maio 30, 2010

O sereno da manhã quente...

Deste rabisco sem início surge uma nova epopéia. Das letras tensas e tremidas é composta uma nova canção. Das lembranças e dos abraços em ruas perdidas aparecem os personagens conhecidos... E a poesia é cantarolada no silêncio de um coração observador. Julgamentos, felicidade, promessas e discussões. Olhares, beijos, gritos e angustiantes lágrimas. Brincadeiras, vergonha, sorrisos e separação. A espera, a chegada, o Oi e o Adeus... Em grupos que se equivalem tecem, juntos e separados, a teia de mistério e significados que estaria por vir. A teia que poderia conter as suas características únicas naquele bando de desconhecido. Se fossem todos bons, seria o fim melancólico. Se fossem ruins, seria o fim alegre. Mas estão balanceados e tentam, frase após frase, cantar a música infinita de um amor desconhecido. Tentam depois de linhas escritas e completamente perdidas nas estrofes, significar o que o dicionário amigo definiu como amor.

maio 18, 2010

Começou com a chuva que esfriou...

As alças não se estendem mais como deveriam. Com um véu seco, impermeável que dança ao vento noturno. Noturnos bailam em um redemoinho de cantorias leves e complexas... Poderia criar imagens de encontros ditados, mas o Previsível nunca repete seus atos. Traz consigo a brandura do antes, as alegorias do nunca e a resposta do sempre... Cria um caminho desenhando outro, conta finais de histórias que não foram escritas, proclama números que são incontáveis... Sim! Ele transforma um verde na pose infantil da fotografia, no lugar que se perde nas lembranças vividas. Peca o espírito, chora a tríade importante, testa seus órgãos em um contato completamente compreensível... Pede a uma criança que o descreva, pois quer saber como se pinta para o mundo. Na inocência do amanhã, a criança dobra o papel e berra saltitante e incrédula 'A folha em branco é muito para sua poesia!'