Acontecimentos aquém realidade...
Quente! Como sempre, nesta ou em outra época do ano... Quente e seco! Sim, seco! Como um abanador úmido. Ela apareceu e não reconheceu meu carro, mas tinha um sorriso no rosto. Um cheiro de fruta, uma piadinha além da normalidade... Regamos a temperatura, regamos a junção de mundos diferentes e até dos problemas fizemos a prosa necessária. Ela não reconheceu meu carro, mas era tarde e ela foi a primeira coisa que vi... Pulamos os conceitos cotidianos, escachamos aquela máxima de velocidade... Vivemos e ponto. Quente! Muito quente! Carregava colônias nos bolsos, levava lembranças nas entrelinhas... Fiz o caminho traçado e encontrei o objetivo em forma de prédio. As olheiras denunciavam algo que o gosto do álcool não transpareceu. O bip trouxe a saudade e me aconcheguei no refrigerador que me soltava um ar frio e alegre. Fechei os olhos e pensei nas frases prontas que precisaria para contar, desenhando as personagens com as formas necessárias, abafar uma risada maior, soltar aquele som de forma respeitosa... E mais importante, inventar o que há tempos sonho em dialogar. Foi isso...
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