janeiro 28, 2005

E cantei em peito aberto a lira do amor...

E era madrugada limpa e meriva
O vinho, o conhaque... O alcool corriam em minhas veias
Rápidos, quentes e alegres como nunca.
Meu peito ardia de uma brancura linda
E gritei, dos meus pulmões cheios, a rima mais redonda
A lira mais bela escrita. A lira do amor.
E cantei pra lua, cantei pras estrelas
Cantei pra donzela tão linda quanto uma sereia.
Toda alegria colorida que sentia correr
E cantei na madrugada inteira, na noite das ilusões
Cantei nos teatros. Cantei nos porões.
Cantei para os desiludidos dos corações.
Minhas lágrimas desciam dos meus olhos
Brilhantes e atordoados
E cantei em plena manhã de sol
Cante no acordar dos passáros e dos guardas
Despertei cantando a mais bela das belas.
Ela, assustada com meu amor contagiante, só pode me beijar
Nossas bocas unidas pelo sentimento e ela fez me acompanhar
Além do ceu. Além do mar. Além do ar.
E juntos andamos e amamos nossa paixão
Corremos o mundo no nosso coração
E espalhamos pelos sonhos do sono
A lira do nosso amor platônico.

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