Tentando rimar a incerteza...
A noite calou pela última vez da janela mundial. Ruídos foram ouvidos do outro lado mas foi o rangido da tristeza que tomou conta de todo o ambiente. Foi crescendo e personificando, marcas apareceram nas paredes, lembranças viveram na mente pertubarda e o choro veio completar a cena. A noite teve tudo de novo mas nada foi inédito. Há tempos não se recolhia ao pesadelo do viver, há tempos não escrevia a lira incerta do sentir, há tempos não sentia a dor do coração batendo pelo platônico. Tudo foi crescendo e intensificada foi a boreal que surgiu no esplêndor. As mãos tremeram enquanto secava o sangue que percorria o corpo. A depressão estampada nos momentos só era quebrada pela força que a tristeza gerenciava a vida. Nada de mudanças, nada de evolução. A dor implacada era a mesma de todos os dias, as forças não existiam mais nas veias do corpo. Corpo este que suplicava pelo fim de tantas coisas ruins e tentava lembrar como era bom sonhar e viver...
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