Eu tenho este problema da solidão. Não sei se me completa, se busco rebuscar o impossível ou se até mesmo eu preciso saber que não tem ninguém mais ao meu lado. Eu tenho este problema solitário. Ele não aparece, mas eu sei onde está. Eu o guardo para um momento tranquilo e brindo sempre a ele, mentindo aos olhos felicidade, mas na realidade eu sempre brindo a eternidade da solidão. Eu tenho este problema de forçar a barreira do sozinho, de amargar a estrada vazia e a liberdade de não ter que te ligar, depois da minha embriaguez. Eu talvez tenha cavado longe demais de uma mulher que me complete. Talvez, eu empurrei pelo vale as chances que tem me dado. Talvez, eu contemplei demais todos estes amuletos que me deixaram. De cada parte do mundo, de cada curva ao caminho. Eu não tento fazer um ninho forte, só tento caminhar e tecer a perfeição, mesmo sabendo que ela nunca existiu e nem aparecerá nos meus versos...
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