fevereiro 20, 2009

Se foi como o sabor dos dedos...

Foi sem querer e teve malícia, foi um olhar e teve razão, foi uma brincadeira sem verdade, foi algo simples sem redenção. Foi melado com sabor de hortelã, com um olhar bobo e palavras de vento. Foi uma explicação já devidamente entendida, foi quente como se nunca tivesse que parar, foi com sorrisos e roupas amassadas. Foi tão significativo que a noite acordou o sonhador e proferiu suas palavras, melancólicas e sentimentais, de alívio com um toque de depressão... Coube ao poeta encontrar as rimas e os lugares simples de uma transcrição, coube ele viver um momento em que ele somente sonha e escreve suas vontades. Coube ao poeta a ingrata tarefa de dar vida as experiências de alguém. Tentar, em meio a palavras desconexas, fazer o mesmo sabor que jamais imaginou provar. E ele assim o fez, tentando tornar o acaso em perfeição, o simples em algo completamente especial, as desculpas em conforto... Ele mentia, para ele e para o mundo. Em certo momento, se perdeu da inicial e assim finalizou sua poesia, como tantas outras, sem uma rima final.

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