Os tempos estão mudando, com o sol se escondendo na vergonha, a lua com uma timidez acentuada, os ventos gelados no verão, os pássaros de uma nota só. Uma foto rasgada de escrivaninha, uma benção esquecida, três capítulos de um sonho, oitavas relações perdidas. Seus braços encolhidos, um sorriso perdido para outrem, uma névoa condensada de beijos e o troco da confeitaria. São marcos singulares, são anúncios de desconto, são rebolados estrangeiros e orçamento encolhido. Os tempos mudam, meus olhos se acostumam, minhas poesias fluem, mas cada vez escolho o longe como destino. Cada vez mais escolho a falta de sorrisos, do que um beijo matinal. Cada vez mais escolho o solitário mundo da realidade, para desistir de vez de criar meus sonhos. Cada vez mais eu esqueço tudo que passei, para nunca mais te encontrar...
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