fevereiro 15, 2011

E não existe o Era Uma Vez...

Se fosse escrever como se apaixonar, começaria errado. Se fosse falar sobre como terminou, terminaria errado. Não consigo descrever como ela enxergou as cores ou até como encontrei significados perdido no além do firmamento. Existiu um momento e só isso é real. Existiram aquelas estranhas graças, estranhos gestos, perdidas emoções e infinitas tentativas de esquecer. Enumero canções que foram pano de fundo. Enumero gírias que ganharam singelas gargalhadas, porém cubro tudo para perder a conservação. Talvez tenha enjoado desta poesia abstrata, que tentou definir o amor. Sei que ele se foi como chegou. Perdido em uma conversa, fantasiado de amizade ou em forma inesperada com um choque corporal. Ele se foi e tudo o que ele deixou foi a certeza de como ele não é. A certeza que é preciso muito mais que uma embriaguez sentimental ou um sorriso puro ao despertar. Ele é mais do que tudo isso e, quando ele chegar, fico com a certeza de três simplicidades. Primeira, ele não aparece inusitado ou camuflado demais, ele simplesmente É. Segunda, ele ficará o tempo necessário do pulso, indo embora quando este parar. E terceira, ganharei aplausos desta platéia silenciosa, que cisma em chamar de louco e perdido, este simples escritor que ainda tenta achar o seu lugar.

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