas separadas e distantes como nunca quiseram, mas também não poderiam mais reclamar. Um dia depois eles já haviam esquecidos de como era viver um com o outro e aí perceberam que este amor surreal de mundos diferentes foi na realidade uma fuga dos seus próprios pesadelos atormentados. Nunca mais, nem na eternidade terminável, eles quiseram olhar um para o outro.

março 14, 2005

Como mudamos em pensamentos as ações redundantes...

Faz, mais ou menos, sete anos que escrevo. Entende-se escrita como uma forma que sempre tive, sempre nesses sete anos, de demonstrar meus sentimentos/pensamentos/vontades/alegrias/tristezas/e afins em forma escrita e em papel bonito ou não. Foi por causa de amor que comecei a escrever minhas linhas tortas e apaixonantes. Foi por causa de amor que criava versos e foi por causa de amor que criei minha primeira poesia. Não a tenho mais, foi perida no tempo como muitos dos meus textos... Mas lembro quase perfeitamente dela. A primeira é sempre a primeira e nunca será esquecida. Era uma poesia baseada na música "Live Forever" do Oasis... Até a forma de fala da escrita lembrava a música. Era bem triste, e talvez seja por isso que não consigo escrever alegrias pois acho que falta sentimento nas pessoas felizes. Nela coloquei toda minha melancolia por amar e não ser correspondido, nela coloquei toda pureza de um amor que nascia em meu peito, coloquei sem dúvidas toda minha inocência perante este sentimento aflorado e cantava toda uma esperança que nascia dele. Ela era endereçada a sua dona... E pra ela entreguei. Lembro da cena completa. Nunca quis formalidade, nem me preparei e decorei palavras bonitas para se falar. Simplesmente a chamei e entreguei em um envelope branco e falei "Dentro você vai encontrar todo meu sentimento por você". Lembro que meus olhos lacrimejaram como os dela. O beijo foi fruto do inevitável. E no dia seguinte quando ela me viu o sorriso foi o resultado mais lindo que poderia sonhar. Momento único de gozo eterno de prazer... Depois daquele verão comecei a cantar a saudades, os sonhos, os pesadelos, a falta que me fazia um sorriso. Escrevia muito e depois, por decepção de um amor avassalador, joguei todos eles fora bem longe de casa, com medo de encontrá-los ainda no chão de meus caminhos normais. Hoje, anos e anos de novos textos, vejo que continuo o mesmo sonhador, o mesmo garoto inocente que ama o sentimento puro em pessoas de sua vida. Percebi, depois de muito errar, que eu preciso entender meus textos e ninguém mais. E por isso sou assim, intenso mas insignificativo, apaixonante mas misterioso... E talvez serei assim para sempre.

março 12, 2005

A Escuridão ganha vida em meus dedos sedentos...

Tudo parece normal mas normal mesmo
é ver a vida do ângulo oposto do vértice comum
A vida parece transcrita
na parede pintada de Porque sem razão
Tudo parece deserto
mas na realidade é surreal
Trazendo a vida sonhos e lembranças infantis
Caminhando entre espaços ocupados
Do véu da culpa e destino intransitivo.
Outro caminho deixando a loucura
E talvez eu seja mesmo intragável para a pia mundial
Veja que o erro sou eu por tudo
E sim eu vou continuar dessa maneira até brevemente
Ver desistir os sonhos de mim e ver tudo fugir
Pela janela baixa do quarto escuro iluminado.
E tudo continuar normal como sempre foi.
Melancholy Sickness

março 06, 2005

Muito tempo depois as figuras voltaram...

Sempre caminhava serena e branda pelas ruas de marfim e pedregulhos. O sol era companheiro, conselheiro e confidente. Os olhos buscavam as pessoas conhecidas que recebiam um aceno do seu sorriso. Acreditava no que via e no que o sol lhe punha no caminho iluminado. E pelo revés da vida era assim, dia a dia... Sentia-se completa, sem novidades, vazia e feliz. Caminhava para o fim todo fim e acostumou-se assim... Veio a chuva e ela, por medo do mundo, não saiu de casa e se reprimiu em sua varanda a chorar por uma coisa que ela pensou ser infinita. E custou a sonhar por um mundo mais diferente.

fevereiro 21, 2005

As crianças não brincam mais de aviãozinhos...

