E tinha os que me chamavam...
De poeta, esses falavam que eu cantava palavras, rimava a vida, transcrevia os sentimentos com a intensidade bela e rendia o fruto de um mundo mágico para os que a liam. Outros me chamavam de louco, inconsequente, voraz, engraçado e completamente dinâmico. Repreendido fui as vezes que chorava para lua e estrelas, bebia para o amor não correspondido, embriagava-me na tristeza alcoólica. Outros de sonhador, idealizando a mulher perfeita no mundo, as características brandas e sinuosas. Das noites em perdido que sonhava para ela, vivia por ela e morria na angústia de não poder tocá-la, talvez por não existir ou, até mesmo quem sabe, ela já não estar mais comigo... Não os julgo errados porém incompletos. Sou louco, pois bebo a minha vida triste de amores e embriago-me no sabor acre do álcool, para tentar viver este intenso sentimento, pois sou um sonhador que vive sonhando em personificar este amor na donzela mais bela e perfeita que há de existir neste mundo, por causa do alcóol e do sonho, canto em peito aberto a lira interna disso tudo, transformando assim esta procura e este sentimento em poesia não transcrita mas sim vivida. Sendo tudo isso um pouco mais de mim mesmo.
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