agosto 20, 2009

Eu te amei...

Com todas as forças inexplicáveis... Eu te amei! Construindo caminhos difícies, me privando de luxos financeiros e pessoais... Eu te amei! Em toda briga, em toda discussão, em todo toque e em toda atração... Eu te amei! De dia, de madrugada, a tardezinha ou a cair de sono... Eu te amei! Eu inflei meu peito, contei aos trinta mil cantos do mundo, falei ao carteiro, porteiro e telefonista... Eu te amei! Em jogos sérios, em horas parados, no calor e frio intensos... Eu te amei! A cada surpresa, jantar, viagem e realeza... Eu te amei! De minúsculo ao infinito, de fraco até indestrutível, de rascunho até arte perfeita... Eu te amei! E hoje, hoje acordo com um gosto acre na boca, uma pontada no coração de que tudo foi um banho de mentira, cada palavra e cada gesto que achava real... Se desfez como pó no vento, hoje percebo que em todo sorriso, existia uma ponta de incerteza que antes não enxergava... Hoje eu percebo que a cada palavra pronunciada, tinha por trás uma tormenta de mentira... E hoje eu percebo... Que amei a mentira, a falsidade e fui vítima de um jogo que achava não existir atrás das suas doces palavras... Hoje eu te mato e sigo minha vida, mais desconfiado do que tudo... Mais triste e introspectivo... E hoje é a última vez que pronuncio seu nome para alguma coisa...

agosto 14, 2009

De todo o céu escuro...

Brotam raízes intermináveis, brotam poesias de um épico drama, brotam sorrisos de faces conturbadas, brotam lágrimas esquecidas de um poema ignorado. Vivem fantasias de olhos admirados, vivem contos de passados históricos e doces... Doces aventuras ditadas. Os sorrisos mostram os meses convividos, as histórias simbolizam a confiança adquirida. O álcool rega o final da dança, mas que continua pela malícia e irreverência. Pelo pensamento negro e proibido, pela foto vista e educadamente ignorada. Pelo pudor ou pelo riso de canto, pela vontade profissionalmente reprimida. Com o simples abaixar de olhos maldosos eu continuo ou retomo... Aquela linda dianteira mal-interpretada e consciente de que a melhor escrita é a do platônico embriagado.

agosto 07, 2009

Na volta do refrão partido...

Depois de muito pensar e pesar hoje me despeço para sempre... Hoje começo um capítulo novo e angustiante de uma vida em que todos clamam que perdi. Hoje começo um novo caminho. Hoje começo com aquele gosto acre da incerteza, mas certo que fiquei contemplando o vazio por muito. Hoje eu saio e não tenho hora para voltar, se voltar... Hoje ponho a camisa que você detestava e mudo até meu cheiro. Hoje um novo nome surge no meio de uma multidão triste e desolada. Hoje o álcool rega, amanhã arrepende e depois alegra. Hoje meu telefone muda e minhas cartas endereçadas para o platonismo são queimadas... Hoje canto o refrão débil e hoje eu volto a ser aquele cara que você conheceu há um tempo atrás...

agosto 06, 2009

E depois de tudo...

Foram frases jogadas em uma ajuda melancólica. Uma investida de lembranças, mas pareciam lágrimas com sorrisos. Uma alegria simples, mas sincera. Uma alegria do passado vivido. Era uma relação pelo olhar, uma sinceridade pura e o complexo relacionamento. Éramos uma peça única de um quebra-cabeça indefinido. Éramos um tear de sonhos que sustentavam-se pelo sentimento. Éramos tudo e acabamos como um nada... Acabamos com um melhor momento escolhido por cada um... E mesmo assim, tendo a certeza que nunca irá se concretizar. E o que restou disso tudo, além das lembranças, das investidas conhecidas e das muitas figuras pintadas... Foi o dia mais triste de nossa vida, que sonhávamos ser o mais perfeito.