As diferenças fizeram as escolhas dos caminhos...
E ele era simples, curtia rock, cerveja, amigos verdadeiros, rir da vida, viajava para reencontrar pessoas e conhecer lugares novos, vivia sem dinheiro por causa desses mas nem se importava com a vida. Sempre sorria mesmo. Ela, a típica menina-certinha-safada-mascarada, baladas, zueirinhas infantis, alcool vexaminoso, roupas da moda, consumista, presa no mundo por causa desses prazeres. Ria com as amigas iguais a ela. E foi no trânsito infernal, ele no carro velho dele e ela no novissimo dela, que se olharam e atraídos pelo desconhecido se aventuraram nas curvas desse rio que é o amor e anos seguidos de anos, acabaram vivendo um amor diferente, novo, surreal e apaixonante. Grudento, infantil e inocente. Amor este que guiou ambos para um mundo impalpável de prazer. Foi assim até a morte chegar e arrancar um do outro. Foram enterrados em tumbas separadas e distantes como nunca quiseram, mas também não poderiam mais reclamar. Um dia depois eles já haviam esquecidos de como era viver um com o outro e aí perceberam que este amor surreal de mundos diferentes foi na realidade uma fuga dos seus próprios pesadelos atormentados. Nunca mais, nem na eternidade terminável, eles quiseram olhar um para o outro.
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