outubro 25, 2004

Como ratos comemos o nosso fim...

São verdes distintos mas cooperam em um mesmo espaço real, como soldadinhos de chumbo marchando na noite de núpcias de solteiros. O copo traz o combustível necessário e depois que o efeito do alívio toma conta do lugar, são selados acordos de amizade, de amor e de respeito. Tanto quanto tudo muda-se a forma de ver a humanidade por entre as cobertas de sonos pesados e medrosos. E o rato, mesmo sabendo do seu fim, devora o queijo da ratoeira que lhe esmaga a cabeça e te tira a vida cruel. Caminhamos em meio de provas e acusações e choramos nossos sentimentos em meio de ombros confortáveis ou passagens já trilhadas por nossas pernas. Somos fascinados pelo unicórnio mágico e poderoso, mas nos satisfazemos com o pobre jegue em extinção. Os papéis amontoam-se e nossos olhos correm pelo ambiente vendo qual é a melhor fuga dessa jornada.Tem-se completo conhecimento do caminho, dois efeitos, do resultado, das razões e das dificuldades mas, por completo efeito irracional, devoramos o alimento ligado diretamente a arma que será acionada no fim e terminará como sempre fez. E esperto e coerente é o rato que vence a vontade e continua sua trilha.

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