E eu pensei tanto em você...
Era uma floresta ou algo do genero romanticamente repleto. Era aquilo e nada ao redor, nada ao relento, nada costumeiro e voraz. Tempo inflável como bonecos de cera, segundos repletos de angústia marcavam os passos cronometrados. As luzes se alternavam como as águas dançantes do parque. E foi nesse meio tempo, neste palco que surgiu a normalidade dos dias, a sensação do dever cumprido, o coroar dos portões. Todos os objetos curvos e pardos aplaudiram com sono e o tédio alegre. Os papéis relincharam e os quadros pararam para sempre o seu foco. Foi aí que eu peguei meu estojo mágico e poetisei essa aurora boreal do espetáculo de um sonho, de uma vida cotidiana e sem espetáculo. Como a fuga para a liberdade, o beijo marcado, o encontro no escuro, a viagem dos sonhos, o amor perfeito. Nada, sem sombra de dúvida. Foi assim que comecei a amar...
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