E a paranóia se instalou. Chegou de mala e cuia, avisou o fanfarrão e o chefe gostou. Trouxe o diabo a quatro em acessórios, assustando a todos até o menos esperado sobre as lápides dela. Como primeiro serviço, para mostrar bom desempenho e pro-atividade, lançou um filme, é aqueles de película que passou naquelas salas que chamam de cinema, para assistir. E assim fiquei, pensando, com medo, sufocado e desacordado. Todos, tirando-me dessa massa, não se abalaram com o filme... E já fazem dois dias que não durmo direito. Não sabendo mais o que é real do ilusório... Tudo é cópia da cópia... Eu ganho, Eu perco e até empato... Para mim tudo é falso, sem sentido e nada mais é além do que aglomerados de coisas sem explicação. E mais assustador... Nunca brinquei de aviãozinho.

fevereiro 18, 2005

E teve de contar sua história para ser aceito...

Capaz do mosteiro avisar que estive louco e saí desavisado pelo mundo, cantando um amor que não vê e não sente, para a donzela linda mas nada divina. Capaz avisem que estive viciado pelos prazeres terrenos e carnívoros que eram os únicos que saciavam minha sede e vontade de viver. Capaz o mosteiro avise que sou possuído por idolatrar elementos pagãos como a lua, as estrelas e o infinito e que cresce dentro de mim uma lira branda e forte, linda e perfeita, que canto em peito aberto pois não consigo segurá-la através de um suspiro. Capaz deles avisarem que sou problemático pois choro o que não tenho, que sonho demais com o impossível e intocável mas que não consigo, simplesmente, conter minha vontade e minha força, a qual chamo de divina, que está dentro de mim me fazendo crescer, viver e sofrer neste mundo em que ninguém acredita no amor interno verdadeiro. Capaz deles avisarem tudo isso e por isso não serei aceito aqui.

fevereiro 13, 2005

A neve caiu sobre o assunto...

Esfriado o reverso da vida. Solidificando mares e seres voadores. E um por um fomos indo, cada um ao seu medo, modo, tempo, vontade, felicidade e sonhos... Fomos indo rumo a um desconhecido muito mais enigmático do que convidativo. E foi assim que nem comecei minha jornada... Foi assim que aprendi a amar... Foi assim que aprendi a conviver com a dor da solidão... Foi assim que construi meus sonhos em bases inexistentes... E foi assim que aprendi a não viver e achar correto... Foi assim que entrei neste mundo...

fevereiro 02, 2005

Desejo que eu chegue no outro dia...

E quando alguém toca-te mais profundamente que qualquer antigo amor jamais tocou? Sua respiração ofega no momento e treme no gosto do desconhecido, no gosto do novo e na perdição do maravilhoso. Sonhos como sonhos passam como filme em seus olhos brilhantes de lágrimas. Seu tato está imóvel mas soa com o frio. O alcóol toma conta do coração e gritos e gestos são ouvidos pelos vizinhos atordoados que compartilham a sua eterna solidão. E ninguém está com você quando o medo, as dúvidas, o sofrimento e o amor vencem o infinito e a barreira do som. Ninguém mesmo sabe como você sente-se com a luz do céu negro de felicidade. E o seu som favorito embala os outros ouvidos e seu coração nem se importa mais...

janeiro 28, 2005

E cantei em peito aberto a lira do amor...

E era madrugada limpa e meriva
O vinho, o conhaque... O alcool corriam em minhas veias
Rápidos, quentes e alegres como nunca.
Meu peito ardia de uma brancura linda
E gritei, dos meus pulmões cheios, a rima mais redonda
A lira mais bela escrita. A lira do amor.
E cantei pra lua, cantei pras estrelas
Cantei pra donzela tão linda quanto uma sereia.
Toda alegria colorida que sentia correr
E cantei na madrugada inteira, na noite das ilusões
Cantei nos teatros. Cantei nos porões.
Cantei para os desiludidos dos corações.
Minhas lágrimas desciam dos meus olhos
Brilhantes e atordoados
E cantei em plena manhã de sol
Cante no acordar dos passáros e dos guardas
Despertei cantando a mais bela das belas.
Ela, assustada com meu amor contagiante, só pode me beijar
Nossas bocas unidas pelo sentimento e ela fez me acompanhar
Além do ceu. Além do mar. Além do ar.
E juntos andamos e amamos nossa paixão
Corremos o mundo no nosso coração
E espalhamos pelos sonhos do sono
A lira do nosso amor platônico.

janeiro 26, 2005

E tudo foi transformando o sentimento puro...

