Meu reino não existe, mas é descrito em muitas poesias de livros sortidos. Meu reino não tem cor, mas possui toda uma aquarela infinita de beleza. Meu reino não existe salvação, mas ele está em paz agora, uma paz presa a algo finito e duradouro ao mesmo tempo. Meu reino não é concreto, mas sua abstração traça finos lampejos normais e que fazem do vinho a bebida preferida do verão e passeios com sorvete e beijos no inverno. Meu reino tem algumas maldições e uma delas é não ter a minha princesa para pintar o nome dele na placa mais prazerosa. Um reino sem princesa é como uma rima sem palavras, uma música sem ritmo e uma poesia sem amor. Eu fui poeta por muito tempo e tentei desdenhar desta ausência, mas minhas letras sempre me fizeram voltar ao vazio do meu coração e a sentir a incolor solidão deste lugar que de tão sem vida, parou de pulsar e me retirou todo o verbo amor dos meus lábios...
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