agosto 02, 2010

Eu não finjo que conheço...

Depois de inventar caminhos desfeitos, tentei sacramentar a poesia. Inscrevi dizeres populares e rimas prontas, perfilei grupos de sonetos e tenras epopéias. Figurei de colorido os finais sombrios, assoviei cantorias esquecidas e nunca inventadas... Transcrevi tudo que pude enxergar com meus olhos desacostumados, experimentei os limites impostos pelo meu tato, agrupei sons que pude dedilhar pela audição. Utilizei todos meus sentidos para conseguir chegar ao lugar comum do não lugar... Ao lugar que talvez nunca deveria ter saído e, quando consegui acordar, fui descobrir que eu era mais um na multidão de perdidos deste cenário... Mas poetizei como poucos conseguiram todos estes poderes revelados e por esses notórios arranjos, me chamaram de amigo.

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