Eu sei o fim de tudo. Sei de todos os meus passos, sei das músicas queimadas e das poesias vivas no lixo. Sei dos seus olhos mortos, seu coração que pulsa da forma cadenciada, quase morta, quase sem brilho. Ponto a ponto com minhas angústias, meus receios sempre conturbados. Vou embora novamente. Vou embora de você, mas te trago rosas de sangue antigo, te trago sonhos que já acordaram, te trago versos que são poeira. Eu tentei te reanimar para parecer como antes, até desenhando um cenário com aquele crepúsculo único. Queria ter o mesmo perfume, mas meus medos não me deixaram. Meus medos fizeram viver a redundância de não ter um rosto frágil. Vidro que quebra em passos soltos, passos esquecidos no pó do tempo. Beijos de forma, beijos sem suor, sem amor e o fim. No fim é sempre o fim. No fim você sempre deseja o fim. No fim você sempre chega ao sempre fim. No fim é apenas o fim...
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