Algo sobre a má-sorte do grão...
E o calor sacoleja um chocalho de boas novas. Sacoleja algo imóvel que proclama ao infinito a diversidade que alcançamos... Naquele tear de sonhos, plantamos nossas esperanças. Plantamos nossa realidade totalmente desenhada. Aquela realidade que sonhamos e que nunca queríamos por perto... Ela completou o seu afazer e se personificou em um grão de areia, um grão tão grandioso e pesado que fez marcas em mãos virgens, virgens do tempo e de vida... Bebericou aquela gota de alívio, aquela única em meio ao deserto. Este grão valorizou milhões, comprariam ilhas e arquipélagos... Comprariam a liberdade de nunca mais ter que enxergar ou ouvir. Mas ele rompeu no joelho articulado, no passatempo corrompido. O sino avisou a torre, que não se curvou ao receber tão importante recado... E dessa epopéia adestrada da má-sorte, quem contabilizou o ganho foi um pequeno pedaço de papel que contou a história dias depois, para o vento e que todos sabem do fim...
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