As dádivas dos deuses sempre foram dadas por arcanjos de três assas que tinham a aúrea mais branca e pura. Os sonhos sempre foram feitos pelos corações pulsantes de alegria negra da falta. Quando não se tem mais sentimentos puros buscamos as soluções mais impuras para nos transformar completamente em inocentes. E os dias foram feitos para acabarmos dormindo e acordando sem esperanças de melhoras, pois sempre dormimos tristes quando sonhamos. E se fossemos parar para pensar nos diversos sentidos, direções e cores que o mundo nos proporciona viríamos que quanto mais alegre, mais estamos tristes. Quanto mais acompanhados ficamos mais sozinhos e quanto mais amor em nosso peito, mais lágrimas da falta sentimos em nosso coração aberto. Talvez a música me faça enxergar todas as notas que nunca havia visto escondida naquela árvore em minha frente que é a minha maior conselheira... E as cores que sempre quis sentir em meu coração não passe de poemas desenhados por insensíveis que não possuem sentidos ou razões de existência. E aí sim viria que minha vida é uma eterna aquarela infinita desconhecida.

janeiro 21, 2005

E sonhei como chorei em dias de luas...

E qual seria o sentido do concreto pensando em abstrato?
E qual seria o sentido do abstrato pensando em concreto?
Qual é a razão do amar alguém que não se deve amar?
E a razão que se deve amar alguém que não sabe amar?
E, somando a vida, sinto o gosto do sono, da tristeza, do choro e, novamente, não sei se deveria amar em concreto ou abstrar o amor.

janeiro 17, 2005

Simples como o infinito preto e branco do sexo...

E a lágrima caiu ascedente ao sol de chuva no verão escaldante. Nomes se juntaram com números e dançaram feito blocos no jogo de agenda. A parte brilhante foi ofuscada por uma máxima de uma abelha depositando seu mel em alguma colméia da vida privada. Simples tão somente o entregador que tropeçou em seu contra-pé e abraçou a volta ao mundo com difusão. Experiência esperta foi a do jogador que correu para assistir seu lance preferido em algum bar de um subúrbio entorpecendo-se ao gosto acre do desconhecido. Falaram que já não mais sabiam se a resposta faz sentido ou não. Suspenso em seu espaço feito de cores irmãs preso pela memória de um outro beijo esquecido em uma mente triste sonolenta. E o céu cinza arruma as coisas para se ir embora para nunca mais retornar e promete voltar. Recibo do sacado é o coração pulsando em um movimento frenético e desconhecido ao cheiro exalante de um sentimento difuso, surreal e abstrato chamado amor. E tudo foi o resultado de um sentimento único de amizade, saudades, amor e, principalmente, alucinações...
Melancholy Sickness

janeiro 13, 2005

Abri a janela e o coração. O sol inundou o quarto, o coração inundou minha alma.

Te esqueço como a laranja foge do caos da colheita. Te esqueço como o sonho acordado atrasado. Te esqueço como a música que termina sem um refrão. Te esqueço como sempre fiz em meus pensamentos. Te quero como o beija-flor busca o néctar das flores. Te quero como o prisioneiro sonha com a liberdade. Te quero como o poeta quer a inspiração. E nesse devaneio de incertezas, de comparações, de sonhos e de fantasias eu esqueço de querer... E começo a querer esquecer tudo.

janeiro 02, 2005

Continuo olhando para a janela chorona...

Vejo, com olhos de criança, o dia passar sem lápides. Vejo o sol entrando no quarto sem força cortante. Vejo pássaros cantando a triste melodia da liberdade. Vejo o vento balançando as folhas que dançam ao seu modo a rua vazia. As nuvens formam personagens surreais e montam um livro animado que muda a cada passagem. E com tudo eu senti falta do amor apaixonado. Senti falta de um carinho, senti falta de um abraço, senti falta dos passeios bobos que não levam a lugar algum. Senti falta de tudo que eu nunca experimentei e nem sei o gosto. Senti sua falta. Onde tudo é seu... E escrever o que eu sinto agora é completamente abstrato porque sinto muito, não de arrependimento mas sim de intensidade. Com essa paisagem musical na cabeça penso e sinto logo existo em um fim certeiro.