março 14, 2005

Como mudamos em pensamentos as ações redundantes...

Faz, mais ou menos, sete anos que escrevo. Entende-se escrita como uma forma que sempre tive, sempre nesses sete anos, de demonstrar meus sentimentos/pensamentos/vontades/alegrias/tristezas/e afins em forma escrita e em papel bonito ou não. Foi por causa de amor que comecei a escrever minhas linhas tortas e apaixonantes. Foi por causa de amor que criava versos e foi por causa de amor que criei minha primeira poesia. Não a tenho mais, foi perida no tempo como muitos dos meus textos... Mas lembro quase perfeitamente dela. A primeira é sempre a primeira e nunca será esquecida. Era uma poesia baseada na música "Live Forever" do Oasis... Até a forma de fala da escrita lembrava a música. Era bem triste, e talvez seja por isso que não consigo escrever alegrias pois acho que falta sentimento nas pessoas felizes. Nela coloquei toda minha melancolia por amar e não ser correspondido, nela coloquei toda pureza de um amor que nascia em meu peito, coloquei sem dúvidas toda minha inocência perante este sentimento aflorado e cantava toda uma esperança que nascia dele. Ela era endereçada a sua dona... E pra ela entreguei. Lembro da cena completa. Nunca quis formalidade, nem me preparei e decorei palavras bonitas para se falar. Simplesmente a chamei e entreguei em um envelope branco e falei "Dentro você vai encontrar todo meu sentimento por você". Lembro que meus olhos lacrimejaram como os dela. O beijo foi fruto do inevitável. E no dia seguinte quando ela me viu o sorriso foi o resultado mais lindo que poderia sonhar. Momento único de gozo eterno de prazer... Depois daquele verão comecei a cantar a saudades, os sonhos, os pesadelos, a falta que me fazia um sorriso. Escrevia muito e depois, por decepção de um amor avassalador, joguei todos eles fora bem longe de casa, com medo de encontrá-los ainda no chão de meus caminhos normais. Hoje, anos e anos de novos textos, vejo que continuo o mesmo sonhador, o mesmo garoto inocente que ama o sentimento puro em pessoas de sua vida. Percebi, depois de muito errar, que eu preciso entender meus textos e ninguém mais. E por isso sou assim, intenso mas insignificativo, apaixonante mas misterioso... E talvez serei assim para sempre.

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