As alcoviteiras que sopram minha vida...
Sopram boas, sopram más... Sopram nortes, suis, lestes e oestes... Nunca concreto e sempre abstrato. Nunca completo e sempre misterioso. São imagens desconexas mas que fazem sentido final, são sinais bizarros e completamente inteligível. Falam do cuidado, da bobagem, do perigo e da inocência. Do amor, do ódio, da alegria e da tristeza. Sempre obscuras porém com resultante clara e branda. Talvez sempre tenham dito a mesma coisa porém de intonações diferentes que transformaram sempre seu significado. Dizem, as vezes, coisas futuras que devem ser guardadas... E são simples alcoviteiras, mulheres da vida que percorreram os caminhos e guardaram suas lições e experiências, mulheres essas que entenderam do sofrimento da falsidade, da usabilidade, do prazer não correspondido e da solidão... Mulheres da vida bandida... Que perdem um pouco do seu tempo eterno, ensinando um pobre coitado a não seguir o mesmo caminho que tantas sofreram...
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