agosto 31, 2006

Drenado pelas cordas vocais atônitas...

De nervoso tinha os lábios que tremiam em direção a um abismo de palavras ingratas. As mãos saltitavam pela superfície procurando o albornoz para esconder e não parecerem perdidas. Olhos, estes lacrimejavam de pavor e nunca focalizavam algo por mais da fração existente. Pernas tortas, sempre, e balançavam a um sabor de vento convidativamente seduzido. O cérebro tentava não entrar em curto e processar as informações ao mesmo tempo que mandava o coração obedecer... Este último pulsava disparado, um misto de sabor acre e doce... Uma mistura de alegria, tristeza, nervosismo e gozo... Não sabendo qual e como seria o final. Foi neste cenário que foi montado o Ele e Ela, os medos adolescentes adultos, os olhares encontrados no caos... E o beijo aconteceu. Foi aí que criou-se, enfim, os planos de amor, as juras bizarras, o desejo do infinito... Foi desta maneira que sonhou, na tarde qualquer, o beijo perfeito e o início do amor da vida.

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