agosto 07, 2010

Seja educado, diga algo bem vago...

E não adianta o que eu faça, é meio impossível. Olhá-la é como um crime de tentação, uma sentença perpétua do organismo... É invisível a perceptividade, porém é completamente visível o não desejo dela... A vejo perfeita, sorridente por minha lira, dançando conforme minhas letras e arranjos... Entrando naquele leve estado de frenesi por causa de meu ritmo... A vejo assim e quase posso tocá-la... O sorriso é correspondido, os olhares se cruzam, o cabelo esvoaçante dança em um ritmo que quase posso acompanhá-lo... É o meu ritmo! Meu ditado embaçado e incompreendido a fazendo dançar. Empolgo-me ao mesmo tempo em que seus olhos cruzam outros e o mundo para... O sorriso é de outro brilho, o ritmo tem quebradas estranhas e desacompanhadas com o anterior... Os cabelos esvoaçam e gritam para a volta do anterior, mas o coração dela já foi engatilhado para o outro... O coração ditou mais uma das loucuras existentes... E em segundos, eu a perdi para um par de sorrisos ao seu lado. Sem lira, sem ritmo, sem poesia e sem rima... Simplesmente o pouco espaço existente venceu todo o meu trabalho...

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