Acordando no chão inspirado nas estrelas...
O caminho flui como a borracha no papel branco. A cachorra late pelo medo e o pássaro canta a felicidade que ele não conhece. Mesmo com frio liga-se o refrigerador por mania e termina vendo o quadro no fim do corredor. As estrelas são pintadas embaixo dos pés e isso que dá a idéia de infinito. Diferentes tons de madeira perfumam o quarto borrado de umidade desfrutável. O acorde dedilhado do violão trasnporta a mente para um lugar brando e sem emoções. A lira interna esbraveja pela liberdade enquanto lá fora a escuridão corre solta pelas ruas. Na mesa do lado, os livros obrigatórios e o pó implacável dividem um espaço que não existe. Enquanto isso as roupas tentam se auto-completarem na falta de uma almofada que vive na solidão fria e escura, bem embaixo da cama. E a cama já se cansou de ser psicóloga e hoje se calou para sempre! Prometendo para si mesma que nunca mais deixaria a televisão ser ligada, sem antes ter a confirmação dos deuses para tal fato. O som aplaudiu a idéia e tudo ficou disconforme.
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