Continuo olhando para a janela chorona...
Vejo, com olhos de criança, o dia passar sem lápides. Vejo o sol entrando no quarto sem força cortante. Vejo pássaros cantando a triste melodia da liberdade. Vejo o vento balançando as folhas que dançam ao seu modo a rua vazia. As nuvens formam personagens surreais e montam um livro animado que muda a cada passagem. E com tudo eu senti falta do amor apaixonado. Senti falta de um carinho, senti falta de um abraço, senti falta dos passeios bobos que não levam a lugar algum. Senti falta de tudo que eu nunca experimentei e nem sei o gosto. Senti sua falta. Onde tudo é seu... E escrever o que eu sinto agora é completamente abstrato porque sinto muito, não de arrependimento mas sim de intensidade. Com essa paisagem musical na cabeça penso e sinto logo existo em um fim certeiro.
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