novembro 02, 2010

As confusões de vozes que não se encaixam...

Um vento me puxa para o lado escuro e que precisa de angústia para descrição. Outro vem quente, ameno e reconfortante. Soprando poesia rimada, em um ambiente claro e totalmente único. Um suspira o cansaço da jornada, carregado em lembranças e apologias perversas de anteontem na vida passada... Um vem como brisa do mar, aquela que ao fechar os olhos as idéias se refrescam e tudo ganha a leveza correta, o certo no momento. Outro vem com aflição e causa um desconforto que necessita de ajuda, necessita de atenção e necessita de exposição para aliviar o coração pesado. Poetizo o lugar calmo, as vozes de alegria e o ar completamente suspenso na leveza de um paraíso. Descrevo com orgulho a solidão, a escuridão que se faz tão presente em dias e meses... Sinto os cacos jogados na trilha, rostos alegres manchados de passado, de algo tão antigo que não se faz mais presente. De um enxergo o sol e toda a paz que buscamos em vida. De um enxergo os vales percorridos e melodias introspectivas que dizem tanto sobre mim... O som que saí pelo quarto, dita os caminhos e aumentam as vozes de onde prosseguir este caminho sem conexão de algo. Percorrendo estas transições não consigo escolher, não consigo catalogar todas as idéias e desenhar este quadro de traços, este quadro de retalhos... Perdido em expectativas, travado nas equações... A brisa reconforta em paz os momentos passados e tudo o que foi vivido... Espalho ao meu redor todos os momentos de risos que confortaram meu coração outrora. Não carrego mais a angústia em mim, pois sei o que construí em romantismo concreto. Vejo certos pontos brilhantes nesta escuridão... Personifiquei a felicidade e hoje completo minha totalidade. Só com a abstração me sinto perto de ti. Nossas mãos uniram-se em infinito com o Sol dourando nossa união. E sem um fim, me despeço sabendo que fracassei hoje...

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