E caminhava com sono pelas pedras do caminho...
E eu busquei o tema, busquei o sentimento, a vontade. Busquei o amor. Busquei em tudo, e para tudo, escrever o texto mais completo. Completo de idéias. Complexo no entendimento. Cansei do simples e busquei o perdido. Meus olhos viajavam por folhas e a mente correu por todas as lembranças para recordar e reviver algo. Minutos ou horas... Perdeu-se a noção do tempo porque eu corria, eu buscava. Redistingui o certo do errado, incompleto do completo e o preto do branco. Vice-versamente eu recolocava, excluia e pintava pelas bordas. Desenhava caminhos, passeios, casas, pássaros e fotos. Arrumava, ligava, desligava, arrumava objetos... Tudo porque eu buscava. Ouvia, lia, sonhava e tocava, buscando o enredo principal, as personagens, o fecho e o desfecho. O certo e o errado. Jogava, atendia, contava e resolvia. Esperando o estalo da não-razão. O belisco da insanidade. O gosto acre do abstrato. Para contar que buscava e meus olhos lacrimejavam a cada ponto sem nó. A ansiedade tentava se estabelecer mas era algo impossível. E tudo que eu busquei: o enredo, as personagens, o sentimento e o desfecho, nada eu encontrei perdido ou achado no caminho que trilhei.
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