A dura realidade do viver começa a render frutos...
Flores de outono juntas em um mesmo tonel ligado sem explosão. Páginas despedaçadas e contadas de um livro qualquer em uma estante suja de conhecer. Tinta desbotada e canetas que tentam gritar os últimos suspiros. Um amor calado de um romance picante e sem sal. Luzes, muitos olhos e nada de ação na aventura jurástica do viver. Torcidas, veias e sangue embalsamando um corpo que não morreu porque sempre irá ser visitado. Filmes e dialetos completam o cenário rústico e barroco, com perfeição e faltas. Tudo em um sonho lindo de verão com frio, chuvas e frutas. Tudo por aquela menina, aquela donzela do vilarejo. Engraçado percebê-la caminhando e suando por um mesmo caminho ondulado de morros. Triste perceber a solidão estampada em suas mãos tremulas e braços acolhedores. Caminhando por perto sente-se o cheiro do amor solitário... Caminhando por perto é quase possível tocar o desejo... Mas é de longe que conhece a verdadeira face desenhada. E mudei de assunto sem conclusão. A bebida pregou a peça e meus olhos começaram a chorar mais uma vez...
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