dezembro 18, 2005

E das bolhas do universo fervido surgiu o caos...

Ficou paralisado ao ver afastar e desejar um final feliz para o estranho passageiro do lado. Quis meditar sobre as possíveis razões das estradas de vida. Gritou e fez chorar todos os que assistiam o espetáculo mudo-preto-branco-dinâmico... Foi por tudo o fim esperado e sacramentou o encontro da raiz real. A poesia ritmizada trilhou os caminhos obscursos com a beleza inevitável. E assim terminou a vida para o lindo casal de desconhecidos que praticavam a telepatia como hobby e busca de felicidade. Foi assim, sem um beijo ou atrito, um olhar ou compreensão, que tudo chegou no seu final... Sem aparência e ciência só para forçar a rima final eles continuaram suas vidas solitárias com o coração apertados e sedentos de felicidade. O telefone tocou e não quis atender pois já tinha se cansado do engano inventado do destino sortido. A carta chegou e sem o envelope foi queimada... Guardou porque tinha o endereço e pensou que algum dia de insônia bateria na porta do andar escolhido, e ali encontraria, talvez a companhia tenra, que sonhava nessas noites. Duplo sentido para tudo e não para qualquer coisa. É isso que fez o motivo da curva fechada.

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