abril 28, 2010

Meus desejos de ser...

Sonhei certa vez em ser um daqueles poetas que não passam despercebidos, que todos olham e admiram a obra. Que todos admirem, mas sem sucesso ou brilho. Seguiria a vida cantando uma prosa indecifrável, mas que marcasse os passos dados em uma névoa vital... Sonhei tanto que me perdi dos endereços do meu plano inicial. Continuei sem denotação, sem prosa e sem lírio... Continuei como uma vírgula colocada em um lugar errado que ninguém percebe e continua... Continua este ditado mal falado de palavras soltas ao vento, sem significados e sem distinção. Continuo tendo o abstrato como acolhedor da falta de sintonia entre eu e minha fraca tendência... E sonhei certa vez que gostaria de ter uma escrivaninha e um caderno limpo para escrever meus contos de amor... Sonhei tanto que hoje escrevo as lamentações, dia após dia, em retalhos de um coração que já se cansou de alimentar essa ilusão...

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