Sou de outros tempos e perdi o embalo dos mesmos de antes. Perdi a noção dos limites que antes eram verdadeiros, perdi o conceito de solidez para realização de sonhos, perdi os significados de fidelidade e companheirismo, que antes todos desenhavam como importante no relacionamento. Perdi o tato para dançar na valsa da vida, naquela tensão de conquista, na pretensão de ser interessante e ser desejado. Perdi. Não porque acho que vivo diferente, pois caminho próximo dos mesmos interesses e desejos, mas caminho quase sozinho. Os de antes, vejo relances por figuras espalhadas e parecem ter esquecido todas aquelas barreiras criadas. Trilham no presente coisas estranhamente felizes e normais, mas sem fundamentos e com uma velocidade de acontecimento muito maior. Antes tivessem quebrando paradigmas e fazendo algo novo, mas cometem erros que criticaram anos antes... Mas eu que perdi. Pois não sou mais gente de gente. Gente que se perde, gente que fica mais simples e talvez, no futuro, gente que fica mais triste...
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