julho 13, 2004

Só uma linda manhã...

E era ali uma linda manhã de inverno. Fria e clara mas nebulosa em alguns pontos. Uma doce brisa comprimentava a face ainda amassada do sono. As mãos escondiam-se como podiam nos bolsos do casaco volumoso. Os passos rápido procuravam um ponto mais quente em meio a um vendaval forte e congelante. Qualquer descrição pararia em objetos e cenas e não descobririam o que realmente aquilo simbolizava. A noite foi longa e cada minuto do sono perdido foi culpa de drogas alucinógenas e calmantes sendo engolidas pelo doce gosto do álcool eternamente forte. A tristeza sempre presente em altas doses também foi a culpada pela insônia que aflingia a mente desordenada pelas dúvidas. Aflito era todo um conjunto vendo que as soluções, sonhadas de uma vida comum, eram cada vez mais afastadas com todas as forças. O amor fazia doer um pedaço do peito que parecia não possuir preenchimento, um eterno vacúo ocupado pela falta do sentimento. Agonizava pensar que todo seu amor era platônico na sua vida e que seus sonhos também caminhavam em uma direção completamente oposta a que brigava para seguir. Tudo isso completando um cansaço, sono, tristeza, ilusões e muitos outros detalhes que estavam além daquele cena despercebida de toda sua razão. As imagens mais comuns de nossas vidas podem esconder verdades obscuras e assutadoras que pertencem a realidade tão misteriosa quanto fatal. E eu ainda não descobri como tirar essa visão da minha vida...

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