Eu relembrei de todos os momentos...
Foi mais uma vez que eu estava no bar, bebendo minhas cervejas... Sozinho na mesa... Olhando o infinito ou o lugar que antes ia diariamente... Olhei as paredes mudadas, as mesas sempre iguais, o balcão... Lembrei das inúmeras amizades que fiz ali... Desde dono, funcionários ou simples clientes... Era mais ou menos minha segunda casa... O lugar que meus pais sabiam que eu iria e conheciam também... E eu fui lá porque estava acabado, deprimido, nervoso... Triste... Quase perdido no caminho milenar, mas seguindo a corda-guia da rotina. Pensei nos problemas, nas soluções, nas variáveis e medidas... Lembrei de músicas, de poeias, de brigas e das discussões... Dos planos traçados até os que foram derrubados... Da simples matada de aula até o conselho regado ao álcool... Pensei em desistir de tudo, achar novos rumos para minha jovem vida. Pensei em conversar diretamente para expor a situação... Pensei em gritar de peito aberto minha angústia... Lembrei das festas que fiz ali... Da reunião de amigos e das vezes que cheguei em casa por sorte. De como éramos lembrados e provei que nunca fui esquecido. Do aperto de mão drenado pelo tempo até o pedido de retorno breve. No fim fiquei com o sorriso no rosto, de um lugar que nunca deveria ter mudado... Porém foi suficiente para enxergar mudanças necessárias... Tanto minhas quanto externas... Sentimentais quanto racionais... Foram duas cervejas, antes da obrigação... Pouco mais de trinta minutos... Quase quarenta... Que fez eu me sentir vivo e calmo para pensar e repensar sobre qual rumo minha curta vida deve levar... Necessário para ver que mudanças existem e outras traçadas de rumos são extremamente importante na nossa vida... Morreram seis reais e renasceu a minha esperança redudante velha de guerra.
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